Opinião
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27 de Janeiro de 2001
“MEKA” POTIGUAR
“MEKA” POTIGUAR
Grandes frotas de barcos pesqueiros modernos (as chamadas embarcações espinheleiras com sinais luminosos descartáveis) podem chegar ao litoral potiguar em busca do meka, um tipo de peixe desconhecido na terra, mas vendido a peso de ouro, principalmente nos Estados Unidos e Ásia. Meca com c foi no passado a cidade sonhada pelo profeta Abraão e no ano 570 DC serviu de berço ao profeta Mohammad , que, segundo os muçulmanos, recebeu a mensagem final de Deus, transmitida pelo anjo Gabriel e transformada no “Alcorão”.
O pescador norte-rio-grandense ainda é um artesão. Pesca em pequenos barcos para sobreviver. Falta-lhe organização em grupo – colônias, cooperativas ou associações -, barcos bem equipados e conhecimento do mercado, sobretudo de exportação.
A busca da Meca para o nosso pescador não será igual às peregrinações islâmicas anuais na Arábia Saudita, com tradicionais celebrações de alegria e troca de presentes. Aqui, encontrar Meca significará barcos de pesca industrial, potentes e atuais, ampliando a pequena frota atual de 23 embarcações, em busca do “ouro do mar” no mercado de exportações, que é o peixe espadarte (meka). Somente em 1998, o crescimento da pesca dessa espécie foi de 300% na produção desembarcada ( cerca de 640 toneladas, do total de 1.359.6 toneladas, incluindo outras espécies).
Partindo da nossa costa, chegaremos às áreas oceânicas da chamada Zona Econômica Exclusiva (ZEE), ou seja, a partir das 12 milhas que compõem o mar territorial – onde todo o recurso pesqueiro é do Brasil – e se amplia até 200 milhas da costa brasileira. Nesta zona, o país é soberano do uso, mas não das espécies de peixe dos tipos albacoras, cavalas, cações, peixe-rei e o famoso espardate (meka). A nossa cota de captura do meka, por exemplo, foi ultrapassada em cerca de 1.500 toneladas, somente no ano de 1999. Outros países também atuam na área. A expansão da pesca e aquicultura no Rio Grande do Norte é item fundamental (e ainda pouco falado) em nossa agenda econômica neste século.
Que cheguem logo as frotas em busca da “meka” adormecida nas águas da nossa costa. E com elas, mais empregos, renda e bem estar. O pescador potiguar merece crescer e prosperar, porque ele é um eterno pobre, trabalhando num mar de riqueza...
.ACONTECE
Chico Alves
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