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Opinião

  • 22 de Janeiro de 2005

    QUAL O RUMO DA ECONOMIA?

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            Em 2005 para onde irá a nossa economia? Esta queda do dólar no mundo enfraquece os Estados Unidos e fortalece o Brasil?

                  Tenho opinião muito clara sobre isto. A economia brasileira depende do esforço interno e do cenário internacional. Posso estar errado, mas a queda do dólar é ameaça muito maior para o Brasil, Europa, Canadá e Japão, do que para o governo de Bush. Chego a pensar que as valorizações do “euro” e do “yen” são coisas do Tio Sam. E explico. Não há o menor sinal de que o dólar deixe de ser referência no mundo. Mesmo com essa queda atual, os títulos do Tesouro americano continuam disputados no mercado. Todos os grandes investidores e bancos aceitam o dólar como “moeda chave de reserva”. Os Estados Unidos crescem quase 5% ao ano, enquanto os europeus atingem a metade desse crescimento. Cerca de um terço do PIB planetário tem origem na América. Essa história de que os americanos estão à beira da falência, por terem grandes déficits - interno e externo - é “dor de cabeça” muito maior para o resto do mundo, do que para eles. O mercado de lá é “gastador”. O Governo também (somente com despesas militares gasta mais do que o PIB brasileiro). Essa “gangorra” faz com que, aqui e acolá, os americanos subam os juros internos para frear o consumo. O pânico logo se espalha no Japão, Europa e América Latina. Todos fazem o mesmo, encarecendo os seus produtos de exportação com as conseqüências do desemprego, crise social e redução do investimento. Lógica cruel, porém verdadeira.

                Esse quadro exigirá do Brasil em 2005 muito “pé no chão”. Conter o ufanismo e segurar a inflação. Não dá para assoviar e chupar cana, ao mesmo tempo. Ou contém os gastos públicos, ou um “tsumani inflacionário” pegará todos de surpresa. Seria o caos.

                  O crescimento econômico mundial em 2005 girará, ainda, em torno dos Estados Unidos e da China. No caso chinês, a lógica de crescimento será produzir muito, consumir pouco e gerar superávit comercial elevado. Tudo, porém, atrelado à economia norte-americana. Europa e Japão são grandes incógnitas.

                  O Brasil, diante desses riscos internacionais, deve se precaver e lembrar a sabedoria de Einstein: “o único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário”.          

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    Cícero Pilão

                Morreu Cícero Pilão, líder político tradicional do Estado. Viveu em Montanhas. Conheci-o em 1966, quando recebi o seu apoio para deputado federal, mesmo sendo eu candidato pelo MDB, contra o regime militar recém instalado no país. Homem de coragem. Foi sempre uma referência no agreste potiguar. Numa hora de crise de lideranças políticas firmes e solidárias, a sua partida fará muita falta ao Rio Grande do Norte.

    Livro

                Lançado o livro “Elementos de História, Geografia e Cultura do município de Canguaretama”, do sociólogo, pedagogo e especialista em história na UFRN, Francisco Alves Galvão Neto. Uma obra que se transformará em referência no Estado.

      Porta aberta

                A Assembléia estadual aprovou a criminosa taxação de 11% para quem ganha mais de R$ 2.508.00 e aumento de contribuição de 8% para 11% dos demais servidores. Além do impacto no “bolso popular”, numa região de salários miseráveis, abre-se larga porta de insegurança jurídica. Ato jurídico perfeito e coisa julgada não valem mais nada no Brasil. Amanhã, se o Governo precisar de dinheiro não hesitará em aumentar para 15%, ou mais esse desconto. O precedente justificará tal atitude.

      Memória curta

                Sempre votei contra essa taxação, desde a época em que integrava a bancada do Governo FHC. Tenho convicção da inconstitucionalidade. Ouvi, recentemente, comentário de um parlamentar estadual: “de que adiantou você votar contra? Quem votou a favor teve mais votos do que você em 2002 e 2004”. É verdade. Tudo isto acontece, porque a memória popular é curta. Pensando bem, o Governo e os parlamentares favoráveis não têm culpa. A culpa da aprovação é do povo. E fica a pergunta: “valerá a pena lutar contra o povo?”. Ou, estarão certos aqueles que taxam servidores e inativos e depois recebem, sem problema, o voto popular?

     Medalha

                A rádio 96FM, líder de audiência em Mossoró, irá receber neste domingo uma medalha comemorativa aos 1.700 anos do martírio de Santa Luzia e aos 70 anos de criação da Diocese de Mossoró, pelos serviços prestados à sociedade e à Diocese. A medalha será entregue ao superintendente da rádio, Manoel Ribeiro Neto.

    Velha luta

                Na política, mesmo desaconselhado pelos amigos e “marqueteiros”, prefiro correr riscos para defender o que penso. Por exemplo: defendo há anos a livre negociação nas relações trabalhistas, desde que seja feita sindicato a sindicato e com assistência, quando necessária, das Centrais Sindicais aos sindicatos mais fracos. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) recomenda essa prática.

    TST muda

                A propósito, esta semana o TST mudou a sua orientação tradicional. Agora, o dissídio coletivo só poderá ser ajuizado com a concordância das partes. Trata-se de incentivo à prévia negociação entre trabalhadores e empregadores.

     Publicado em 23.01.2005 nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE.

     


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