Marca Maxmeio

Opinião

  • 07 de Janeiro de 2006

    NO BRASIL E NO RN

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    2006 será o ano eleitoral mais confuso da nossa história. Ninguém duvide. Até agora, não se sabe ainda quais serão as regras do jogo. O homem que deverá assumir a Presidência do TSE – Ministro Marco Aurélio Mello, um dos mais competentes juristas nacionais - concede entrevista e declara que as coligações partidárias têm que ser feitas nos Estados, sem ligação com a eleição presidencial. “Na presidencial, poderemos ter certas coligações; e no âmbito estadual, outras”.

    Dizendo-se com o seu voto pronto e contrário à verticalização, o Ministro Marco Aurélio aguarda a reabertura do TSE, no final do mês, para submetê-lo a plenário. O que acontecerá?

    Note-se que uma decisão do TSE não poderá ser considerada dentro do período eleitoral, porque estará apenas respondendo a uma consulta formulada, como ocorreu em 2002. O Supremo Tribunal Federal, se chamado a decidir, ficará em uma “saia justa”. A sua jurisprudência é no sentido de não conhecer a ação nos casos de interpretação de normas eleitorais pelo TSE. Difícil prever o que acontecerá.

    Enquanto isto, os grupos políticos se atiçam e usam pesquisas para intimidar, indicar favoritos ou mostrar força, mesmo aparente. Na prática, a experiência demonstra que previsão eleitoral pouco vale dez meses antes da eleição. A verdadeira pesquisa é a da urna. E em 2006, com o eleitor desconfiado e alertado como está, esse princípio valerá muito mais que antes. Quem viver, verá. O eleitor fará, através do voto, a reforma política que o Congresso e os Partidos deixam de fazer.

    Fala mais alto lembrar fatos, com base em análises e pesquisas eleitorais no passado.

    ELEIÇÕES NO BRASIL

    No Brasil. Em 1989, os favoritos eram Lula e Brizola, para a presidência da República. Na reta final, Collor assumiu a liderança e ganhou.

    Em 1994, Lula despontava, mais uma vez, como favorito. Fernando Henrique, em desespero eleitoral, pretendia candidatar-se a deputado federal. Embalado pelo plano real, ganhou a eleição e se reelegeu.

    Em março de 2002, qualquer brasileiro concordaria que Roseana Sarney sucederia FHC. Foi baleada mortalmente pela descoberta de pouco mais de R$ 1 milhão no cofre do marido, e fulminada do processo.

    Ciro Gomes, em determinado momento da sucessão de FHC, decolou e caminhava para a vitória. Mas, terminou vítima do seu temperamento impulsivo.

    ELEIÇÕES NO RIO GRANDE DO NORTE

    No Rio Grande do Norte. Absolutamente inverídica a afirmação de que o Governador vitorioso leva consigo o candidato a Senador da República. O povo desmentiu historicamente isto. Senão vejamos, após a democratização: 1986 (oposição ganhou com Lavô e Jajá); 1990 (oposição vence com Garibaldi Alves); 1994 (Governo faz um e oposição outro – Geraldo e JA); 1998 (Governo elege Fernando Bezerra) e 2002 (oposição um – JÁ - e Governo outro – Garibaldi). No final, cinco senadores eleitos da oposição e três com apoio do Governador eleito.

    Agenor Maria (1974), Geraldo Melo (1986) e Wilma de Faria (2002) - foram três vitórias em eleições majoritárias, somente percebidas na reta final da campanha. Todos eles saíram nas pesquisas em absoluta desvantagem. Efraim Moraes, do PFL da Paraíba, em 2002, na “pesquisa de boca de urna” para Senador, no dia da eleição, ficou em último lugar (quatro candidatos). Após a apuração foi o vitorioso.

    Para Governador do Estado, em 2002, o grande favorito era Aluízio Alves. José Agripino fez despontar a sua liderança e ganhou por mais de 100 mil votos de maioria.

    Em eleições proporcionais, de 1998 para cá, Carlos Alberto e eu ganhamos a maioria das eleições para deputado federal, sem grande base eleitoral, com votos em todos os municípios do Estado. Observe-se que Carlos Alberto tinha a vantagem de ter sido Senador da República, em 1982. No meu caso pessoal, nunca fui incluído nas listas e previsões dos eleitos para a Câmara Federal. Na última eleição, apontavam-me como segundo suplente. Terminei com mais de 98 mil votos, sendo o mais votado da legenda estadual do PFL. Cito estes exemplos para destacar a vontade popular. Que muitos não acreditam, mas existe, e é a manifestação da vontade de Deus.

    Se com regras conhecidas, a política era imprevisível, imagine com os sobressaltos de agora. A eleição de 2006 assemelha-se à brincadeira infantil de “cobra cega”. Tudo ainda está indeciso, salvo a governadora Wilma de Faria, que ultimamente demonstra o intuito de ser candidata à reeleição e não interessa esperar por possíveis coligações. Os demais grupos tomarão rumo, coligados ou não, certamente após a decisão sobre a verticalização.

    A única verdade é que, em política, time que não joga não tem torcida.

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    Quem te viu; quem te vê

                Em entrevista no primeiro dia do ano, o Presidente Lula afirmou que ele e o PT, jamais condenaram alguém na política, antes de a justiça punir os culpados. Dói no ouvido afirmação desse tipo. Salvo se existir amnésia coletiva neste país.

    Concurso

    Abre na próxima quarta-feira e se estende até o dia 23 deste mês as inscrições para concurso público no Departamento Nacional de Produção Mineral, para os cargos de técnicos em recursos minerais e especialistas em recursos minerais. Serão 203 vagas, inclusive no RN, com os salários variando entre R$ 1.399,10 e R$ 2.906,00. Os interessados poderão se inscrever nas agências da Caixa Econômica Federal, ou através da Internet (www.cesgranrio.org.br).

    Recadastramento

    Quem for beneficiário do INSS deve procurar a agência do órgão para confirmar e atualizar seus dados. O prazo dado pelo Ministério da Previdência encerra-se em fevereiro. Na agência de Mossoró, que reúne beneficiados dos municípios de Mossoró, Baraúna, Caraúbas, Governador Dix-sept Rosado, Upanema e Campo Grande, oito mil pessoas precisam confirmar e atualizar seus dados junto ao INSS. Os nomes do beneficiados que estão na lista do recadastramento podem ser consultados na Internet, pelo site www.previdencia.gov.br, no link "censo previdenciário".

    Estradas do RN

    Quatro rodovias federais do Estado vão ser contempladas com recursos do Programa Emergencial de Trafegabilidade e Segurança nas Rodovias, do governo federal. São elas: as BRs 110 e 405, na região Oeste, 406, entre Natal e João Câmara, e a 304, que liga a Capital a Mossoró. Ficam de fora as BRs 226 e a 101.

    Publicado em 08.01.2006 nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE.


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