Opinião
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27 de Agosto de 2005
A UNIVERSIDADE DO AGRESTE
A UNIVERSIDADE DO AGRESTE
Já tramita na Câmara Federal o projeto de lei, de minha autoria, autorizando a criação da “Fundação Universidade Federal do Agreste” (FUFAG), sediada no município de Nova Cruz.
Como a Constituição proíbe o parlamentar de aumentar despesa pública, a proposição “autoriza” a criação da FUFAG. Há precedentes de aprovação na CCJ deste tipo de projeto.
A idéia é a nova Fundação federal receber, em comodato, as instalações existentes em Nova Cruz, edificadas à época da implantação do Núcleo de Ensino Superior do Agreste – NESA - da UFRN, atualmente subaproveitadas. O atual espaço do NESA abrigava o Centro Agropecuário de Nova Cruz, do Ministério da Agricultura.
O projeto de lei prevê, também, a entrega em comodato de todas as instalações antigamente pertencentes ao CRUTAC, na região Agreste, inclusive o Hospital do CRUTAC, instalado no Hospital-Maternidade daquela cidade.
Por outro lado, sabendo do propósito do Governo do Estado de oferecer três cursos, através da Universidade Estadual, dentro do programa “Universidade para Todos”, o projeto de lei autoriza a parceria da FUFAG com a UERN, somando forças no futuro.
O Agreste é uma das regiões de maior potencial social e econômico do RN. A juventude, atualmente, não dispõe de cursos superiores e busca oportunidade em Guarabira, Bananeiras, Areia, a UFRN e faculdades particulares em Natal. Isto não pode continuar.
Não é de agora a minha preocupação com oportunidades de curso superior para o Agreste potiguar. Em 10 de outubro de 1999, escrevi em OPINIÃO: O “campus” da UFRN, em Nova Cruz, desde 1997, forma professores da rede pública de ensino. Todavia, os concluintes do ensino médio não têm acesso. Resultado: cria-se frustração coletiva. O professor Luiz Augusto de Morais Filho, coordenador administrativo do “campus”, manifesta em carta a sua apreensão, ante o aumento crescente na região agreste de jovens marginalizados do ensino superior”.
A FUFAG atenderá todos os municípios da mesorregião agreste potiguar que são os seguintes: Nova Cruz, Várzea, Passagem, Brejinho, Santo Antônio, Lagoa D’Anta, Passa e Fica, Serra de São Bento, Monte das Gameleiras, São José do Campestre, Serrinha, Lagoa das Pedras, Monte Alegre, Vera Cruz, Lagoa Salgada, Januário Cicco, Bom Jesus, Senador Elói de Souza, Presidente Juscelino, Tangará, Japi, Santa Cruz, São Bento do Trairi, Jaçanã, Coronel Ezequiel, Campo Redondo, Lajes Pintada, São Tomé, Sítio Novo, Lagoa de Velhos, Barcelona, São Paulo do Potengi, São Pedro, Ielmo Marinho, Santa Maria, Riachuelo, Ruy Barbosa, Bento Fernandes, Poço Branco, João Câmara, Parazinho, Jandaíra, Jundiá, São José de Mipibu, Espírito Santo, Goianinha, Tibau do Sul, Baía Formosa, Canguaretama, Vila Flor, Montanhas, Pedro Velho, Arês, Senador Georgino Avelino e Nísia Floresta.
A FUFAG ministrará ensino superior, pesquisa e extensão universitária, além de cursos de licenciatura, vinculados ao mercado de trabalho e à realidade socioeconômica da mesorregião Agreste potiguar.
A luta está iniciada com o apoio de todos que, como eu, tenham responsabilidade com o futuro do Agreste norte-rio-grandense.
TODO CUIDADO É POUCO...
De agora em diante, todo cuidado é pouco com o Governo Federal. A armadilha política que retira a Refinaria de petróleo do nosso Estado vem se repetindo há anos. Sonhamos com um pólo de gás e sal, e nada alcançamos. Sonhamos com um Terminal de Pesca, também negado. Pedimos atenção ao nosso potencial mineral, após a queda comercial da chelita no Seridó e nada feito. A ampliação definitiva do porto de Natal caiu no esquecimento. A construção do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, que abre as portas para uma “zona de livre comércio” na área metropolitana de Natal, está parada por falta de verbas.
Hiroshima, no Japão, totalmente destruída pela guerra, conseguiu reerguer-se em 15 anos. A ligação federal entre Mossoró/Apodi/Itaú, há mais de 20 anos (!!!!), está imprestável e somente agora começa a ser recapeada.
Tudo para o RN é impossível, ou, no mínimo, difícil. Outra saída não resta à classe política potiguar, senão devolver com a mesma moeda o tratamento que recebemos.
Está na hora de reestudar a preservação do meio ambiente do Estado e rever as autorizações amplas totais e irrestritas que são dadas há anos, para que a nossa riqueza de petróleo e gás natural seja extraída, aqui ficando apenas migalhas, considerando que somos o maior produtor em terra do país.
De agora em diante, a PETROBRAS, mesmo reconhecido o seu trabalho, será tratada pela bancada federal no Congresso Nacional da forma como trata o episódio da nossa refinaria. Afinal, o RN merece respeito.
ACONTECE
PFL nas bases
O Dr. João Augusto Melo, que preside o Instituto Tancredo Neves no RN, órgão de estudos políticos do PFL, desenvolve trabalho de grande profundidade. Três regiões – Oeste, Mato Grande e Seridó – já foram visitadas. Em todas elas, discutiram-se questões locais, do interesse da população, como a inclusão da Chapada do Apodi na transposição do São Francisco; a ferrovia Transnordestina e o RN; o gasoduto do Seridó e suas repercussões econômicas; a caprinocultura, mercado, pesquisa e investimentos.
Médicos & Planos
Tenho acompanhado de perto o projeto de lei 3466/04, que regulamentará as relações dos profissionais de saúde com os planos de saúde. Como relator na Comissão de Justiça já avançamos bastante. Agora será a luta do plenário, logo que a pauta da Câmara se normalize.
Coluna Publicada aos domingos
nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE
Natal e Mossoró - Rio Grande do Norte
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