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Opinião

  • 22 de Setembro de 2001

    DESAFIO AMAZÔNICO

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    DESAFIO AMAZÔNICO

    Como relator no Congresso Nacional da MP que regula o acesso ao patrimônio genético brasileiro e a sua exploração para fins econômicos, participei na última terça, no auditório do BNDES, no Rio de Janeiro, de Seminário Especial sobre o tema, promovido pelo Instituto Nacional de Altos Estudos. Os debates foram intensos.

    A verdade é que o Brasil não sabe ainda o que fazer com a biodiversidade (variedade de espécies de plantas e de animais) da Amazônia, cujo valor estimado é de 2 trilhões de dólares, quatro vezes o nosso Produto Interno Bruto (PIB). Este é o nosso chamado patrimônio genético, assim entendido como o conjunto de plantas e animais existentes em estado nativo no território nacional. Nas décadas de 60 e 70 surgiram os primeiros movimentos em defesa do meio ambiente. O país aprovou em 1981, a atual Lei de Proteção ao Meio Ambiente. A Constituição de 88 fez 14 menções ao meio ambiente e duas ao patrimônio genético.

    Esses vários movimentos resultaram, em 1992, na Conferência Mundial de Cúpula do Rio de Janeiro (ECO 92) e a aprovação da Convenção Internacional sobre a Diversidade Biológica. Surgia o pensamento mundial sobre o assunto, em que pese economias fortes como os Estados Unidos se negarem a aceitá-lo. Ninguém mais tem dúvidas de que a devastação das plantas e animais (taxa aproximada de 150 espécies por dia) leva ao aquecimento do planeta, ameaçando, sem exageros, a existência do homem na terra.

    A ONG – Conservation International – relata que dos 17 países mais ricos em biodiversidade, o Brasil está em primeiro lugar com 23 % do total de plantas e animais do mundo. A Suíça tem apenas uma planta endêmica; a Alemanha 19 e o México 3000. O nosso país tem 20.000 apenas na Amazônia. Acrescente-se a isto a variedade de espécies vegetais, de mamíferos, aves, répteis e peixes da Mata Atlântica (uma faixa inserida no RN), do cerrado, do Pantanal, da caatinga, dos manguezais, dos campos sulinos e das zonas costeiras. Cerca de 5% da flora mundial foi estudada e só 1% usada como matéria prima. O Brasil, tem, portanto, tesouros inexplorados, de onde podem ser fabricados remédios, alimentos, fertilizantes, pesticidas, cosméticos, solventes, fermentos, têxteis, plásticos, celulose, óleos e energia, além de moléculas, enzimas e genes em número quase infinito.

    A questão atual é a seguinte: de que forma a lei nacional deverá conservar esses patrimônio genético, regular o acesso, público e privado, para utilização em atividades econômicas, além de proteger os conhecimentos dos povos tradicionais (sabedoria dos indígenas) no aproveitamento das plantas e animais. Esta é a matéria da Medida Provisória, em tramitação no Congresso Nacional. Como relator, entendo que, principalmente o desafio amazônico seja ser colocado na agenda econômica nacional, sob a forma de conservação e uso sustentável da nossa riqueza nativa, permitindo que esse fabuloso potencial colabore, o mais rápido possível, para a manutenção de vida no planeta e também o desenvolvimento econômico e social do país.        
                                                          

    ACONTECE

    Escola modelo
    A Escola Joaquim José de Medeiros em Cruzeta foi escolhida como destaque Brasil em concurso nacional. O modelo da instituição é “comunitário”, ou seja, a co-responsabilidade, em todos os níveis, de professores, alunos e pais. Há anos apresentei Projeto de Lei nessa linha, que até hoje não foi acolhido pelo Governo.             

    Onde reclamar?
    O consumidor de energia elétrica pode reclamar as atividades das empresas, inclusive cotas de racionamento, nos telefones 0800-8804400; 0800-612010; fax (61) 426-5965, o e-mail ouvidoria@aneel.gov.br ou cartas para o endereço SGAN – Quadra 603 – Módulos I e J – Brasília/DF – CEP 70.830-030.

    Assistência
    Esta coluna dará total assistência legal às reclamações, desde que avisada no endereço abaixo, bem como publicará orientações práticas para o leitor-usuário. É preciso que o consumidor use o seu direito de reclamar, ante os abusos.

    Planos de Saúde
    O mesmo direito têm os usuários de planos de saúde. As reclamações ou pedidos de orientações devem ser feitos no fone 0800-7019656 ou pelo site www.ans.gov.br .                                                                                             

    Dignidade
    Digna e corajosa as condenações de Fidel Castro e Arafat ao barbarismo dos atentados terroristas nos Estados Unidos. Separaram as posições políticas das causas da humanidade. 

    Educação Física
    Portaria dos Ministros da Educação e dos Esportes garantiu a educação física como matéria obrigatória no curriculum escolar do país.                             

    Proibição
    Tramita no Congresso projeto de lei acabando o regime de pena aberta, a suspensão condicional da pena e a utilização de celulares nos presídios. Fazem parte do pacote de segurança pública nacional.

    Regiões
    Semelhante aos projetos de lei que apresentei, criando as regiões integradas do Grande Natal, Agreste e Seridó, grupos de prefeitos de Pernambuco se reuniram recentemente, pedindo providência idêntica naquele Estado. Somente no “grande recife” debateram o assunto 14 prefeitos, cujas administrações atingem 3.4 milhões de pessoas. Eles desejam dividir responsabilidades até com as comunidades e soluções integradas para melhoria da qualidade de vida.

    Voz isolada
    Salvo alguns correligionários, até agora o meu esforço de criação destas regiões integradas de desenvolvimento não conta com o apoio claro de Prefeitos de cidades expressivas. Afinal, isto não é política. Trata-se do interesse popular, acima de legendas e interesses. A mesma coisa aconteceu quando defendi pioneiramente (colocando até dinheiro no Orçamento) a adutora Caicó-Piranhas, em  1995. O Governo Garibaldi Alves foi contra e depois foi obrigado a fazer a obra.

    Telefones
    O número de telefones fixos no Brasil e de celulares no Brasil crescerá 120 milhões nos próximos três anos. O país contava com um milhão de telefones móveis e hoje já tem 26 milhões. No caso das linhas fixas, o aumento foi de 13 milhões para 26 milhões.

    Coluna Publicada aos domingos
    nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE
    Natal e Mossoró - Rio Grande do Norte


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