Marca Maxmeio

Opinião

  • 18 de Março de 2006

    NOVO E VELHO NA POLÍTICA

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                    Fala-se que o governador Geraldo Alkimin poderá ser o novo na eleição presidencial. Deus queira que ele tenha ao seu lado como vice o senador José Agripino Maia. 

                    Em política, é mera ficção publicitária essa “tática” de novo e velho.  Muitos novos são velhos e muitos velhos são novos, no plano das idéias. Uma campanha política não pode ser “tática”, mas sim “estratégica”. Lembro Sun Tzu, o chinês, quando fala: “Estratégia sem tática é o caminho mais curto para a vitória. Tática sem estratégia é som antes da derrota”.

                    Abraham Lincoln dizia “que nunca se conseguirá convencer um rato de que um gato traz boa sorte”. Da mesma forma, o eleitor, por mais inculto que seja, não se impressiona com a “tática” de que o nome novo será sempre o melhor. Se isto fosse verdadeiro, a experiência acumulada de nada valeria. Parodiando Pavarotti, fazer política com tais abstrações é o mesmo que fazer amor por correspondência.

                    O candidato tido como novo, principalmente nas eleições majoritárias, necessita ser acompanhado de “algo mais”. Sobretudo no atual momento de descrença do país.

                    Haveria candidatos que representassem mais o novo do que Collor e o próprio Lula, sobretudo quando perdeu três vezes seguidas para Presidente? Em 1994, no Rio Grande do Norte, a atual Governadora Vilma de Faria candidatou-se ao Governo do Estado, como o novo da eleição. Foi a última colocada. Fernando Bezerra, em 2002, encarnou o empresário novo, líder nacional da indústria e amargou a mesma experiência. Indaga-se: por que ele perdeu e Vilma ganhou.

                    Aí está o xis dessa história de novo e do velho. Em 2002, Vilma era a última colocada nas pesquisas. Tornou-se o novo durante a campanha, com o diferencial da farta experiência administrativa como prefeita de Natal. Mostrara bons resultados. Na hora “h” do voto há um grande medo de sufragar o novo, sem experiência comprovada para o cargo, salvo líderes tradicionais e carismáticos. E se isto já era verdade antes de 2002, torna-se mais verdadeiro no Brasil de hoje. Novo em política são as idéias e a experiência para o cargo, nunca a idade ou outros fatores.

    INDEPENDENCIA DO ELEITOR

                    Estou convencido de que a eleição de 2006 terá o maior avanço na independência de escolha popular da nossa história republicana. O eleitor refletirá muito, antes de votar. Os novos serão aqueles mais experientes e habilitados para os cargos. Ninguém duvide. Aliás, isto já aconteceu nas últimas eleições brasileiras. Efraim Morais (PFL-PB) elegeu-se senador, quando as pesquisas o colocavam em último lugar. Da mesma forma, Germano Rigotto foi eleito governador do RS. Vilma, no RN, é outro exemplo. E tantos outros.

                     Alkimin será o novo, por representar “algo mais” de experiência e idéias.  A segurança demonstrada por ele, durante a entrevista que me concedeu, publicada no POTI/DN, convenceu-me das suas chances reais de vitória na eleição presidencial.  Trata-se de homem obstinado e competente. A comparação será entre a sua experiência administrativa em São Paulo e a do Presidente Lula no Brasil. Nas conversas que tivemos nos últimos anos (a administração do Parlatino em SP obrigou-me a procurá-lo muito), lembro-me quando me disse, durante um café da manhã no Palácio Bandeirante: “institui em SP a licitação pela Internet. Conseguimos mais de 50 veículos para a Polícia, praticamente gratuitos, se comparado o preço de mercado e o preço da licitação virtual”. Ele criou uma rede de “restaurantes populares”, com cardápio balanceado e entregou-a a sociedades civis idôneas para administrar. Sucesso total. Na segurança pública, informatizou delegacias e obteve redução significativa da violência em SP.

                    Geraldo Alkimin não lidera as fragilizadas pesquisas, mas tem espaço para crescer. Menos por ser novo e mais pela sua bagagem pessoal de experiência política e administrativa. O PSDB agiu certo. A escolha não foi do novo, mas sim do competente para o mandato.

                    Será um erro injustificável subestimar o Presidente Lula. Todavia, erro maior será apostar na fragilidade eleitoral de Alkimin. Tudo mudará quando o país conhecer o que ele realizou como legislador e administrador. Até porque a comparação com os concorrentes ficará muito mais fácil de se fazer....

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    TV Câmara, amanhã

                    Amanhã (segunda-feira), às 21h30, e na terça, às 9h, a “TV Câmara” exibirá o programa “Brasil em Debate”. Os assuntos em discussão serão “reforma política, verticalização e eleição de 2006”, com a participação dos deputados Bonifácio Andrade (PSDB-MG) e Ney Lopes (PFL-RN). Coloque na sua agenda e sintonize a TV Câmara.

     A minha posição

                    A minha posição política é de confiança e tranqüilidade. Ao ser convidado de última hora para candidatar-me a prefeito de Natal, em 2004, existiu o compromisso partidário, no caso de insucesso, de que eu seria o candidato ao Senado em 2006. Não vejo motivos para desacreditar. Em visitas no Estado recebo permanentes convocações para disputar o Senado. Pesquisas idôneas apontam total viabilidade. Seguirei o exemplo recente de obstinação de Alkimin.

    Pesquisas

                    Embora acredite em pesquisa, não posso acreditar na que foi divulgada recentemente, quando fui publicamente humilhado, com o meu nome excluído da pergunta principal de pré-candidato ao Senado e colocado em pergunta alternativa, como “candidato de segunda categoria”, após o pesquisado já ter se definido na pergunta inicial.

    Humilhações de sempre

                    Aliás, sempre enfrentei tais humilhações. Elegi-me seis vezes deputado federal com as pesquisas apontando-me como derrotado.  Em 2002, as pesquisas divulgavam que os eleitos no nosso sistema seriam Iberê, Múcio Sá, Lavoisier Maia e Betinho. Fui o primeiro colocado do PFL, com mais de 98 mil votos. Sempre tive ao meu lado Deus, o povo, um trabalho político-legislativo reconhecido e absoluta lealdade à liderança que sigo. Todos sabem disto.

    Candidato nato

                    Na hipótese de não ser cumprido o compromisso partidário, assumido em 2004, disputarei a reeleição de deputado federal como candidato “nato”, assegurado por lei, no Partido que ajudei a fundar e jamais fui desleal. É bom deixar claro que continuarei na vida pública. Jamais me omitirei.

    Publicado em 19.03.2006 nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE.


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