Opinião
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10 de Setembro de 2005
OS MOMENTOS QUE VIVI
OS MOMENTOS QUE VIVI
Sempre temi uma intervenção cirúrgica. Nunca havia me submetido a nenhuma. Há dez dias, após check-up em São Paulo, recebi orientação médica preventiva e incisiva: teria que operar a próstata. Não hesitei. Confesso que foi o momento mais difícil da minha vida. Porém, Deus me deu forças para decidir. Disse ao médico: desejo operar imediatamente. Tomei a decisão, lembrando-me de uma máxima do Dalai Lama: “só existem dois dias no ano em que nada pode ser feito. Um se chama ONTEM e outro AMANHÃ. Portanto, HOJE é o dia certo para amar, ACREDITAR, fazer e, principalmente, VIVER”.
Acreditei que precisava viver. E isto implicava em decidir, fazer algo para preservar a saúde. Ao meu lado, a solidariedade dos familiares e de tantos amigos, que logo se manifestaram. Exatamente no dia 2 de setembro, fui operado. Todos os exames, durante e depois do ato cirúrgico, foram tranqüilizadores. Ao despertar da anestesia geral, ouvi o meu médico, Professor Anauar Maluli, ao lado de Abigail e meus filhos, afirmar: “a operação foi um sucesso total. O senhor está inteiramente curado”.
Com três dias, saí do hospital e ainda permaneço em São Paulo para os atos finais da cirurgia. A cada minuto, sinto-me melhor e mais disposto. Porém, os instantes que vivi servirão de reflexão para o resto da vida.
Como é frágil a pessoa humana! De um minuto para outro tudo muda. No entanto, muitas vezes, a luta pela sobrevivência nos faz esquecer um pouco esta realidade. Outras vezes, a gente pensa que certas coisas atingem aos outros e nunca a nós próprios.
Em cima de uma cama de cirurgia, antes da anestesia, simbolizei que aquele era o cenário mais significativo para alguém dizer que estava nas mãos de Deus. Claro que não nego a competência da equipe médica. Mas ela é também manifestação de Deus, que lhe deu conhecimentos para o ser humano vencer a batalha pela sobrevivência.
Durante a recuperação, não paro de pensar naqueles que não possuem assistência médico-hospitalar completa. Senti a fragilidade dos planos de saúde, pagos com tanto sacrifício. Ney Jr. administrou as contas médico-hospitalares. Em princípio, optou por usar o plano de saúde e renunciar ao reembolso a que tenho direito no seguro parlamentar, cujo pagamento demora algum tempo. Isto porque, de outra forma, a despesa final teria que ser paga à vista, na saída do hospital. Afinal, o plano de saúde é para assumir a responsabilidade nestas situações. Ele ficou chocado e revoltado com as limitações e não utilizou nenhum plano. Praticamente nada podem. Tudo depende de autorização, disso e daquilo. No final, o que mais facilitou foram os cartões de crédito, que dividem, sem juros, as parcelas hospitalares (os médicos não). Tive que pagar tudo na hora e pedir o reembolso, depois de vencido o período de entraves burocráticos. Mas, como ficam aqueles que dependem exclusivamente do plano de saúde e não têm limites em cartões de crédito, ou direito a reembolso?
Estou convencido de que será melhor fechar os planos de saúde, se verdadeira a alegação de que eles não podem arcar, nos limites de cada contrato, com os custos médico-hospitalares. O quadro ficaria mais realista. De um lado, o governo investiria no SUS, e as classes assalariadas poupariam dinheiro para eventuais aplicações na saúde familiar.
Já tentei muito intervir nessa área de plano de saúde, inclusive em projeto de lei recente, de revisão nos honorários médicos, hoje totalmente sem regulamentação. Na prática, quem pode agir mesmo é o governo. As leis já existem. Ao Ministério da Saúde compete fiscalizar e implantar as regras.
Nos anos de vida que Deus me conceder, terei presente, no plano social, o compromisso de colaborar na melhoria das condições de saúde pública. O caminho mais curto não será gastar com hospitais e medicamentos, mas sim com a prevenção, que falei e insisti tanto quando fui candidato a prefeito de Natal.
Agradeço a solidariedade de tantos amigos e leitores desta coluna. Volto ao batente. Estarei cada vez mais comprometido com a causa humana, de viver e ajudar os outros a viverem com dignidade.
ACONTECE
Lançamento
O escritor e economista, formado pela UERN, Francisco Edivan Silva, lançou o livro “O Poder da Iniciativa”. A obra mostra algumas experiências vividas no cotidiano de uma grande Empresa - a ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) e passa aos leitores algumas dicas de como usar a marca registrada de excelência profissional: a iniciativa. Parabéns.
Audiência Pública
Lamentei não comparecer à audiência pública realizada na última segunda-feira, na Assembléia Legislativa, para tratar de compensações para o Rio Grande do Norte, com a perda da refinaria de petróleo. Estava em tratamento de saúde. Acredito serem sensatas tanto a posição da Governadora Wilma de Faria, de buscar esgotar todos os meios junto ao governo federal para trazer a refinaria para o nosso Estado, bem como a do presidente da Assembléia, deputado Robinson Faria, de iniciar a discussão das compensações para o RN.
OPORTUNIDADE
Concurso
A Companhia de Serviços Urbanos de Natal (Urbana) retificou a data das provas objetivas do concurso público para gari (330 vagas) e auxiliar de serviços correlatos (320 vagas), antes marcada para o dia 1° de outubro. A avaliação será realizada no dia 2 de outubro (domingo). Quem ainda não recebeu o cartão ou verificou algum erro nos dados pessoais, deve entrar em contato com a Fesmp (organizadora) pelos telefones (84) 3611.1172 e (84) 3201.0048.
Coluna Publicada aos domingos
nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE
Natal e Mossoró - Rio Grande do Norte
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