Marca Maxmeio

De Olho Aberto

  • 25 de Janeiro de 2008

    Novo e velho na política

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    Sempre que se aproxima uma eleição surge o velho marketing do “novo”. Fala-se que fulano ou sicrano poderá ser o novo no processo eleitoral.

    A técnica já se tornou rotina e vale pouco para o eleitor. Ele percebe que “novo” não é a idade. São as condições pessoais para o exercício de um mandato eletivo. Tais características poderão existir em candidato novo, médio ou velho. Pouco importa.

    Transforma-se, portanto, em mera ficção publicitária essa “tática” de novo e velho. Muitos novos são velhos e muitos velhos são novos, no plano da renovação de métodos e na criatividade.

    Uma campanha política não pode ser “tática”, mas sim “estratégica”. Lembro Sun Tzu, o chinês, quando fala:  “Estratégia sem tática é o caminho mais curto para a vitória. Tática sem estratégia é som antes da derrota”.

    Abraham Lincoln dizia “que nunca se conseguirá convencer um rato de que um gato traz boa sorte”.

    Da mesma forma, o eleitor, por mais inculto que seja, não se impressiona com a “tática” de que o nome novo será sempre o melhor. Se isto fosse verdadeiro, a experiência acumulada ao longo da vida de nada valeria.

    Parodiando Pavarotti, fazer política com tais abstrações de novo e velho é o mesmo que fazer amor por correspondência.

    O candidato tido como novo necessita ser acompanhado de “algo mais”. Sobretudo no atual momento de descrença do país na classe política.

    Haveriam candidatos que representassem mais o novo do que Collor e o próprio Lula, sobretudo quando perdeu três vezes seguidas para Presidente?

    Em 1994, no Rio Grande do Norte, a atual Governadora Vilma de Faria candidatou-se ao Governo do Estado, como o novo da eleição. Foi a última colocada.

    Fernando Bezerra, em 2002, encarnou o empresário novo, líder nacional da indústria e amargou a mesma experiência. Indaga-se: por que ele perdeu naquela eleição e Vilma ganhou?

    Aí está o xis dessa história de novo e do velho.

    Em 2002, Vilma era na largada da campanha a última colocada nas pesquisas. Tornou-se o novo durante a campanha, com o diferencial da farta experiência administrativa como prefeita de Natal. Mostrara bons resultados.

    Aliás, o mesmo aconteceu com Efraim Morais (PFL-PB), que se elegeu senador, quando a pesquisa de “boca de urna” da TV Globo, no dia da votação, o colocou em último lugar.

    A vaga já estaria garantida para o ex-governador Wilson Braga, que terminou derrotado. Da mesma forma, ocorreu com Germano Rigotto, eleito governador do RS, quando as pesquisas o apontaram como absolutamente derrotado.

    E tantos outros.

    Está provado que na hora “h” do voto há um grande medo de sufragar o novo, sem experiência comprovada para o cargo.

    Se isto já era verdade nas eleições passadas, torna-se mais verdadeiro no Brasil de hoje.

    Recente pesquisa de opinião pública realizada em todo o país chegou à conclusão de que a mudança mais desejada pela população é justamente a reforma política. (Seu Comentário)

     

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