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Opinião

  • 22 de Fevereiro de 2009

    A máscara no carnaval

    20090222_opiniao.jpgO Brasil se envolve no carnaval. O que será mais brasileiro: o futebol, ou o carnaval?

    Talvez, a razão esteja com Franco Zeffirelli, quando após assistir um desfile na Sapucaí exclamou para o mundo: “o Brasil sabe inventar a alegria”.

    “País do futebol” e “país do carnaval” não se opõem. Antes, se completam. São manifestações espontâneas, mescla de cor e raça. O povo se entrega à alegria contagiante. Esquece a tristeza ao passar da “escola”, ou no grito de “gol”. Não há diferença de classes.

    O carnaval vem de longe. Não se sabe ao certo onde surgiu. Se nos cultos agrários que suplicavam boas colheitas no período neolítico, no Egito antigo, Império Romano, ou no continente europeu na Idade Média. Os maiores indícios são de que a festa tenha nascido na “Saturnália” romana, em que os nobres se misturavam aos escravos e, juntos, dançavam nas ruas com música, comida e bebida. O rei da “Saturnália” era um escravo, a quem se garantia o direito de dar ordens sobre tudo que desejasse.

    O vínculo entre Portugal e Brasil se faz sentir também na origem do carnaval em nossa terra. Em Portugal, o carnaval já era conhecido como entrudo e comemorado nos séculos XV e XVI. Significava a entrada da Quaresma. Com o deslocamento de portugueses para o Brasil, nos séculos XVII e XVIII, a tradição do entrudo chegou até nós. Brincava-se nas ruas com bolinhas de cera, papéis picados, até lama e lixo.

    O carnaval atual é caracterizado pelos desfiles e fantasias, produto da sociedade vitoriana do século XIX. Paris e Veneza exportaram a festa para o mundo. Cidades como Nice, Nova Orleans e Rio de Janeiro se inspiraram no carnaval francês para implantar as suas comemorações.

    Recordo os carnavais de Natal nos anos 1960. O “corso” da Avenida Deodoro repetia o costume nacional do início do século XX, quando pessoas fantasiadas decoravam os seus próprios automóveis e saiam em desfile. Daí surgiram os carros alegóricos das atuais escolas de samba.

    Diz-se que os carnavais atuais não são como os de antigamente. Não é bem assim. Apenas, cada geração tem o seu estilo de comemorar. O importante é que, nos carnavais de hoje, se use a mesma máscara já sugerida pelo cordelista anônimo em sua trova: “hoje coloco a máscara de fogo; não há sopro que me apague; hoje vocês são a floresta; e hoje vou correr entre vós; hoje coloco a máscara de fogo; não há quem me pare; hoje corro até à árvore da vida; e vou abraçá-la como nunca dantes”.

    Bom carnaval, leitor!

    • AO JORNALISTA NEY JR.

    O meu filho, Ney Lopes de Souza Junior, se formou em jornalismo, no último dia 26 de janeiro pela Universidade Potiguar (UnP). É a sua segunda graduação. Antes, concluiu o curso de Direito na UnB (Universidade de Brasília). Fez mestrado na “American University” e especialização em “Marketing Político”, na George Washington University, ambas em Washington DC.

    Ele trilha os caminhos profissionais que caminhei até hoje na vida. Sinto-me feliz com isto. Ambas as profissões exigem muita obstinação. A comunicação é o meio de transmitir o fato e comentá-lo. O direito leva à busca pela justiça e valoriza o ser humano.

    O jornalista se assemelha ao jardineiro. Planta sementes na mente coletiva. Por isto, precisa ter a noção exata dos frutos que virão. Os agentes da comunicação social têm o dever de transmitir à sociedade muita segurança ética e humana. A informação falsa ou injuriosa destrói vidas. Atinge mortalmente as pessoas, na medida em que se distancia da verdade e da solidariedade.

    Sempre fundamental será a busca da coerência e a honestidade de propósitos consigo mesmo. Jamais pensar em escrever ou afirmar o que venha à cabeça, em nome da liberdade de imprensa. Exercer o jornalismo dessa forma significaria farisaísmo, destilar recalques e conspiração silente contra a democracia. Uma coisa é manifestar a opinião livre. Outra é deturpar a realidade, por capricho, ou subserviência. A cada dia, a opinião pública se torna mais exigente e acompanha os atos da imprensa. O maior galardão do jornalista será obter o respeito e a credibilidade do leitor, do ouvinte ou do telespectador.

    No mais, siga em frente, meu filho. Além de um duplo profissional você é um político vitorioso, no exercício do mandato de vereador em Natal. Some forças a favor dos mais fracos e perseguidos. Hoje, mais do que nunca, eles precisam de proteção. Somente os fortes de espírito e vocacionados para a prática do bem são capazes de atendê-los, oferecendo-lhes o bálsamo da justiça e o direito legítimo à informação idônea.

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    Campanha da Fraternidade- A Campanha da Fraternidade 2009, promovida pela CNBB, terá sua abertura quarta-feira próxima, na Basílica Nacional de Nossa Senhora de Aparecida, em Aparecida (SP), com o tema "Fraternidade e Segurança Pública".

    A primeira Campanha- Dom Eugênio de Araújo Sales realizou a primeira Campanha da Fraternidade em Natal. Na época, era repórter da Emissora de Educação Rural de Natal. Fiz várias entrevistas com D. Eugênio, inclusive, no lançamento da campanha em 1962.

    Coluna Publicada aos domingos
    nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE
    Natal e Mossoró - Rio Grande do Norte
      


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