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Opinião

  • 08 de Fevereiro de 2003

    A PAZ E A GUERRA

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    A PAZ E A GUERRA

    A guerra de que falou o secretário norte-americano Colin Powell no plenário da ONU, na última quarta, não será apenas entre EEUU e Iraque. Por isso, nenhum país poderá ficar de braços cruzados.

    No início do século XX, os socialistas e nacionalistas franceses defendiam o mesmo que Bush defende hoje, em relação ao Iraque: somente eliminando a Alemanha seria alcançada a paz mundial. Esse “motivo” levou à I Guerra Mundial, a qual, mesmo depois de encerrada, serviu de estímulo aos ódios classistas, raciais e nacionais. Em conseqüência, surgiram o fascismo e o comunismo leninista, responsáveis pela II Guerra Mundial. Após 1945, o mundo passou a sofrer as tensões da “guerra fria”(EEUU e Rússia). A ONU nasceu como a busca desesperada da paz mundial. A Índia, Egito e Iugoslávia lideraram o chamado “bloco de países não alinhados” a favor da paz, que nada alcançaram e tudo terminou com as mortes de Nerhu, Nasser e Tito. Em 1968, surgiram os movimentos autônomos (as ONG’s), em busca do diálogo entre os governos nacionais e a sociedade civil mundial, sobre temas como ecologia, movimento feminista, pacifistas, direitos humanos etc.  

    A década de 90 eliminou a bipolaridade mundial  (domínio das duas superpotências – Rússia e Estados Unidos). Passou-se  à unipolaridade, ou seja, a dominação absoluta da  maior potência capitalista da história da humanidade – os EEUU. Os acontecimentos de 11 de setembro (atentados terroristas à Nova York e Washington DC)  provocaram, unicamente, mudança na conjuntura política internacional. No mais, os Estados Unidos mantiveram a sua hegemonia no plano internacional. Antes de 11 de setembro, o tema central era a injustiça da ordem econômica (o chamado consenso de Washington) e a responsabilidade de organismos internacionais como o FMI, Banco Mundial, BID, OMC e outros. Após os atentados, foi colocada na pauta política mundial a questão, inegavelmente relevante, do combate ao “terrorismo internacional”.

    Diante de tudo, indaga-se: o que fazer ?

    De que adiantará invadir o Iraque, sabendo-se, de antemão, que essa invasão será  seguida de um longo período de ódio e  vindita no mundo? O terrorismo ao invés de acabar, será estimulado.

    Certamente, a alternativa é o fortalecimento da ONU, com a missão de formar uma Força de Paz, inclusive para capturar os líderes dos atentados de Nova York e colocá-los em julgamento perante um Tribunal Internacional. Na atualidade, nenhum país resolve problemas sozinhos, quer seja o Zimbábue ou os EEUU.  Rosseau, no século XVIII,  já propunha a formação de uma federação de Estados a favor da paz, à época inspirado na Liga Aquéia, na União dos Cantões Suíços e na América de Tocqueville. Para ele, essa federação não eliminaria definitivamente os conflitos, mas reduziria sensivelmente as tensões.

    A ONU faria, sem dúvida, o papel da federação imaginada por Rosseau. O atual desafio mundial, é, portanto, basicamente político. Chegou a hora de algum país (ou grupo de países) erguer a sua voz e, ao invés de justificar o conflito armado – como fez  Colin Powell -, demonstrar que a história universal não erra. Até hoje, nenhuma guerra ajudou a paz. O mais beneficiado com a paz seria o povo norte-americano, que deixaria a incômoda situação de alvo número um do terror internacional.

    ACONTECE

    Alínio Azevedo
    A morte de Alínio Cunha de Azevedo deixa o exemplo de um cidadão sempre integrado à vida do seu Estado. Rotariano, encarava o Rotary como instrumento de prestação de serviços à coletividade; tabelião público, exercia a função com honradez e competência; maçom, orgulhava-se de pertencer a tão prestigiada instituição mundial; desportista, morreu fiel ao Santa Cruz, o seu time de preferência; empresário, sempre lhe movia a preocupação pelo social; chefe de família, merece o título de um “excelente e inigualável pai”.

    O seridoense
    Seria injustificável esquecer no perfil de Alínio Azevedo, a sua origem seridoense.  O jazigo na Morada da Paz, em Natal, será para sempre o repouso de quem viveu as alegrias da Fazenda “Sombrio”, de sua propriedade. Morreu em paz por ter assistido a sua família, merecido o respeito dos seus amigos e, sobretudo, jamais ter esquecido a querida Jardim do Seridó, para ele um altar permanente de devoção.

    Inexplicável
    Não há justificativa para o Governo Federal ter vetado a lei que assegura o seguro-desemprego aos pescadores no período do defeso (período de proibição da pesca). Como Presidente da Comissão de Constituição e de Justiça, dei prioridade a esse projeto, aprovando-o em tempo record. Existem no RN cerca de 25 mil pescadores, 120 mil pessoas e 75 comunidades pesqueiras. Na hora de lançamento do programa “fome zero”, será que estas famílias vão continuar abandonadas  e desempregadas? A luta agora será derrubar este veto no Congresso Nacional.

    Responsabilidade & administrador
    Pelo novo Código Civil, os administradores, mesmo que não sejam sócios, (os gerentes de firmas, por exemplo) têm responsabilidade solidária pelos prejuízos originários da empresa à sociedade. Antes, era necessário provar a má fé e a responsabilidade direta do administrador para exigir ressarcimento por prejuízos causados pela empresa.

    Rodovias
    O Estado do RN será o responsável pela manutenção das rodovias, inclusive federais. É hora de começar pela BR-405, a espinha dorsal da malha viária estadual, há 16 anos sem recuperação. É por onde trafegam as cargas da fruticultura potiguar de exportação. Só a região Oeste, participa com cerca de U$ 50 milhões de dólares por ano.

    Estranho
    Acho estranha essa fórmula de encaminhamento das reformas pelo Governo Federal. Para tudo é criado um Conselho. O último, foi de Desenvolvimento Econômico e Social (82 integrantes). O Governo e os seus técnicos precisam colocar as reformas no papel, enviá-las ao Congresso e deixar que lá sejam discutidas com a sociedade. Para isto existe sistema representativo nas democracias. Além do mais, se gastará menos dinheiro, numa hora de crise.

    Coluna Publicada aos domingos
    nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE
    Natal e Mossoró - Rio Grande do Norte



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