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Opinião

  • 08 de Março de 2008

    União ou estratégia?

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      Verdadeiro imbróglio (confusão, ilusão) a sucessão municipal em Natal. Pesquisa recente confirma que dois terços do eleitorado da capital não sabem, ainda, em quem votar. Os percentuais divulgados se referem a apenas um terço dos votantes.

    Característica brasileira é a volatilidade das preferências entre os eleitores, após o início da campanha. Desde 1989, nos últimos seis meses de campanha ocorreram deslocamentos dramáticos nas preferências de voto.

    Após o período autoritário, Fernando Collor começou com uma pequena margem entre os eleitores e acabou derrotando o candidato do PT por mais de 8%. Em 1994, o então Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, passou de 8% no início da campanha para 54% na eleição. Ganhou no primeiro turno. FHC viera de uma derrota como candidato a prefeito de São Paulo e teria dificuldades até para eleger-se deputado federal. Em 1998, FHC passou de 36% na largada da campanha para 53%, ao final do primeiro turno.

    No RN, o então senador Fernando Bezerra (2002) iniciou a campanha com mais de 40 pontos percentuais à frente da candidata Vilma de Faria. Quase a mesma situação foi a de Garibaldi em 2006, na disputa também contra Vilma.

    No Brasil, a velocidade de mudança na intenção de voto é bem maior do que ocorre, por exemplo, em campanhas nos Estados Unidos ou Europa, onde os percentuais atingem 3 a 5 por cento, apenas.

    Até o momento, o único candidato estável em Natal é o deputado Rogério Marinho. Nota-se que ele terá, em qualquer circunstância, o apoio do Governo do Estado. Isto lhe dá um trunfo positivo, que é o respaldo da sua cúpula partidária. O povo percebe e rejeita - na eleição majoritária -, quando o candidato é contestado “em casa”, no seu próprio partido, tem apoio frágil, ou faz qualquer tipo de acordo “por debaixo do pano”. Melhor ser candidato por um partido pequeno unido, do que um forte desunido. Tive experiência pessoal negativa em 2004, como candidato a prefeito de Natal. Tornou-se impossível crescer eleitoralmente, diante da notória divisão interna do meu partido. Para completar, surgiu à época o voto de contestação – que não foi contra o meu nome - dado a Miguel Mossoró. Quando vejo Hermano Morais em 2008 – político respeitável – noto que ele é o Ney Lopes de 2004.

    Até abril, tudo poderá acontecer, inclusive não acontecer nada. A base de apoio da governadora Vilma de Faria não sofre abalos. Desapareceu o discurso de oposição. O Governo Estadual poderá ser o vencedor, independente de quem seja o eleito ou a eleita.

    Será que tudo isto acontece por acaso, ou é consentido? Será que a “união de todos”, tão propagada atualmente no Rio Grande do Norte, é união de verdade, altruísmo, espírito público? Ou será estratégia de sobrevivência política, como forma de bloqueio ao surgimento de qualquer reação, ou nomes? Afinal, essa união já definiu por acaso uma agenda mínima de propostas e mudanças, sobretudo para a criação de empregos e oportunidades para o povo?  Ou se limita a encontros episódicos para sair bem na foto e falar mais sobre a eleição de 2010, do que sobre o futuro do RN?

    Só o tempo dirá...   (Seu Comentário)

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    Educação – Ato de justiça reconhecer a competência e o esforço da professora Ana Cristina Cabral, à frente da Secretaria de Educação do Estado. Muita coisa melhorou na área educacional. Houve inegáveis avanços. A proposta em curso é séria e merece apoio.

    Direito Público- No final do mês (27 a 29) realiza-se em Natal o III Encontro Internacional de Direito Público. Palestras de juristas renomados e respeitados como Ivo Dantas, José Afonso da Silva, José Augusto Delgado, Paulo Lopo Saraiva, Marise Duarte e outros. Inscrições no site www.estudoscientificos.com.br .

    Opinião- Em artigo publicado no DN (terça última), o advogado e concluinte de jornalismo, Ney Lopes Jr, opinou sobre as ameaças do Governo Federal extinguir o Sesi, Senai, Sesc, Senac, Sest, Senat e Senar (“Sistema S”), durante a tramitação da “reforma tributária”: “Não seria agora o momento para a insensatez prevalecer. Sobretudo, partindo de um Presidente da República que já foi aluno do Senai. O Brasil precisa do Sistema S.

    Concurso (II) – Terminam terça-feira próxima as inscrições para o concurso do Ministério do Planejamento para analista de infra-estrutura (salário de R$ 5.406.44) e especialista em infra-estrutura sênior (salário de R$ 10.632.61). Serão 600 vagas para candidatos com diplomas em engenharia, geologia ou arquitetura e urbanismo. Informações na Internet: www.cespe.unb.br/concursos/mpog2008. Este concurso é prioritário no Governo Federal, pois se destina à formação de pessoal para atender as obras do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento).

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    Já está em vigor determinação do Conselho Monetário Nacional, que garante ao consumidor o direito a informação clara sobre o preço, juros e encargos, na hora de contrair empréstimo ou fazer compra parcelada. O consumidor exigirá a CET, que significa “custo efetivo real”. Hoje informam a taxa de juros e omitem taxa de abertura de crédito, seguros e outras despesas, que aumentam a prestação mensal.

    Os anúncios publicitários trarão tais informações de forma clara e legível (não pode ser letra minúscula). A regra vale até para contratos de adiantamento do 13° ou do IR.

    Coluna Publicada aos domingos
    nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE
    Natal e Mossoró - Rio Grande do Norte

     


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