Marca Maxmeio

Opinião

  • 05 de Agosto de 2007

    O SONHO QUE SONHEI

     

     

     

     

    Fui candidato a prefeito de Natal em 2004. Lancei, na época, a proposta de criação da “Cidade Olímpica”, proximidades do Parque dos Coqueiros, na zona norte. Consistiria em unidades de educação infantil (pré-escola) e ensino fundamental, locais diversificados para a prática de esportes, teatro, cinema, e concha acústica para recitais. Sugeri o uso do trem urbano, que já atravessa aquela região, no transporte dos estudantes e futuros atletas. Procurei dar à idéia começo, meio e fim e torná-la racional.

    Sonhei com essa “cidade” como instrumento de preparação de atletas para jogos idênticos aos XV Jogos Pan-americanos Rio 2007 e as Olimpíadas. No último Pan, o atleta JP. Batista, nascido em Acari, da seleção masculina de basquete subiu ao pódio para receber uma medalha de ouro. Certamente, com o funcionamento da “Cidade Olímpica” poderíamos ter outros potiguares vitoriosos. 

    Durante a campanha eleitoral de 2004 houve até quem - para agradar os poderosos - tentasse ridicularizar a idéia, deformando-a como se fosse para criar um novo município, além de Natal. Ignorância ou má fé. Sabia-se que a “Cidade Olímpica” seria a denominação de mais um bairro de Natal, assim como existem atualmente a Cidade Jardim, Cidade Nova, Cidade da Esperança e outros.

    Um dia, talvez alguém veja a importância de uma “Cidade Olímpica” em Natal, para atender os alunos da rede pública de ensino e atletas talentosos de escolas privadas. Surgiria um amplo mercado de trabalho para profissionais de educação física, saúde e outras áreas, por tratar-se de ação multidisciplinar, em benefício da juventude.

    O caminho na obtenção dos recursos para a construção seria a legislação que permite às empresas descontarem imposto de renda aplicado em projetos esportivos e educacionais. Imagine-se a PETROBRAS, em quanto poderia participar do “mutirão” e outras empresas locais.

    Seria também criado um programa paralelo de “bolsa esporte” para estudantes com dedicação integral ao treinamento esportivo.

    A proposta encontra apoio na Constituição Federal (art. 217), que recomenda ao Estado “fomentar práticas desportivas formais e informais”. Isto impõe ao administrador público o dever de promover o aprimoramento técnico das equipes e atletas como elemento de inclusão social e estímulo à freqüência escolar.

    O ditado greco-latino resume os objetivos constitucionais: “mens sana in corpore sano” (mente sã em corpo são). A preocupação com a competição esportiva nasceu na Grécia no ano 2500 AC (Olimpíadas). No ano 392 AC, os jogos foram proibidos. Voltaram no século XIX, por iniciativa do francês barão de Coubertin.

    Às vésperas de uma nova disputa pela Prefeitura de Natal, quem sabe possa surgir algum candidato que acredite no mesmo sonho que sonhei em 2004. Se isso ocorrer, coloco-me ao dispor para ajudar a tornar realidade a nossa “Cidade Olímpica”, em nome de novas oportunidades para os futuros atletas e desportistas de Natal e do Estado. (Comentários)

    CRIME CONTRA O RN

    Ocorreu uma tragédia ecológica no Rio Potengi. O ecossistema depredado pela poluição.

    Responsabilidade de quem? Ninguém sabe, ninguém viu. Como disse a biólogoa Rose Dantas: “Natal está podre”. O vice-governador Iberê Ferreira atribuiu a culpa ao povo. Será que adoecer de dengue em Natal é culpa também do cidadão?

    Há anos sugiro aos administradores municipais não “mendigarem” verbas do OGU para fazer o saneamento básico da cidade. O “caminho das pedras” está em órgãos como o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). São Paulo, um Estado rico, conseguiu recursos a fundo perdido e despolui o Tietê. Brasília também.

    Enquanto isso, a nossa rotina é a do “feijão com arroz”. Nada de criatividade para conviver com o mundo global. Dinheiro só para alimentar “programas assistencialistas”, que assegurem a vitória na próxima eleição. Não se pensa na próxima geração.

    Enquanto não houver uma solução objetiva e viável, Natal continuará bebendo água de fossa e comendo peixes apodrecidos. Infelizmente!. (Comentários)


    1.         Faleceu Wilson Nóbrega. Empresário, seridoense, idealista. Na década de 70, liderou o “ranking” de construção civil no nordeste brasileiro. Executou as primeiras obras da então Embratel. No RN, foi o construtor da barragem de Poço Branco. Em certo tempo, chegou a adquirir o terreno para montar a primeira TV do Estado.  Fui seu advogado. Testemunhei a sua tenacidade. Lutou até o último minuto de vida. E sempre com muito otimismo e confiança no futuro. Homenagens póstumas.

    2.         Francisco Soares de Macedo (Chiquito Soares). Assuense, aprendi a admirá-lo pelas referências do meu pai – seu conterrâneo -, que o considerava um homem de bem e empreendedor. Funcionário público e agro-pecuarista, Chiquito viveu para a sua terra. Os seus filhos – Ronaldo Soares e Lourinaldo Soares – assumiram a Prefeitura do município, em várias reeleições. Deixa saudade no “Vale” e no Estado pela sua têmpera de cidadão honrado. 

    Coluna Publicada aos domingos
    nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE
    Natal e Mossoró - Rio Grande do Norte


Notice: Undefined variable: categoria in /home/neylopescom/public_html/noticia.php on line 42

Notice: Trying to get property of non-object in /home/neylopescom/public_html/noticia.php on line 42

Notice: Undefined index: pagina in /home/neylopescom/public_html/noticia.php on line 42

Notice: Undefined variable: totalPaginas in /home/neylopescom/public_html/noticia.php on line 42

Notice: Undefined offset: 1 in /home/neylopescom/public_html/restrito/incs/funcoes.php on line 618