Marca Maxmeio

Opinião

  • 28 de Janeiro de 2006

    O FIEL DA BALANÇA

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    Finalmente, caiu a verticalização, em primeiro turno, na Câmara dos Deputados. Isto significa eleições sem amarras. Apresentei a PEC 446/05 que, em caráter excepcional, prorrogaria o prazo de um ano para aprovar a reforma político-eleitoral. Está engavetada. Nenhum partido desejou desengavetá-la.

    Qual será o entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre a queda da verticalização?

    Acho forte o argumento de que quando a verticalização entrou em vigor, em fevereiro de 2002, também já tinha passado o prazo mínimo de um ano para mudanças, antes da eleição. É o caso de perguntar: se uma simples resolução do TSE entrou em vigor imediatamente e não atendeu a anualidade, por que uma decisão do Congresso Nacional, através de emenda constitucional promulgada, deixará de ser cumprida?

    E a política do Rio Grande do Norte para onde vai?

    Repito o que sempre disse: de agora por diante as conversas políticas serão para valer. Antes eram apenas especulações. Sentam-se na mesa Vilma, José Agripino e Garibaldi. Depois virão os outros.

    Há três candidatos polarizando o Estado: Vilma, Garibaldi e José Agripino. O PFL tem posição mais tranqüila e confortável. É o maior beneficiário da queda da verticalização. Será o fiel da balança. Todos os prognósticos mostram isto.

    José Agripino atinge o auge da sua liderança. Cotado para vice-presidência da República, não depende dele a decisão. Uma coisa é certa: JA é o melhor nome. O mais competente e o mais preparado. Porém, essas qualidades, lastimavelmente na política, às vezes perdem para a mediocridade, para o provincianismo, para as ligações de família ou amizade, etc. Também é verdadeiro que quando isto acontece, o povo percebe e derrota os “privilegiados”.

    Sendo o PFL-RN o fiel da balança e JA não sendo indicado Vice, restarão duas opções: (1) lançar José Agripino para Governador do Estado; (2) ou optar por uma aliança com Garibaldi ou Vilma.

    Na disputa do Senado há uma realidade incontestável: têm muitos candidatos, mas nenhum forte ou imbatível. O equilíbrio é evidente. A campanha decidirá por quem tiver o melhor perfil de legislador. A decisão não será da máquina partidária, mas sim dos chamados votos livres e independentes, que somam de 50 a 100 mil no Estado. Estes eleitores elegerão o Senador do Rio Grande do Norte em 2006. É mais importante penetrar nessa área do que nos fiéis colégios eleitorais partidários.

    Nos primeiros momentos, o sentimento do PFL-RN é partir para uma coligação local. Isto porque José Agripino estará na linha de frente da sucessão presidencial, quer como candidato a Vice, quer como futuro Ministro de Estado, caso as oposições ganhem. Ao PFL-RN interessa consolidar a situação local e criar condições, a longo prazo, para a reeleição do líder JA para o Senado, em 2010.

    São inegáveis as afinidades do PFL com o PSB. Porém, isto não significa bater o martelo, até porque não se sabe o que pensa a governadora Vilma. Uma coisa, porém, é certa: o PFL só deixará de ter candidatura própria a Governador, sem nenhum compromisso futuro, se o possível aliado permitir a indicação do Vice-Governador e do Senador. O PMDB se afastará da coligação com o PFL, caso confirme que sobra na sua chapa para compor apenas a vice-governança, certamente buscando suprir lacuna eleitoral em Mossoró. Caso o PFL aceite ser “usado” dessa forma, perderá a unidade e existirão dissidentes.

    Este é o mínimo que um partido, fiel de balança, pode pedir. O senador José Agripino me disse, recentemente, que desse princípio não se afasta. É a palavra empenhada dele. Até porque, caso se afaste, terá dificuldades e resistências, presentes e futuras, que podem afetar a sua liderança a médio e longo prazo. Ter apenas uma posição na aliança seria o mesmo que o PFL trocar seis por meia dúzia.

