Opinião

• 12 de Maio de 2007

  FILHO NUNCA MORRE

  

   

   

   

   Rosa Cristina Fernandes, 41, mãe do garoto João Hélio Fernandes, de seis anos de idade. No último dia 7 de fevereiro vinha com ele e a filhinha Aline, de 13 anos, em seu carro, na cidade do Rio de Janeiro. Ao parar num sinal, marginais colocaram-na para fora do veículo e “arrancaram” em alta velocidade. Só deu tempo dela sair com Aline. João Hélio, que vinha atrás, ficou preso no cinto e pendurado pelo abdômen, foi arrastado do lado de fora do carro por mais de sete quilômetros, trajeto que cruzou 14 ruas e quatro bairros. Um menor estava entre os responsáveis pelo crime hediondo.

   Hoje, dia das mães. Lembrei-me da dor de Rosa Cristina. Da violação dos seus direitos humanos e da família. A dor da ausência e a lembrança da brutalidade retiram-lhe da face sofrida o sorriso natural nas comemorações do Dia das Mães. Como ela, tantas outras mães no Brasil sofrem as conseqüências da violência propagada neste país.

   Carlos Drumonnd de Andrade pergunta no poema (Para sempre): “Por que Deus permite que as mães vão-se embora?”. Com certeza, Rosa Cristina indaga: “por que Deus permitiu que o querido João Hélio partisse?”. Os desígnios de Deus são indecifráveis. Temos que nos conformar.

   A melhor homenagem para as mães neste seu dia é a conclusão do próprio Drumonnd, quando escreveu: “fosse eu Rei do Mundo, baixava uma lei: mãe não morre nunca, mãe ficará sempre junto de seu filho e ele, velho embora, será pequenino feito grão de milho”.

   João Hélio, – pequenino como um grão de milho – deixou a sua mãe e partiu cedo para a Eternidade. Rosa Cristina estará, espiritualmente, sempre junto a ele, porque o sentimento de mãe pelo filho também não morre nunca.
  
  

  PENSO, LOGO DIGO...

  Poucos & milhares

   Ah! Como seria bom se no Rio Grande do Norte todos se unissem em defesa de um pólo exportador (zona econômica especial) – a obra do século XXI – com a mesma força como se unem para defender empregos em Governo, ou lobby. Ao invés de emprego e vantagem apenas para uns poucos, seriam empregos e oportunidades para milhares de conterrâneos.

  Olho aberto

   Cabe ao povo ficar de olho aberto e julgar no futuro. O xis da questão do futuro aeroporto é definir, antes, como usá-lo economicamente e depois, cuidar da sua construção. É o caso de perguntar: por que o notório desinteresse para que o primeiro passo do novo aeroporto de São Gonçalo seja a criação da área de livre comércio no RN? É que tal proposta garantiria aos jovens, desempregados e empresários, chances de empregos e negócios sem precisar de influência política. Valeria a competência pessoal. Significaria a libertação popular através da verdadeira livre concorrência de mercado. Será que isto interessa...?
  
  

  ADEUS, AMIGA

    Nunca ouvi ninguém usar sempre a expressão “amigo” como Francisquinha Dias, 81, falecida na última terça-feira, em Natal. A todos saudava com alegria, atenção e solidariedade. Durante anos foi secretária particular do ex-governador Tarcísio Maia e sucessivamente de José Agripino, Lavoisier, Wilma e membros da família, que exerceram cargos no Estado. Jamais hostilizou adversários. Testemunhou episódios históricos na política local nos últimos 30 anos.

   O final de sua vida foi dedicado a trabalhos voluntários na Igreja de Santa Terezinha. Lembro que, submetido a cirurgia em São Paulo, recebi telefonema dela, dizendo que diariamente rezava pela minha recuperação.

   Francisquinha fará falta. O seu sorriso, otimismo e firmeza de gestos a todos encantavam. Agora, só resta lembrá-la, homenageá-la e dizer como ela:  Adeus, amiga..

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  Competência reconhecida

   A professora Célia Ribeiro – diretora do Instituto Euvaldo Lodi/RN – foi convidada pelo Reitor Ivonildo Rego da UFRN e aceitou ocupar a Chefia do Gabinete da Reitoria, considerando a experiência e a competência em cargos por ela já exercidos. Em pouco tempo, a professora Célia colocou o IEL, da Federação das Indústrias do RN, numa posição de destaque nacional. Recentemente visitou países asiáticos, como reconhecimento da direção nacional do IEL pelas suas realizações.

  Sucesso

   Sucesso absoluto o livro “Virando a página, o jornal na sala de aula”, recentemente lançado pela jornalista Ana Maria Concentino Ramos.

  Prestação de contas

   “Opinião VI- Seis mandatos; pronunciamentos; artigos e posições assumidas em defesa do RN”. Este é o meu último livro como deputado federal, agora concluído. Quem deseje um exemplar, envie solicitação para esta coluna, através do e-mail nl@neylopes.com.br. Atendimento gratuito.
  
  Publicado nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE.

   

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