Opinião
-
01 de Dezembro de 2007
COMEÇA A CAMPANHA
A campanha municipal em Natal começou. E com ela os projetos políticos futuros. Cartazes, jantares ecléticos de homenagens, faixas, outdoors espalhados na cidade anunciam a clara preferência do Governo estadual e o seu grupo, pelo deputado federal Rogério Marinho. Ele transmite a segurança de solidariedade à governadora Wilma para o Senado em 2010 e a sua filha – deputada Márcia Maia – para sucedê-lo em 2012, caso ganhe a eleição. E há quem vá mais adiante. Rogério teria compromisso com a volta de Wilma ao Governo do Estado em 2014, além de apoio a certas pretensões de suplência de senador e deputados.
Tudo combinado, dividido e mãos à obra. Lembro-me de Garrincha indagando Feola, na copa de 58, quando o técnico orientava como fazer gol na Rússia: “seu Feola, o senhor combinou estas facilidades com os russos?”. Ou Neném Prancha, filósofo do futebol, ao advertir: “treino é treino e jogo é jogo”.
Os estrategistas oficiais buscam segurança na tradição eleitoral do RN. Nos últimos anos lembro-me apenas de uma vez, em que a vontade popular falou mais alto. Foi a eleição de Agenor Maria (1974) para o Senado. Depois disso, nenhuma “zebra”. Geraldo Melo ganhou com Sarney e o plano cruzado. Wilma chegou ao Governo, após sucessivas mudanças partidárias e longos períodos na Prefeitura de Natal com o apoio de José Agripino, do governador Garibaldi Alves, do prefeito Carlos Eduardo, que lhe sucedeu e de Agnelo Alves, em Parnamirim. Teria vencido sem isto? Certamente não, mesmo com a sua inegável competência política. Hoje, ela firmou sólida liderança. E age para manter-se no poder.
É cedo para prever quem tem chances em Natal. O candidato do Governo, deputado Rogério Marinho, sai na frente. Pouco importa se ele lidera as pesquisas. Até porque, a qualquer momento os precedentes asseguram que a força do Governo o colocará na liderança. Mesmo sendo um instrumento científico, a pesquisa em eleição está desmoralizada. Virou comércio. O mais grave é que as pesquisas manipuladas e repetidas terminam influindo no voto do eleitor, que não gosta de votar em quem vai perder. Por isto, elas são pagas “a peso de ouro”. Durante campanhas recentes usaram-se até pessoas com formação matemática nas TVs e rádios para justificarem pesquisas “fajutas” e desmoralizar candidato. O ardil atingiu o alvo e beneficiou o eleito. Torna-se muito difícil a resistência de quem esteja atrás. Tudo depende da lucidez popular, como ocorreu em Fortaleza e Porto Alegre (2002), quando os últimos colocados nas pesquisas venceram a eleição.
É o caso de perguntar: como o eleitor em Natal e no RN reagirá em 2008? Será que irá levar em conta propostas, competência e experiência para planejar as cidades? Ou, prevalecerá a opção de 2002, quando cerca de 80 mil natalenses votaram em candidato que propunha uma ponte ligando Natal a Fernando de Noronha?
Poderão ocorrer acidentes de percurso? Claro que sim. Talvez, o mais previsível seja essa história do terceiro mandato de Lula terminar com a prorrogação do mandato dele por dois anos. Se isso ocorrer, beneficiam-se os atuais governadores e as eleições de 2010 seriam apenas para o Legislativo (deputados e Senador). Quanto a 2008, tudo continuaria como está para coincidir em 2012, com a eleição exclusiva de presidente, governadores, prefeitos e vereadores.
Difícil de ocorrer? Talvez, porém não impossível. Por cautela é bom admitir a hipótese de Lula e Wilma ficarem mais tempo no governo. (Seu Comentário)
De novo na Câmara - Quarta-feira última voltei à Câmara Federal como convidado da Comissão de Direitos Humanos e Minorias para falar sobre “patente e acesso a medicamentos no Brasil”. Debate acalorado. No final deixei a proposta. Caso o Governo queira ajudar os pobres a terem acesso a remédios baratos deve baixar os impostos atuais. Quase 40% do preço são impostos.
Saída para a CPMF - Conversei com vários ex-colegas, na última quarta-feira em Brasília. Sobre a CPMF expus a idéia que defenderia se ainda fosse parlamentar: trocar a CPMF por uma disposição transitória na Constituição, que obrigue o Governo a enviar e votar a reforma tributária dentro de um ano. Ninguém seria responsabilizado pela derrota da CPMF. E a troca seria em benefício do país e não de fisiologismos “por baixo do pano”. Tudo transparente e a favor do Brasil.
Movimento de Natal - O professor e jornalista Otomar Lopes Cardoso prepara livro sobre a história do “Movimento de Natal”. Trata-se do trabalho liderado na década de 1960 pelo então Bispo D. Eugenio Sales, na Arquidiocese de Natal, que mobilizou as comunidades em ações no campo social, econômico e político. A convite do Autor escreverei depoimento. Durante anos trabalhei no “Movimento de Natal”.
Turismo de eventos - Sempre defendi ação mais arrojada para transformar Natal na cidade dos eventos. Guadalajara no México teve essa iniciativa e cresceu. O turismo de eventos repercute em, pelo menos, 56 setores da economia. No Nordeste, infelizmente, só aparecem Fortaleza, Recife e Salvador. O Brasil subiu e pode chegar a 6° lugar este ano. Por que Natal não entende que chegou a sua hora? Afinal, a cidade é o ponto geográfico mais próximo da Europa e África, na América Latina e Caribe. O cenário ideal para eventos, nacionais e internacionais.
Coluna Publicada aos domingos
nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE
Natal e Mossoró - Rio Grande do NorteLeia os artigos desta semana
Coluna Opinião
Brasilia em Dia
De Olho Aberto
O ministro José Múcio
Lula antes e Lula lá
Notice: Undefined variable: categoria in /home/neylopescom/public_html/noticia.php on line 42
Notice: Trying to get property of non-object in /home/neylopescom/public_html/noticia.php on line 42
Notice: Undefined index: pagina in /home/neylopescom/public_html/noticia.php on line 42
Notice: Undefined variable: totalPaginas in /home/neylopescom/public_html/noticia.php on line 42
Notice: Undefined offset: 1 in /home/neylopescom/public_html/restrito/incs/funcoes.php on line 618
