Marca Maxmeio

Opinião

  • 24 de Dezembro de 2005

    NATAL EM NATAL

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    NATAL EM NATAL

                Observo a cidade de hoje, iluminada, parecendo uma metrópole. Ela não significa apenas o que é percebido a olho nu. Revejo na lembrança, quase em devaneio, os Natais em Natal. Tipos, pessoas, situações, imagens espontâneas, nascidas da relação direta com os anos aqui vividos.

                A “missa do galo” transformava-se no ponto de encontro das festas natalinas em Natal, nos anos sessenta. Na Igreja de São Pedro, na Catedral velha, na Igreja de Lagoa Seca, nas capelas da Policlínica e da Maternidade Januário Cicco, todos se encontravam, até não católicos. Para esses locais convergiam romarias a pé. Era mínimo o uso de viaturas. Escasseavam os ônibus, por ser tradição liberar os motoristas e cobradores.

                Na esquina das ruas Amaro Barreto com a Presidente Quaresma, no bairro do Alecrim, existiu a “Confeitaria Primor”, vizinha à Alfaiataria Globo. No balcão, ao lado dos meus pais – os proprietários - atendi muitos clientes, na véspera de Natal. Todos os concorrentes fechavam. O meu pai aproveitava para aumentar as vendas. Com a ajuda da família, abria as portas do negócio, até meia hora antes da “missa do galo” na Igreja São Pedro, que não podia ser perdida.

                O presente de Natal tem um significado muito profundo para mim. Recorda-me pessoas humildes, que iam à Confeitaria, com o dinheiro contado, às vezes até centavos e compravam algo para o filho, a esposa, a namorada, o amigo. De olhos reluzentes de alegria diziam que era o Natal e não podiam esquecer aqueles que tinham estima. Embora não conhecesse esses personagens, tenho muito presente na memória o gesto simbólico de grandeza e solidariedade humana.

                Clarice Palma, a conterrânea ilustre, chamada “a embaixatriz poética do Nordeste”, eternizou o Natal em Natal com o seu poema “Minha cidade-luz!”: “Já vem chegando o Natal, nascimento de Jesus; e Natal, cidade-luz; é o Presépio Iluminado; sob um céu azulado; junto ao mar sereno e lindo; como um lençol verde e infindo; ornado de brancas rendas; feitas de brancas espumas!

                “Natal, minha terra; cheia de forte calor humano; onde o sol, durante o ano; doura a terra e doura o mar!... Natal meu álbum de vistas; mais lindas e naturais; Natal-Cidade Esperança; que eu amo, cada vez mais”.

                Sem querer ser saudosista, como eram bons aqueles tempos! Andava-se nas ruas de madrugada, voltando da “missa do galo”, sem nenhum temor de violência. Nunca é demais renovar a crença de que o Deus-menino, um dia, faça voltar a paz e a tranqüilidade à “cidade presépio”.

    ACONTECE

    Concurso (I)

    A Petrobras Transporte S/A – Transpetro abrirá no dia 10 de janeiro próximo até 25, concurso público com 9.944 vagas, incluindo níveis superior (advogados, pedagogos, engenheiro, economista e outras profissões) e médio (assistente técnico de telecomunicação, de informática, de administração e outros). Os salários variam de R$ 884.18 a R$ 3.728.54. Inscrições nas agências de Correio, ou na Internet www.cesgranrio.org.br.

     Senadores & deputados

                Os cartões de Natal dos membros do Congresso Nacional são pagos pelos próprios parlamentares. Trata-se, portanto, de mensagem pessoal de quem envia.

    Natal & ornamentação

                Registro, por dever de justiça, que o centro da cidade de Natal está muito bem ornamentado e iluminado neste Natal. Acho, apenas, que os bairros deveriam merecer maior atenção.

    Talento potiguar

                Eduardo Collin, estudante de jornalismo na UERN, em Mossoró, foi o ganhador do prêmio daquela Universidade em 2005, na categoria rádio. A produção (“Meu melhor Natal”) foi veiculada pela rádio Abolição – FM 95, de Mossoró, líder de audiência. Por iniciativa do superintendente Manoel Ribeiro, a emissora mantém parceria permanente com os jovens estudantes da UERN.

    Verba parlamentar

                Mesmo durante o recesso o meu gabinete de Brasília estará de plantão em defesa das verbas colocadas no Orçamento, a favor de municípios. Trata-se de direito legítimo do administrador municipal. Na atmosfera política que o país atualmente respira o que não pode é a verba ser usada como “moeda eleitoral”. Aí se transforma em crime, facilmente comprovado.

    IN MEMORIAN

    Faleceu o Dr. Jerônimo Vingt-Un Rosado. Intelectual. Político. Cidadão de conduta exemplar. Em vida, participou de todas as conquistas em benefício da sua terra, a cidade de Mossoró. A Câmara dos Deputados em Brasília lhe prestou a última e merecida homenagem com a outorga da medalha do "Mérito Legislativo".

    Registro também, com pesar, a morte de dois conterrâneos com o traço comum de terem sido dirigentes do América Futebol Clube: Dilermando Machado e João Costa. Dilermando participou do convívio social e esportivo da cidade e era muito respeitado. João Costa, pertencente a tradicional família Porcino, sempre teve grande presença nas atividades comerciais do Estado, exercendo inegável liderança empresarial, além de influência ativa no esporte local.

    Coluna Publicada aos domingos
    nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE
    Natal e Mossoró - Rio Grande do Norte



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