Marca Maxmeio

Opinião

  • 02 de Junho de 2001

    PAVILHÃO NACIONAL

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    PAVILHÃO NACIONAL

    Na semana passada, li a jornalista Eliane Catanhede da FOLHA DE SÃO PAULO indagar: “Será mesmo que para consolidar a democracia o Brasil tem que derrubar (ou tentar derrubar) um presidente atrás do outro ?”.

    Uma coisa é o grito legítimo a favor de mudanças, como o de clamar pela correção da tabela do IR do assalariado; a imprevidência no planejamento da nossa matriz energética;  o combate a corrupção; condenar o congelamento cruel e inexplicável dos salários dos servidores federais etc. Outra, é desejar o desmonte do Governo a cada erro, como bandeira de campanha eleitoral, quer seja ele seja FHC ou outro.  Se isto pega, já pensou o revanchismo que haveria Lula ganhando a eleição em 2002? Talvez por isto, dois cientistas políticos do melhor nível – Wanderley Guilherme dos Santos e Fábio Wanderley – advertiram recentemente do risco de Lula, ou assemelhado, ganhando a eleição não poder concluir o mandato.

    ACUSAÇÕES EM 360 GRAUS                                                           

    Paira no ar o sotaque autoritário, vinculado historicamente a ideologias superadas ou ao nosso passado recente. Têm razão os sociólogos, quando constatam que os extremos se encontram: o nazi-fascismo para chegar ao poder usa as mesmas táticas dos comunistas, embora se odeiem. Vale o esforço para substituir tudo isto pela crença inabalável na liberdade, que pressupõe tolerância sem cumplicidade; julgamento com legalidade e espírito de luta sem insurreição.  Será que só deseja o bem do Brasil quem adere ao vendaval destruidor  do denuncismo ? Por que estes não confiam na ação legal das investigações judiciais e extrajudiciais,  mas ao contrário,  pedem logo a pena sumária e máxima ? Como afirmou o Governador Tasso Jereissati “as acusações são em 360 graus, pegam todo mundo, não têm critérios, nem provas... Ninguém está sabendo separar o joio do trigo, a denúncia consistente da leviana.... Os jovens lêem e ouvem tudo isto e não querem mais entrar para a política... Não é só governo que tem de reagir. Ou todos reagem, ou vamos todos para o buraco”.

    “TRICOTEUSES” DE HOJE                                                   

    Corre risco de linchamento quem fale em direito de defesa, punição  com base legal, exigência prévia  dos indícios se transformarem em provas. A ousadia do patrulhamento faz com que poucos tenham coragem de enfrentar a onda formada. Termina  prevalecendo a hipocrisia dos oportunistas que, carregados de pecados,  jogam  pedra para beneficiar-se da desgraça alheia. Estes se assemelham – na expressão do jornalista Eduardo Brito – as megeras alucinadas (conhecidas como “tricoteuses”), que durante a Revolução Francesa iam aos tribunais de exceção cobrar penas máximas para os réus e rodeavam a guilhotina para festejar o desenlace.

    Brasil livre da corrupção, com justiça social e povo feliz. Estes são os sentimentos da maioria popular, que com inseticida nas mãos afasta os ratos para que eles não se juntem a outros mamíferos roedores e destruam a democracia e o pavilhão nacional para sempre.

    ACONTECE

     Valeu
    O Ministério do Transporte acordou para o crime que se pratica contra a região Oeste, deixando inativo o ramal ferroviário Mossoró x Souza.  A classe política potiguar, unida, pediu a volta do apito do trem neste trecho, que existiu desde o início do século passado. Estive no gabinete do Ministro Eliseu Padilha reforçando esta reivindicação.

    Rádio & programa
    Aos domingos, às 11.40 horas, mantenho há nove anos programa radiofônico semanal, comentando fatos e informando à população. Agora, por razões de programação nacional, a CBN-Natal não integrará mais a rede de 12 emissoras, distribuídas nos Estados do RN e da Paraíba. Destinado inteiramente ao interior do Estado o programa continua com força total.

    Sanderson
    O talento de Sanderson Negreiros é reconhecido em Pernambuco. Ele recebeu com justiça  a “medalha do mérito Joaquim Nabuco” em Recife.

    Natal
    A realização em Natal, a partir de amanhã, da 65ª reunião do Conselho Executivo da Organização Mundial do Turismo, com a presença de representantes de vários continentes, significará mais para o turismo local, do que um ano de exposição na mídia. “É preciso ver para crer” as belezas naturais de Natal. E é isto que farão os participantes do evento da OMT. Agora, em matéria de turismo local, o que precisa ser feito é o “dever de casa”, sem ôba, ôba...

    Velho, menino e o burro
    James Baldwin conta que um velho ia para o mercado com o filho pequeno e um burro atrás. Encontra amigo, que reclama porque ele não monta a criança. Assim é feito. Mais adiante, homens na estrada chamam o menino de preguiçoso pelo fato do pobre velho seguir a pé. A crítica é ouvida e o velho monta no burro. Caminham e logo encontram duas mulheres que condenam o velho por fazer o filhinho andar a pé. Para aceitar a sugestão de todos, o velho e o menino resolveram subir os dois no burro, que saiu cambaleando. Ao chegarem a cidade, quase foram linchados por serem cruéis com um animal, que levava tanto peso. Por fim, os dois amarraram o burro em estacas e carregaram-no nos ombros, na certeza que agradavam a todos. Ao chegar no mercado o burro escapuliu e caiu no rio, afogando-se. O velho, então, virou-se para o filho e disse-lhe: “aprendemos uma lição: se você tenta agradar a todos, acaba não agradando ninguém”.                                

    A propósito da fábula
    No último programa gratuito do PFL, afirmei que as verbas para a construção do viaduto da URBANA e drenagem da Redinha, Gramoré e Igapó foram destinadas da minha cota pessoal à Prefeitura de Natal no OGU, a pedido, na época, da Prefeita Vilma Farias e, por justiça, do vereador Luiz Almir. Os anais do Congresso comprovam esta verdade. Como não se consegue agradar a todos, alguns poucos invejosos procuraram negar o mérito deste fato público e notório. A mim interessa o julgamento dos imparciais, que têm capacidade de reconhecer o trabalho realizado em benefício de Natal. Os bajuladores que se cuidem para um dia não escapulirem e caírem também no rio....

    Coluna Publicada aos domingos
    nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE
    Natal e Mossoró - Rio Grande do Norte


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