Opinião

• 31 de Maio de 2003

  O QUE NÓS PENSAMOS...

  

   

   

   

  O QUE NÓS PENSAMOS...

  Democracia:  na América Latina os países com maior apoio à democracia são Costa Rica e Uruguai (77%). O menor índice é do Brasil (37%) abaixo da Colômbia (39%), onde existe um quadro de guerra civil.

  Satisfação & insatisfação: embora 56% da população da América Latina apóie a democracia, apenas 27% está “satisfeito” com o funcionamento democrático.  O Brasil tem índice de 21% de satisfação. A maior insatisfação está na Argentina (8%) e no Paraguai (7%).

  Todos estes dados estatísticos são referentes ao ano de 2002 e estão na última pesquisa de opinião pública latino-americana, realizada em 17 países da América Latina (18.522 entrevistas), pelo “Instituto Latinobarometro”, com sede em Santiago do Chile, por solicitação do “Diálogo Americano”, entidade civil que se reuniu em Gramados/RS, no último final de semana, no “Terceiro Encontro da Rede de Legisladores das Américas”. Os resultados obtidos representam o que “nós pensamos” na América Latina.

  Sistema de Governo: a democracia para 68% dos latino-americanos pode ter problemas, mas é o melhor sistema de governo. No Brasil, o índice sobe para 70% e na Nicarágua e Costa Rica atinge 82%.

  Atitudes diante da democracia: 50% da América Latina está disposta a aceitar um governo forte, desde que resolva os seus problemas e 37% admite passar por cima das leis, quando a situação for difícil. O total de 75% da população concorda que a solução dos problemas nacionais não depende da democracia e 79% aceita que a lei deve ser obedecida.                                                       

  Autoritarismo político: no Uruguai 70% da população repele o autoritarismo político, sob qualquer forma; no Brasil 42%; no Paraguai e Equador  27%. O Uruguai é o menor índice de aceitação das “ditaduras”(9%); Brasil (12%). O maior percentual de aceitação do autoritarismo político é o Equador (25%). Na pergunta sobre a eficácia da democracia para solucionar os problemas dos países, 58% da América Latina responde que a democracia não soluciona os problemas e 37% que sim.

  Confiança nas instituições:  As instituições que os cidadãos latino-americanos têm maior confiança são, pela ordem,  a Igreja Católica ( 71%); a televisão  (45%); as forças armadas ( 38%); os bancos (36%); a Polícia (33%); as empresas privadas (32%); os municípios (32%); a Presidência da República (25%); o Poder Judiciário (25%); o Parlamento ( 23%) e os Partidos Políticos (14%). O Parlamento é a instituição que tem perdido mais confiança nos últimos cinco anos.  Os países que mais confiança têm nas Forças Armadas são Brasil (61%), Colômbia (57%) e Venezuela (54%).

  Significado da democracia: Para muitos latino americanos, democracia significa algo que não pode expressar em palavras. Quatro países da região têm elevados índices de “não sabe” e “não responde” sobre o significado da democracia. São eles: Brasil (59% não sabem e 4% não respondem); El Salvador ( 41% não sabem e 5% não respondem); Colômbia ( 40% não sabem e 4% não respondem) e  Guatemala (36% não sabem e 7% não respondem).

  Economia de mercado: As maiores insatisfações com a economia de mercado estão no Paraguai (65%), Colômbia (45%), Equador (42%), Argentina (41%), Bolívia (40%) e Peru (40%).

  Mais admirados:  Numa escala de 0 (muito mal) a 10 (muito bom) a instituição internacional pior avaliada é o FMI (5.1%) e a melhor as Nações Unidas (6.86%). O país mais admirado na América Latina é o Brasil com 12%, seguido do México com 7% e a Argentina com 6%.

   

  ACONTECE

  Saída do PFL
  Nos últimos dias, a imprensa tem divulgado a possibilidade de minha saída do PFL. Nada há de concreto até o momento. Para esclarecer o assunto e a propósito de nota divulgada na coluna RODA VIVA, do jornalista Cassiano Arruda, enviei-lhe a seguinte carta: “ Agradeço ao jornalista Cassiano Arruda a sugestão que fez para que seja candidato a Ministro do Tribunal de Contas da União. Sinto-me honrado com a lembrança”.

  Vaga
  “Entretanto, a próxima vaga não será nomeação do Presidente da República, mas indicação livre e soberana do Congresso Nacional. É tradição os governos não influírem nessa escolha. Veja-se o atual Ministro Adylson Motta, que era oposição à FHC e foi indicado no plenário. Por tais razões, o PFL, ao invés de prejudicar viabilizaria para mim esse projeto, por ser o segundo Partido da Câmara”.

  Cortina de fumaça
  “Deixo claro, que se estivesse usando “cortina de fumaça”, não teria condicionado a minha saída do PFL à entrada em Partido com princípios semelhantes, desde que aceita a condição prévia de poder reestruturá-lo, a nível estadual”.

  Quatro anos
  “Sobre o fato de que projeto político não se começa quatro anos antes, sabe-se ,ao contrário, que não existe na história política nenhum caso de projeto eleitoral feito às vésperas de uma eleição. O próprio termo “projeto” supõe etapas. Há poucos dias, por ex., mais de 10 parlamentares mudaram de Partido em Pernambuco, em função de projeto político para 2006”.

  Senado
  “Aspiro realmente ser candidato a Senador em 2006. Já é tempo. Toda a minha geração teve oportunidade de disputar eleição majoritária, menos eu. embora tenha tentado várias vezes. Não existe, de minha parte, problema de ordem pessoal com nenhum dirigente do PFL. Desejo apenas espaço político. Sei que será impossível o PFL confirmar o meu nome 4 anos antes, existindo outros aspirantes. Não pedi isto. Reivindiquei, apenas, - e não fui atendido – que o PFL do Estado definisse  a disposição de indicar candidato próprio ao Senado em 2006, que poderia ser eu, ou outro companheiro em melhor condição eleitoral”

  Segurança
  “Isto daria segurança a todos os postulantes, pois a aspiração ao Senado implica em si, no risco de prejuízo eleitoral nas bases de Deputado e  justifica deliberações concretas para avaliação prévia. Só isto”.

  Coluna Publicada aos domingos
  nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE
  Natal e Mossoró - Rio Grande do Norte

  
  

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