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Opinião

  • 19 de Fevereiro de 2005

    A CHINA E A AMÉRICA LATINA

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    “Com a amizade o longe fica perto;
    sem a amizade até mesmo o próximo torna-se distante”
    (provérbio chinês).

                 Será como “esconder o sol com a peneira” desconhecer a realidade do que representa a China, do ponto de vista econômico, no mercado global. Alguns países, como o Chile, já avançam na criação de um “mercado livre” com os chineses. Outros, como o Brasil, reconhecem a importância de ter a China como parceira, porém se atrasam em iniciativas concretas.

    O fenômeno chinês surpreende o mundo atual. O país situa-se na Ásia, o mais populoso dos continentes, com mais de 30% de toda área de terra firme do planeta. Um povo com 5.000 anos de história. Possui 54 nacionalidades e 55 minorias, que representam 6%, e ocupam mais de 50% do território. Cerca de 93% da população de 1.3 bilhão de pessoas é de etnia chinesa, denominada han. O idioma oficial é putonghua, conhecido no Ocidente como mandarim.

    Certamente, uma forma do Presidente Lula implantar a sonhada “comunidade sul-americana” de nações de que tanto fala, seria incentivar uma “zona especial de comércio sul-americana”, integrada ao Mercosul, na fronteira norte e nordeste brasileira, envolvendo, além do Brasil, a Colômbia, a Venezuela, o Suriname, o Peru e as Guianas.

    CHINA & AMÉRICA LATINA

    A China deseja aproximar-se da América Latina. Em final de janeiro passado, parlamentares membros do Comitê Permanente da Assembléia Nacional da República Popular da China, em visita à sede permanente do Parlamento Latino-Americano, em São Paulo, instituição da qual são “Observadores Permanentes”, manifestaram claramente tal desejo. Afinal, desde 1978, quando iniciou sua abertura econômica aos olhos de um mundo descrente, a China não pára de surpreender.

    Ao vislumbrar o declínio do império soviético, causado pelo obsoletismo da sua estrutura econômica e social, o líder chinês Deng Xiaoping, em 1978, abriu a economia de seu país. Com isto, ele adquiriu a confiança das nações livres, a começar pelos Estados Unidos, país que atualmente é o maior investidor estrangeiro na China.

    POUSO SUAVE

    Hoje, os chineses são donos de uma economia surpreendente. Cresceu 9.5% em 2004, – acima dos 9% previstos pelo Governo, – e alcançou um PIB de quase 2 trilhões de dólares (incluindo Hong Kong), mais do triplo do Brasil. Esse alto índice de crescimento levou o Governo a adotar medidas de contenção à expansão do PIB, elevando juros internamente – ,como não ocorria há nove anos, – com receio de que a demanda não sustente a oferta e o país caminhe para o “hard landing” (pouso forçado). A China planeja um “pouso suave”, através da redução de seu crescimento.

    PARCERIA URGENTE

    O maior desafio daquele país, entretanto, será alimentar uma população cada vez maior e implantar a sua modernização industrial e econômica, tornando-se ainda mais atraente.

    A América Latina, a exemplo dos Estados Unidos e de outros países, terá que definir imediatamente com a China, uma política de parceria comercial e econômica. Tudo pode ser estruturado por meio de uma ação integrada na qual os países latino-americanos se complementem em busca de novos mercados externos. Para isto, será fundamental conhecer o quadro global e seus consumidores, de forma que as ofertas correspondam às demandas. O caminho natural serão as parcerias do Estado e da iniciativa privada, onde se definam as importações e as exportações de produtos com alto valor agregado.

    Do ponto de vista político, nota-se que o Governo chinês estabelece, como critério básico para relações mútuas, o reconhecimento internacional da existência de uma só China. A Assembléia Nacional daquela República acaba de aprovar uma lei, na qual exigem o respeito à soberania chinesa para, depois, discutir e aprovar os meios de convivência com Taiwan.

    Os chineses costumam afirmar em provérbio que “não basta dirigir-se ao rio com a intenção de pescar peixes, mas é preciso levar também a rede”. Para a América Latina, essa rede de pescar que orientará a nossa região na pescaria de novas oportunidades econômicas e sociais poderá ser a amizade com a China. Isto permitirá, num futuro muito próximo, pescaria abundante para os dois lados: latino-americanos e chineses.

    (O Autor da coluna encontra-se na China, convidado oficial do governo chinês. Este artigo foi publicado em vários jornais da América Latina).

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    REFINARIA

    O Rio Grande do Norte e o Ceará devem mesmo se unir para erguerem juntos uma refinaria de petróleo, já que a refinaria a ser construída pela Petrobrás deverá mesmo ficar em Pernambuco, graças a uma parceria com a estatal venezuelana de petróleo PDVSA. A refinaria RN/CE seria sediada em Mossoró, no limite entre os dois estados, mas em solo potiguar, uma vez que a produção potiguar de petróleo é maior em nosso Estado. Trata-se de um investimento estimado em US$ 2 bilhões.

    IMPOSTO DE RENDA 2005

    A Receita Federal definiu as novas regras e  prazo para a entrega da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física de 2005 (ano-base 2004). A entrega da declaração poderá ser feita entre os dias  de março a 29 de abril. O programa para envio do documento estará disponível na Internet (www.receita.fazenda.gov.br) a partir de março. Devem entregar a declaração as pessoas que tiveram em 2004 rendimentos tributáveis acima de R$ 1.058,00 por mês.

    UNIVERSIDADE DO SEMI-ÁRIDO

    O Ministério da Educação (MEC) vai assegurar o apoio para que a Escola Superior de Agricultura de Mossoró (ESAM) atenda todos os requisitos para se tornar a Universidade Federal Rural do Semi-Árido. O acerto ocorreu em Brasília (DF), durante a reunião do diretor da instituição, Josivan Barbosa, com o secretário de Ensino Superior do MEC, Nelson Maculan.

    Publicado em 20.02.2005 nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE.

     


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