Marca Maxmeio

Opinião

  • 28 de Julho de 2007

    CONGRESSO E ESCANDALOS

     

     

     

     

                Recomeçam quarta próxima os trabalhos do Congresso Nacional. Desde a promulgação da Constituição de 1988, pelo menos 20 escândalos de grande repercussão atingiram a instituição. Em apenas cinco meses de trabalho, a atual legislatura já registrou seis episódios, envolvendo deputados e senadores, o maior número de casos na comparação com legislaturas anteriores. 

                De quem é a culpa dessa estatística cruel e verdadeira?

                Não há mistério. A culpa é da forma como se fazem as eleições no Brasil.

                Lamentável a inércia do Congresso, quando se coloca em pauta a reforma política. Faço justiça ao esforço do Presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia. A sua intenção não encontra eco no plenário, salvo para sabotar o que signifique mudar radicalmente o quadro eleitoral brasileiro.

                A corrupção prospera no Brasil pela falta de uma reforma eleitoral, política e partidária de vergonha e em curto prazo. Se para aprová-la for necessário reduzir mandatos, que se reduza. Seria um bom exemplo ético. Nunca as fórmulas fajutas de fazer a reforma por “etapas”, jogar o lixo para debaixo do tapete e transferi-la para dez, quinze anos na frente. Isto significa manter o status quo e beneficiar-se dele o mais possível, sempre adiando a necessária cirurgia.

                Na conjuntura atual, a corrupção começa na hora do voto. O eleitor de boa fé é induzido em erro. A “propaganda enganosa” do marketing milionário e a influência do poder econômico e político transformam as eleições em fanfarrices animadas pelo esbanjamento do dinheiro sujo e prestígio no poder. Nada de idéias ou propostas.

                Como poderá existir reforma política, se os partidos não forem democratizados, através do combate sistemático aos políticos oportunistas e individualistas, que “alugam” as legendas e transformam as siglas em “trampolins” para chantagens e vôos ousados? Onde ficam o debate e compromissos com os programas partidários?

                Como existirá reforma política, se continuar a reeleição com os pré- candidatos enfatiotados de líderes, já começando a distribuir benesses à luz do meio dia?

                Como existirá reforma política, se qualquer início de conversa de alguém que deseje ingressar na vida pública começa sempre pela pergunta: “quanto tem para gastar?”. Que possibilidade de renovação poderá existir – não de pessoas – mas de práticas políticas?

                O Congresso atual – campeão de escândalos – é a amostragem de todo esse lamaçal. Claro que não são todos. Mas as exceções não estão podendo fazer a faxina necessária.

                2008 está chegando com as eleições municipais. Tudo continuará como dantes no quartel de Abrantes. Os mesmos métodos. Os mesmos processos.

                Quando deputado federal dei entrada a uma emenda constitucional, que exigia do candidato a obrigação de depositar no seu registro perante a Justiça Eleitoral o programa e compromissos, se eleito. Permitiria o povo cobrar e punir. Ninguém me apoiou e a proposta foi arquivada. A Colômbia está fazendo. Talvez, até porque conversei com um senador colombiano influente, quando fui presidente do Parlatino e ele se entusiasmou pela idéia.

                Não sei quando. Mas isto tudo terá que mudar. Até porque, o próprio aço um dia atinge a exaustão e se rompe...

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    Alternativa da “concessão”

                Os recursos do PAC-RN, anunciados sexta última pelo Presidente Lula em Natal serão insuficientes para a infra-estrutura do futuro aeroporto de São Gonçalo do Amarante. Não se pode negar a “concessão pública” como meio eficaz de viabilizar o nosso pólo exportador, capaz de gerar 50 mil empregos. Incompreensível é o Governo ter cedido a pressões do sul do país e vetar os artigos que atraiam investimentos na lei modernizadora das ZPE´s, transformando-as em "áreas de livre comércio", como recomenda o modelo mundial.

    O que é fundamental

                A experiência global demonstra que são fundamentais para a geração de empregos e oportunidades alguns pontos vetados pelo Governo Federal, tais como, o regime de câmbio especial (permissão para operar com moeda estrangeira), a redução da carga tributária, dos riscos dos investimentos, do peso da folha de pessoal no custo de produção e do ônus imposto aos exportadores instalados nestas áreas, tornando-as mais aptas a competir internacionalmente. Paira no ar a incógnita de que uma provável Medida Provisória conserte tudo.... Talvez!

    “Apagão” aéreo ajuda RN

                A “grande imprensa” nacional reivindica que o aeroporto de Viracopos em São Paulo seja usado, unicamente, como terminal de passageiros para desafogar Congonhas e Cumbica Aponta a solução de concluir urgentemente o aeroporto de São Gonçalo do Amarante no RN, que absorveria o terminal de cargas de Viracopos. E lembra a maior dificuldade: mesmo incluído no PAC, o aeroporto potiguar anda a “passos de tartaruga”.

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                O mercado mundial está abarrotado de vinho. A França que simboliza a qualidade vinícola desde 2005, destila alguns dos seus melhores vinhos em combustível e vinagre. Vinhos franceses de alta qualidade acumulam-se nas prateleiras e alguns estão mais barato do que água mineral.

    Coluna Publicada aos domingos
    nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE
    Natal e Mossoró - Rio Grande do Norte


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