    Podem acusar José Agripino de tudo, menos de que seja inábil e incompetente.

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    Ato de justiça

    ***A nomeação para a Secretaria de Infra-estrutura do dr. Adalberto Pessoa de Carvalho foi um ato de justiça da governadora Vilma de Faria. Conheço-o há mais de 30 anos. Filho de Manuel Carvalho, comerciante em São Miguel, meu velho e estimado amigo. Um homem de caráter e responsável. Qualidades que o filho herdou.  Não deixa de ser também uma homenagem póstuma ao grande líder José Torquato, um dos três maiores amigos pessoais que fiz na política. Adalberto nasceu para a vida pública, quando José Torquato governava a querida São Miguel. A tromba do elefante está em festa. E com razão.

    Aviso aos aposentados

    ***O INSS divulgou o endereço na Internet para consulta sobre o recadastramento de aposentados e pensionistas (www.previdenciasocial.gov.br/censo_docs.asp) e o fone gratuito 0800 780 191. Para os segurados convocados em outubro, o prazo termina, no banco pagador, em 17 de fevereiro. Os demais, de 16 a 24 de fevereiro. A ausência implica no cancelamento do pagamento.

    RN ponto estratégico

    ***Ontem, passaram-se 63 anos do encontro histórico na Rampa (bairro de Santos Reis, em Natal) dos presidentes Getúlio Vargas e Franklin Roosevelt. Desde aquela época, os Estados Unidos reconheciam a importância estratégia e geográfica do RN e aqui construíram a única base militar da América Latina e Caribe na II Guerra Mundial (“Trampolim da Vitória”).

    Repetir encontro histórico

    ***Várias capitais brasileiras já sediaram encontros internacionais: o Rio de Janeiro a ECO 92; Salvador a “Cúpula Ibero-americana”; Belo Horizonte a “Cúpula do Mercosul”; São Paulo a “Cúpula do CPLP”; Florianópolis a “Reunião dos Presidentes do Mercosul”; Manaus a “Reunião de Ministros da Defesa das Américas” e Fortaleza a “Assembléia anual dos governadores do BID”. Por que Natal não fazer o mesmo? Em 6 de maio de 2003, o DN publicou a notícia: “Ney Lopes quer trazer Bush e Lula para reunião em Natal”. A idéia seria repetir em nossa cidade o encontro histórico de 1943. O PARLATINO encontrou receptividade até no Departamento de Estado Americano. Porém, não consegui interessar as autoridades e a base local. Coisas da vida....Regra geral, no RN procurar ter criatividade é crime. Logo desperta invejosos e medíocres, que buscam anular e combater, mesmo sorrateiramente. Talvez, o nosso problema seja muito mais de idéias e criatividade, do que de recursos financeiros.

    Rosalba & Ney

    ***A imprensa estadual divulgou especulação, envolvendo, de forma equivocada, o meu nome e o de Rosalba Ciarlini, sobre os resultados da última pesquisa do PMDB no Estado. A única informação verdadeira é que, realmente, senti-me vitorioso ao atingir 10.7% numa pesquisa feita pelo PMDB. Com relação a Rosalba, considero-a uma referência no Partido, em condições de disputar qualquer cargo público. Os votos dela e meus, somados, traduzem a liderança do Senador José Agripino e do PFL. Afinal, temos história e tradição partidária comuns. Embora não possa censurar a imprensa, deixo claro que até a decisão final sobre o nome do PFL para o Senado a minha posição será de respeito recíproco e fidelidade ao Partido, que ajudei a fundar e mantenho-me fiel, leal e coerente, até hoje. A minha vida foi dedicada ao PFL e à liderança do senador José Agripino e companheiros. Não seria, agora, o momento para criar problemas.

    Publicado em 29.01.2006 nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE.


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