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Opinião

  • 28 de Junho de 2008

    O “Campus” de Caicó

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    A Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) criou há alguns anos o “campus do Seridó”. Até hoje funcionam os cursos de enfermagem, filosofia e odontologia.

    É caótico o quadro atual do “campus” seridoense! Instalado precariamente em prédio de antigo CAIC (Centro de atendimento integral à criança), ocupa seis salas. Convive com uma creche, escola de ensino fundamental e educação de jovens e adultos. Faltam espaços vitais para ensino, pesquisa e extensão.

    Há disciplinas que não dispõem de um livro sequer no acervo e a bibliografia não atende ao mínimo de 10% exigido pelo MEC.

    Nenhum laboratório funciona. Para suprir a carência, os alunos se deslocam para Natal e Mossoró. Foi adquirido, apenas, o laboratório de microscopia. O reduzido espaço físico impossibilita o uso em ensino e pesquisa.

    Sabe-se a importância do “campus” de Caicó para toda a região do Seridó. Mesmo com o descaso oficial, observa-se o total empenho dos corpos docente e discente. O alerta do caos é feito pelos líderes estudantis Rodrigo Maristony Medeiros Dantas (Odontologia); Hérvora Santuzza Pereira Araújo (Enfermagem) e Renatho Andriola da Silva (Filosofia.

    O “campus” do Seridó – que curiosamente tem nome da Governadora Wilma de Faria – não pode mais esperar. O futuro das gerações que por lá passam exige medidas urgentes para recuperá-lo. Com a palavra o Governo do Estado e a direção da UERN.

    CRIME CONTRA O RN

    Enquanto na política do Rio Grande do Norte desaparece a diferença entre o ABC e o América – ninguém é de ninguém -, o Estado nada ganha em troca de tanto arrumadinho. O “vale tudo” de ser correligionário numa cidade e adversário na vizinha deixa de lado qualquer tipo de idéia ou proposta que gere empregos para os desempregados e oportunidades para as pessoas.

    Em 2006 houve um acordo político conhecido previamente no Estado inteiro para ficar na oposição e afastar-se do governo. Na época, todos sabiam “quem era quem”. Agora, é diferente. Permite-se ser cristão num município e muçulmano noutro, desde que não se distancie das benesses do governo. Na atual paz das contradições políticas, o povo certamente está atônito.

    O RN – mesmo sendo o maior produtor de petróleo em terra no país - definitivamente “dançou, mais uma vez” na luta pela refinaria e a sua área de livre comércio (ALC).

    É proibido pensar sério. Só vale sobreviver. Quer um exemplo? O governo anuncia o início da refinaria “premium” do Maranhão, adaptada para produzir óleo pesado e produção de 600 mil barris/dia. Com a pífia ampliação do pólo de Guamaré – anunciada há mais de cinco anos –, talvez a nossa futura mini e insignificante unidade de refino tenha a grotesca produção de apenas 15 mil barris/dia para consumo local, ou seja, quarenta vezes menos do que o Maranhão. Conversa pra boi dormir.

    O mais grave é o nordeste ter no Ceará outra refinaria “premium”, com investimento de 11 bilhões de dólares e capacidade de processamento de 300 mil barris diários (vinte vezes mais que o RN).

    O diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, declarou que a prioridade das refinarias do Maranhão, Pernambuco e o Ceará será a exportação. Além de perdermos a refinaria, perdemos também a chance do pólo exportador, através da implantação de uma área de livre comércio (ALC), no “grande natal”, com a oferta de 50 mil empregos, diretos e indiretos e aumento da nossa produção industrial. A única ALC do Brasil ficou em Roraima. O RN “passou batido”. Restou ao Estado a ZPE que já tinha desde 1988, totalmente superada pela globalização econômica e sem condições de crescer. Todos conquistam novos espaços. Menos o RN. Silêncio geral!

    Como ficarão os desempregados e as suas famílias? Certamente, eternos dependentes daqueles que fazem entendimentos de toda natureza, visando à sobrevivência pessoal ou de interesses.

    Mesmo sendo voz isolada não consigo calar, nem me omitir. O povo precisa saber a verdade. E ainda tem muito mais...sobre as “recompensas” privadas pelo silêncio! Cada qual com o seu pedaço e o povo sem nada...

    DEVER DE JUSTIÇA

    A Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN – fez recente divulgação oficial nas comemorações do seu cinqüentenário sobre os agraciados pela instituição com o título de “Doutor Honoris Causa”. Verificou-se a omissão do nome do Professor Claudionor Telógio de Andrade, a quem foi outorgada a comenda honorífica.

    No próximo ano será comemorado o centenário de nascimento do Professor Claudionor de Andrade. Fundador da Faculdade de Direito de Natal, onde lecionou “Direito Processual Civil”, consta na sua biografia o exercício da advocacia militante, além de funções públicas, como Prefeito de Natal, Deputado Estadual constituinte, Presidente da seção local da Ordem dos Advogados do Brasil e do Instituto dos Advogados do Brasil, Promotor de Justiça, Consultor Geral do Estado e Secretário de Estado.

    Por dever de justiça, OPINIÃO faz o oportuno esclarecimento, em homenagem à memória do Professor Claudionor de Andrade, ilustre homem público e respeitável profissional do Direito.

     

    Coluna Publicada aos domingos
    nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE
    Natal e Mossoró - Rio Grande do Norte


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