Opinião
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18 de Junho de 2005
AS PROVAS DO TAXISTA
AS PROVAS DO TAXISTA
O país respira os escândalos dos “Correios” e do “mensalão”. Só se fala nisso.
Sobre a preocupação de muitos em desqualificar o depoimento do Deputado Roberto Jefferson, por suposta falta de provas claras e objetivas, ouvi, certa vez, história interessante, a mim contada por um motorista de táxi, em São Paulo.
Narrou-me ele que dirigia o seu carro no centro da cidade. Era longa a fila de veículos parados “num sinal”. De repente, ele percebeu, no automóvel à sua frente, a chegada repentina de um jovem, encostando-se e batendo fortemente no vidro para que fosse aberto pelo passageiro, que ocupava o banco dianteiro.
O taxista observava o cenário. Em fração de segundos, verificou que o apelo do jovem fora atendido. Logo ele meteu a cabeça dentro do carro, levando nas mãos algo parecido com o “cabo de um revólver”, colocado na cabeça do passageiro atordoado. Numa distância de poucos metros, constatou, atônito, os gestos bruscos, e até ouviu ruídos das possíveis ameaças.
Ainda nervoso ao contar o episódio, disse-me que olhou pelos quatro cantos da rua, congestionada de pessoas e veículos e ninguém se preocupava com aquela cena de inusitada violência.
Como perdera recentemente um colega de profissão, vítima de assalto à mão armada, ficou indignado. Pensou em abrir a porta do táxi e enfrentar o assalto em marcha. Hesitou, porém.
Lembrou-se da mulher e dos filhos. Estava desarmado. Aumentou a sua revolta pela proibição de conduzir arma para a sua defesa pessoal. Disse-me que não entendia esta lei, quando existe a legítima defesa, até de terceiros.
Enquanto pensava essas coisas, viu o jovem assaltante receber objetos do passageiro. Notou nitidamente quando lhe foi entregue um relógio.
De repente, com incrível rapidez, o sinal abriu, os carros aceleraram e o jovem saiu em disparada.
Perguntei-lhe qual foi a sua atitude, depois de presenciar tamanha selvageria.
Respondeu que, para aliviar a dor de consciência de não ter reagido na hora, dirigiu-se a uma delegacia próxima. Talvez, fosse possível o assaltante ser preso e punido. Antes, porém, de falar com o delegado, recordou que havia lido no jornal a informação de que, para alguém denunciar um crime, teria que ter provas. E ele vira tudo, mas não tinha provas. Afinal, não era “araponga” para gravar os diálogos do assalto, nem possuía mini-câmera para fotografar o que assistiu.
Após breve reflexão, disse a si mesmo: “eu não vou me meter em ‘fria’. Depois essa coisa vai cair em cima da minha cabeça”. Desistiu de prestar queixa. Pegou o seu carro e foi para casa.
Era mais um crime encoberto pela “falta de provas”...
Moral da história: como no Brasil para denunciar crimes, exigem-se provas contundentes no início da investigação, somente poderão prestar esse serviço à sociedade, além da polícia, “arapongas”, ou “detetives particulares”. Será a melhor forma de proteger o criminoso e desproteger o cidadão!!!
ACONTECEParlatino e RN
Como Presidente do Parlamento Latino-Americano (PARLATINO), consegui marcar em Caracas, Venezuela, audiência, na próxima quarta-feira, para uma missão do Governo do Estado do Rio Grande do Norte, chefiada pelo vice-governador, Antônio Jácome e integrada pelo secretário do Planejamento, Vagner Araújo e o consultor em energia e petróleo, Jean Paul Prates.
Defesa da refinaria
Os nossos representantes apresentarão ao Ministro da Energia e Petróleo da Venezuela, Bernard Mommer, todos os argumentos técnicos que justificam a implantação de refinaria de petróleo no Rio Grande do Norte. A Petrobrás e a PEDVESA, – estatal petrolífera venezuelana, – já anunciaram parceria, visando construir em breve uma refinaria de petróleo no Nordeste brasileiro.
Por falta de um grito...
Sempre achei que o RN deveria procurar os venezuelanos para contato de alto nível. Os argumentos favoráveis ao nosso Estado são incontestáveis. Marquei a primeira audiência com o Ministro da Energia e Petróleo. Posteriormente, marcarei audiência direta e pessoal da Governadora Wilma de Faria com o Presidente Chavez, da Venezuela. Afinal, tem razão o refrão popular que diz: “por falta de um grito se perde uma boiada”.
O possível...
Desde a primeira hora, coloquei a presidência do PARLATINO a serviço do Rio Grande do Norte e do seu povo, abrindo portas em toda América Latina e junto aos órgãos de financiamento e ajuda internacional. A audiência da próxima quarta-feira, na Venezuela, é a prova disto.
Transnordestina
Afinal, estou sendo ouvido. Há mais de seis meses, convido as lideranças políticas, empresariais, sindicais e todos os segmentos do Estado para a defesa conjunta de que a ferrovia Transnordestina atravesse o nosso território. Esta coluna é prova disto. Agora, DN/POTI encampam a idéia.
Proposta em Brasília
No caso da inclusão do Estado na Transnordestina, não cabe apresentar projeto de lei no Legislativo. É inconstitucional, por ser competência privativa do Executivo, e a concessão ser privada. Por isto, apresentei, há dias, uma “indicação regimental”, exigindo do governo federal, que aprovará o trajeto, a presença do RN na ferrovia. Além disso, tenho feito sucessivos discursos em plenário.
Auto de São João
Imperdível a encenação do Auto de São João, em Assu, que teve início na última sexta-feira.O espetáculo conta a história de São João Batista, padroeiro da cidade, e é encenado em frente à catedral da cidade. A última encenação ocorre hoje às 20h. O Auto de São João integra os festejos juninos da cidade.
Conferência da Cidade
Será realizada na próxima quarta-feira, 22, no auditório do Serviço Social da Indústria (SESI), a II Conferência da Cidade, que irá debater o crescimento urbano e o desenvolvimento de Mossoró. A abertura está marcada para as 18h, e contará com a presença da prefeita Fafá Rosado. Os debates serão encerrados somente no final da tarde. Nesse mesmo dia, será realizada a primeira de uma série de audiências públicas para a elaboração do “Plano Diretor Participativo” do município.
Publicado em 19.06.2005 nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE.
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