Opinião
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13 de Janeiro de 2001
ENTRANDO NO SÉCULO
ENTRANDO NO SÉCULO
Vencer desigualdades sociais como as da educação e criar oportunidades será o grande desafio, no instante em que entramos no novo século. Como fazer ? Eis a grande questão.
Certa ou errada, uma realidade absolutamente diferente está à frente, principalmente do jovem. A escola e os pais são responsáveis pela orientação deles, diante das alternativas de valorização da inteligência ou da segurança no trabalho.
Na vida prática, o que seria mais importante neste século: segurança no emprego, salário alto e grandes benefícios, ou, por exemplo, estudar e pesquisar novas áreas e novos campos de conhecimento ? A globalização acabou com o mito de Robin Hood, que roubava dos ricos para dar aos pobres. Na prática, essas teorias provocam os maiores sofrimentos para os pobres e a classe média pelo incentivo indireto à criação de mais impostos. “Na verdade, os ricos não são tributados.... Os impostos acabam onerando a classe média....É a classe média que paga pelos pobres, especialmente a classe média alta instruída”.
A educação é o único meio capaz de elevar a qualidade de vida das populações marginalizadas. A escola desempenha papel fundamental no processo. Vale constatar que o sistema de ensino atual ainda não prepara os jovens para o mundo que encontrarão depois de formados. Por isto, os pais têm o dever de ensinar aos filhos, o que a Escola não ensina. Sob pena de serem co-responsáveis pelos fracassos do futuro.
A mudança fundamental exigida pelo século XXI será a de mentalidade. Encarar os fatos sob a visão do real e não dos sonhos, fantasias ou fetiches do passado. Aprender valerá mais do que o dinheiro. Pesquisar significará prevenir o futuro. A economia será controlada não pelas estatísticas do lucro monetário, mas do lucro estável da inteligência bem aproveitada e voltada para as inovações, que assegurem melhores padrões de vida humana. O que significará aumentar a expectativa de vida, se as pessoas não chegarem à idade adulta ? O progresso terá que ser sócio da solidariedade responsável, onde todos façam a sua parte e o Estado supra as necessidades dos desvalidos.
Pensando assim, começamos a entrar no novo século.
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