Marca Maxmeio

Opinião

  • 03 de Setembro de 2005

    RESPEITEM O RN!

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    RESPEITEM O RN!

                Na última audiência da governadora Vilma de Faria e de parte da bancada federal com a Petrobras, no Rio de Janeiro, ouvi relato sobre a “ironia” e o “desprezo” do presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, para com o nosso Estado. À certa altura, ele afirmou: “vocês no RN já recebem royalties e ainda querem mais?”.

                Quem me fez o relato disse que entendeu como uma ameaça da Petrobras de retirar daqui o que já existe em Guamaré, caso seja continuada a luta pela nossa refinaria.

    Compromisso institucional inadiável, em Brasília, impediu-me de estar presente à audiência. E foi melhor assim. Talvez, tivesse quebrado o tom de civilidade do encontro.

    Cínica e irreverente a expressão do presidente da Petrobras. Será que os royalties pagos aos municípios e produtores potiguares são dádivas da empresa ou do Governo Federal? É este o tratamento que o Rio Grande do Norte merece do atual governo?

    Seria o caso de contestar o Sr. Sérgio Gabrielli, dizendo-lhe: “recebemos royalties porque a sua empresa se beneficia há anos do nosso petróleo e, durante muito tempo, nem royalties pagou ao Estado. Recebemos royalties  como um direito e compensação mínima de quem se apropria da nossa riqueza natural e não paga um tostão de ICMS, ou qualquer outro imposto local”.

    E mais: “recebemos royalties mínimos porque, arbitrariamente, até hoje, a Petrobras faz tudo que quer com as nossas reservas de subsolo e também com os royalties, que calcula unilateralmente, tentando, com isto, nos dar “um cala boca”. O sonho de que um dia chegaria a nossa refinaria, pela via natural, honesta e técnica, fez com que 90% do gás e 75% do óleo produzidos no RN fossem, até hoje, exportados para estados vizinhos, eliminando a atração de novos investimentos e a melhoria de vida do nosso povo”.

    O que a Petrobras faz em Guamaré é porque é bom para ela. Sem a refinaria potiguar, sobrará para o RN o esgotamento progressivo das suas reservas de óleo e gás. Hoje, somos uma terra rica, de gente pobre. Amanhã, seremos uma terra pobre, de gente miserável, sem petróleo e sem gás. Tudo pelo saque, à luz do dia, do nosso potencial de riqueza natural. A refinaria construída em Pernambuco, por ardil político semelhante a um estelionato, significará a perda, pouco a pouco, até do pólo gás-químico, que se inicia em Guamaré. Tudo explicado pela lei de mercado, que atrairá os investidores para se instalarem ao lado da refinaria pernambucana, a exemplo da “Rio Polímeros”, recentemente implantada ao lado da refinaria Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

    Quando comecei a minha carreira de advogado, tive cliente rural que me indagou se ele seria obrigado a permitir que uma empresa entrasse em sua fazenda para explorar minério. Disse-lhe que o subsolo era do governo federal e um alvará oficial dava o direito de a empresa entrar. O velho agricultor olhou-me fixo e perguntou: “é doutor, pelo que o Sr. disse, dá direito de entrar, mas não dá o direito de sair”.

    É o caso de pensar: será que o Governo do Rio Grande do Norte deve cruzar os braços e deixar que saia daqui até a última gota do nosso petróleo e gás, para enriquecer outros e empobrecer a nossa gente?

    MOACIR MAIA

    Mesmo sendo de outra geração, Moacir Maia foi um dos melhores amigos que fiz na vida. Atencioso, cordato, sincero, espírito apaziguador. Falava pensando. Jamais percebi transparecer de suas palavras agressão a pessoas, presentes ou ausentes. Transmitia confiança e amizade.

    Fui seu advogado durante muito tempo. Na época em que teve negócios na Tanzânia, ganhei uma ação de sua empresa contra um Banco inglês. Uma das maiores experiências que tive como advogado.

    Da última vez que o encontrei, recomendou-me emagrecer e cuidar da saúde. E ele, tão pacato e cuidadoso, foi surpreendido com ataque cardíaco fatal. Desígnios de Deus, que o recebeu na eternidade, garantindo-lhe a paz dos justos.

    ACONTECE

    De uma vez por todas (I)

                Vez ou outra estou sendo surpreendido com especulações políticas, envolvendo o meu nome. A última é de que romperia com o PFL, caso não seja indicado para o Senado em 2006. Aprendi cedo em política que não se deve vetar para não ser vetado; nem ameaçar para não ser ameaçado. As minhas relações com o senador José Agripino e o PFL são as melhores possíveis. Tanto que aceitei candidatar-me à Prefeitura de Natal em 2004, sem chances, e apenas para que o nosso grupo não fosse desmoralizado com a pecha de não ter sequer um candidato à Prefeitura.

    De uma vez por todas (II)

    De uma vez por todas esclareço: (1) sou aspirante à indicação do PFL para disputar o Senado, em 2006. Luto democraticamente por isto. (2) Concordo integralmente que o projeto prioritário do PFL-RN seja a candidatura de JA ao Governo do Estado; (3) Com seis mandatos de deputado federal, todos bem avaliados no Estado e fora dele, não considero que a minha pretensão seja em demasia. (4) Na hipótese do surgimento de fato novo, não previsível no momento atual, ouvirei os meus amigos e analisarei o quadro político eleitoral do Rio Grande do Norte para 2006, sem  ameaças,  veto, ou anúncio prévio de reação de qualquer espécie.

    Finecap

    Termina neste domingo, 4, em Pau dos Ferros, a nona edição da Feira Intermunicipal de Educação, Cultura, Turismo e Negócios do Alto Oeste Potiguar. A expectativa dos organizadores é que a Finecap supere o número de negócios fechados no ano passado, quando se obteve mais de R$ 2 milhões em negócios e circulação de dinheiro no mercado local. A programação nesse último dia da feira tem início às 16h, com desfile cívico saindo do Posto Segundo Melo e com dispersão na Avenida da Independência, já que a cidade de Pau dos Ferros comemora sua emancipação política.

    Matrícula

    Os vestibulandos aprovados para ingresso na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) nesse segundo semestre de 2005 devem ficar atentos ao calendário de matrícula. Ela deverá ser feita no período de 3 a 7 de outubro nos departamentos das faculdades, das 7h30 às 11h ou das 19h às 21h. Nas faculdades de Enfermagem, Educação Física, Serviço Social e Ciências da Saúde, a matrícula será das 7h30 às 11h ou das 13h às 17h.

    Coluna Publicada aos domingos
    nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE
    Natal e Mossoró - Rio Grande do Norte



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