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Opinião

  • 10 de Setembro de 2006

    NÓS E A CHINA

     

     

     

    Em São Paulo, no Parlamento Latino Americano, reencontrei-me com o Sr. Wu Banghoo - o segundo homem na hierarquia político-administrativa da China (Presidente da Assembléia Nacional e do Partido Comunista chinês). Presenteei-o com trabalhos de arte em cerâmica e pintura dos artistas potiguares Marlene Galvão e Djalma Paixão, além da cachaça Samanaú, de Caicó. Na ocasião, informei-lhe sobre o potencial econômico e geográfico do Rio Grande do Norte como o local ideal para a instalação da primeira área de livre comércio (ALC) do Brasil, ao lado do futuro aeroporto de São Gonçalo do Amarante.

    O quadro de Djalma Paixão retratou as riquezas do nosso Estado. Na recepção que lhe ofereci, quando troquei o tradicional champagne pela cachaça de Caicó, em um brinde de honra à delegação chinesa, convidei o Sr. Wu Banghoo para visitar Natal e consolidar os laços de cooperação entre nós e a China.

    Como homem público e engenheiro, o visitante percebeu que a nossa posição geográfica e recursos naturais justificam a instalação de uma área de exportação, nos moldes daquelas que construíram a riqueza chinesa, gerando empregos e oportunidades.

    A EMPRESA LOCAL

    Idéia inovadora, como a zona econômica especial, traz consigo reações. Uma delas seriam possíveis prejuízos para a empresa nacional. Nada disto é verdadeiro.

    As áreas de livre comércio não ameaçarão as empresas do RN. As empresas locais, eficientes e competitivas, terão mais vantagens e atrativos para se instalarem dentro da área livre comércio, do que as de fora. Não haverá competição desleal com as empresas nacionais. A experiência mostra que o mecanismo das áreas de livre comércio é inteiramente neutro, em relação às condições de concorrência entre empresas dentro e fora das zonas econômicas especiais.

    VANTAGENS PARA O RN

    Serão muitas as vantagens para as empresas estaduais. Por exemplo: elas poderão ser fornecedoras das indústrias localizadas na área de livre comércio/RN, aumentando o seu volume de negócios e oferta de empregos; poderão expandir-se, implantando atividades direcionadas para as exportações – e ganhando mais competitividade nos mercados externos; terão a oportunidade de iniciar-se, ou ampliar experiência na atividade exportadora, sem ter que enfrentar as dificuldades de “garimpar” clientes no exterior, gastando dinheiro e negociando em contextos (e idiomas) estrangeiros. Na ALC, o empresário negociará em português.

    VANTAGENS PARA O COMÉRCIO

    O comércio local terá grandes benefícios com a instalação de dezenas de empresas, gerando, em seu conjunto, milhares de empregos com remuneração superior à média atual. Fora da zona econômica especial, serão instaladas muitas unidades industriais, comerciais e de serviços. A experiência internacional indica que estes empregos indiretos são, pelo menos, três vezes os diretos. Todo esse contingente estará consumindo e movimentando o comércio local. Os investidores preferem o fornecedor vis a vis (o comércio local) para gerar parcerias e segurança nas relações de negócios.

    O SONHO POSSÍVEL

    Este sonho só se tornará possível se não for colocado o “trem na frente dos bois”. Injustificável concluir o aeroporto, com PPP ou sem PPP, sem antes ter a lei federal, que crie e assegure os incentivos para a nossa área de livre comércio. Com a visão de começar implantando simples estação de passageiros e galpões, sob a forma de aeroporto “indústria”, “cidade” ou “porto seco”, iremos competir com mais de 40 cidades brasileiras, onde a Infraero já concedeu tal benefício. Seria a vitória da “mesmice” e mais uma derrota para o nosso Estado.

    A vocação da zona metropolitana de Natal é a implantação da primeira área livre de comércio do Brasil. Produzir aqui no RN, empregar desempregados, criar oportunidades e aumentar as divisas brasileiras. O governo federal já nos tirou a refinaria, dando-a a Pernambuco. O Ceará implanta pólo siderúrgico. Fomos excluídos da ferrovia Transnordestina. Ao RN, resta apenas, transformar-se em um pólo exportador.

    E a semelhança da campanha– compre o que é daqui – vale também dizer sobre a destinação dos galpões, no futuro aeroporto de São Gonçalo do Amarante: armazenem o que é daqui... e não o que vem de fora...


    René Descartes, em seu livro “O discurso do Método”, advertiu: “não basta ter uma boa mente. O mais importante é saber usá-la bem”.

    João Batista Machado, escritor, jornalista, açuense da gema, é um dos talentos mais expressivos da nossa terra. E ele sabe usar bem a sua mente para preservar os fatos locais e nacionais. O seu último livro – “Resgate da memória política” – é uma síntese de perfis biográficos, de quem militou na política estadual. Obra densa, bem escrita e imprescindível à memória potiguar.


    Oportunidade

    Os candidatos que se inscreveram no concurso público para a Prefeitura de Areia Branca terão que retirar de 3 a 6 de outubro o cartão de confirmação com a data, local e horário da prova. Estão sendo oferecidas 213 vagas, sendo 153 na zona urbana e 60 na rural, em cargos de níveis fundamental e médio. Os vencimentos são de R$ 350,00 para todos os cargos. A prova objetiva para todos os cargos terá 30 de Língua Portuguesa e Matemática. No caso do cargo de motorista, o candidato responderá também sobre conhecimentos específicos do cargo. Mais informações podem ser obtidas nos sites www.prefeituradeareiabranca.com.br e www.intespconcursos.com.br.

    Publicado em 10.09.2006 nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE.


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