Opinião
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26 de Janeiro de 2002
CIDADÃO FRACO; BANDIDO FORTE
CIDADÃO FRACO;
BANDIDO FORTEO Brasil, pouco a pouco, assume a liderança mundial dos crimes hediondos. O quadro é semelhante a uma epidemia na saúde pública e exige remédios fortes, sem prejuízo do tratamento a médio e longo prazo. Por acaso, as causas da epidemia seriam exclusivamente os hospitais, o seu pessoal técnico, a má qualidade do tratamento, a falta de higiene das camadas mais pobres da população e o agravamento das diferenças sociais ? Como imaginar-se a cura do paciente simplesmente condenando o hospital, os profissionais da saúde e a pobreza em que ele vive ? Bons ou maus, os hospitais e o seu pessoal precisam ser prestigiados e ao mesmo tempo corrigidas as falhas. A epidemia atinge pobres e ricos e talvez, proporcionalmente, mais ricos do que pobres, pela exposição diária daqueles a agentes químicos na alimentação, vícios, consumo de drogas e outras causas, todos com grau de contágio maior do que a limpeza doméstica.
Relacionando o exemplo da epidemia com a questão da segurança pública, alguns grupos influentes na opinião pública, terminam, indiretamente, protegendo a marginalidade, na medida em que sempre enfraquecem a credibilidade da Polícia e dos policiais, atribuindo-lhes violência, excessos na repressão e propagando o falso raciocínio de que a única origem da violência seria a pobreza, o que não é verdade. A quase unanimidade dos pobres leva pedra nas costas para sobreviver; não mata; nem rouba.
Os países ricos subsidiam ONG’s para defesa de direitos humanos e muitas delas se transformam em meros instrumentos político-ideológicos, que ajudam a armar o bandido, desarmar o cidadão e aumentar as contradições sociais. Os direitos humanos são sagrados, porém nunca para enfraquecer o cidadão e fortalecer o bandido, sobretudo numa epidemia de violência como a que vivemos, onde não se pode esquecer os direitos humanos das vítimas, da Polícia e dos mais pobres. Os Estados Unidos, diante da recente necessidade de conter o terrorismo, reformularam do dia para noite as suas leis penais como exigência da realidade. Lá também se constatam corrupção e excessos policiais, mas não foi por isto que se adiaram as reformas na segurança pública para fortalecer de imediato a repressão.
A curto prazo, o Brasil precisa intimidar o marginal. Não só através de lei, de prisão perpétua, mas na prática diária. Os órgãos policiais devem contar com a colaboração das Forças Armadas, no treinamento e nas ações mais complexas como, por exemplo, coibir o contrabando de armas nas fronteiras. A população, advertida de que segurança é dever do Estado e também do cidadão, intensificará o debate comunitário para denunciar os erros e estimular os acertos. Enfim, a meta deverá ser proporcionar segurança para o cidadão e insegurança para o bandido. O contrário é blá, blá, bá e conversa afiada....
ACONTECE
EMPRESÁRIO – Faleceu o empresário Wellington Lucena, bacharel em Direito, homem de negócios e com grande credibilidade no empresariado potiguar. Deixou marcas indeléveis de dignidade pessoal e ética comercial.
LIBERDADE – “The Heritage Foundation”, entidade econômica de renome internacional, vinculada ao jornal “The Wall Street”, publicou o resultado da pesquisa sobre os dez países economicamente mais livres do mundo em 2002.
CRITÉRIOS – Foram estudados os 161 países do mundo, em razão dos seguintes critérios: política comercial, carga de impostos, intervenção do Governo, política monetária, fluxos de capital e investimentos externos, atividade bancária e financeira, salários e preços, direito de patente e mercado negro.
OS ESCOLHIDOS – Os dez países economicamente mais livres são: Hong Kong, Singapura, Nova Zelândia, Estônia, Irlanda, Luxemburgo, Holanda, Estados Unidos, Austrália e Reino Unido.
SAÚDE – Acabo de ler, já na sua 17º edição, o extraordinário livro (“A semente da vitória”) do professor e consultor de qualidade de vida, Nuno Cobra, da USP e SENAC de São Paulo e publicado pela Editora SENAC (fone 011 6104 1176). A base do trabalho é a reconquista do corpo, da auto-estima e aprimoramento mental. O Autor é irmão da deputada Zulaiê Cobra (PSDB-SP), uma das mais competentes parlamentares do Brasil.
LEI – Os participantes do recente Seminário Internacional sobre Transparência e Responsabilidade Fiscal, realizado no BNDES, concluíram por unanimidade que a Lei brasileira de Responsabilidade Fiscal é a mais detalhada e abrangente do mundo, criando oportunidades para a geração de emprego e renda.
EXAMES – Aprovada alteração na Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que obriga a realização de exame psicológico periódico para motoristas profissionais.
MÚSICA – O Conservatório de Música “D’Alva Stella Nogueira Freire”, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, com sede em Mossoró, vem se credenciando como centro de estudo e ensino de música em alto nível. De 4 a 8 de fevereiro estarão abertas as inscrições para o teste de aptidão; 17.02 aplicação do teste; 21.02 divulgação do resultado; 25 a 28 matrículas nos três turnos e 11 de março início do na letivo.
APODI- Neste semestre será inaugurada a Barragem de Santa Cruz do Apodi, obra do Governo Federal e da bancada federal do Estado, através de emendas coletivas no OGU, há vários anos. O Governo do Estado já recebeu do Ministério da Integração Nacional R$ 6.56 milhões para concluir as obras.
BENEFICIÁRIOS – Serão beneficiadas 56 mil pessoas residentes nos municípios de Apodi, Felipe Guerra e Mossoró. Na construção a obra gerou 720 empregos diretos e irrigará 9.2 mil hectares de área, acumulando 600 milhões de metros cúbicos de água e sua vazão será de seis metros cúbicos por segundo.
RÁDIO – Com esta Barragem, o município de Apodi aumentará a sua influência econômica, social e política no Oeste, com projeção no Ceará. Neste mesmo período entrará no ar a “Emissora Vale do Apodi – A voz do Oeste”, a primeira rádio do município e cujos equipamentos e sede estão em fase final de montagem e conclusão.
Coluna Publicada aos domingos
nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE
Natal e Mossoró - Rio Grande do Norte
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