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Brasília em Dia

  • 16 de Março de 2012

    É preciso ver para crer

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    A presidente Dilma Rousseff está animada com a privatização dos aeroportos de Brasília, Viracopos e Cumbica-Guarulhos. O governo petista, além de aderir integralmente ao que chamava de “privataria tucana”, garante o BNDES financiando até 90% dos investimentos nos aeroportos privatizados.

    A euforia governamental é tamanha, que o ministro dos Portos já está autorizado a lançar editais de privatização integral dos portos federais, entre eles Santos e Rio de Janeiro. Igualmente, o Ministro dos Transportes executa ordem do Planalto para privatizar as rodovias federais, que ainda estão nas mãos do governo.

    Para explicar às áreas radicais que rodeiam o petismo é usada a maquiagem de justificar um suposto modelo intermediário, entre o maior preço de FHC e o menor pedágio de Lula. Na prática, nada disso acontece. A verdade é que a Presidente, segundo afirmou FHC em recente artigo, “desmistificou "o demônio do privatismo ao conceder à iniciativa privada três dos principais aeroportos do país, Guarulhos, Brasília e Viracopos, por R$ 24,5 bilhões”.

    Cabe invocar o ditado popular de “antes tarde do que nunca”. O país não poderia continuar com a mentalidade arcaica de condenar práticas econômicas, que até nações comunistas como a China e o Vietnã adotaram, desde a década de 90.

    A privatização da Vale do Rio Doce, considerada por Lula um “erro a ser reparado”, permitiu ganhos patrimoniais e arrecadatórios expressivos, além de empregos e a elevação das exportações nacionais.

    A “Vale” está privatizada há mais de doze anos. O seu crescimento se reflete na aquisição de 16 empresas no Brasil e exterior; parcerias com países como a China, África, Canadá (comprou a canadense “Inco” por US$ 13 bilhões - o maior negócio já feito por uma empresa latino-americana); multiplicou por cinco o número de empregados (quase 60 mil empregos diretos e 700 mil empregos indiretos). O governo arrecada mais de R$ 4 bilhões de impostos com a empresa e o seu valor de mercado é dez vezes maior do que antes da privatização - U$ 115 bilhões.

    O governo FHC decidiu privatizar também a Telebrás para oferecer melhores serviços aos consumidores. A empresa foi desmembrada em 12 companhias, todas levadas à leilão em 1998, sob a artilharia pesada do PT e seus acompanhantes, que demonizavam o que praticam hoje no poder. À época, em um único dia, o governo conseguiu ganhar mais de R$ 22 bilhões, com a venda de três grupos de telefonia fixa.

    O jornalista Reynaldo Azevedo relata em artigo, a via crucis de pessoas honradas, que trabalharam para valorizar o patrimônio público. O radicalismo liderado pelo PT propagou acusações maldosas e ferinas. No final, a justiça, o TCU e órgãos fiscalizadores concluíram pela absoluta lisura dos atos administrativos impugnados.

    Outros exemplos de preservação do interesse público foram a privatização da Companhia Siderúrgica Paulista - estatal federal, que em 1993 dava um prejuízo diário de 1 milhão de dólares aos cofres públicos; e as medidas adotadas na Petrobrás, que chegava a recolher mensalmente ao fundo de pensão de seus funcionários - “Petros”, dez vezes mais do que a contribuição do próprio funcionário.

    Aliás, a bem da verdade, foi o PMDB quem deu início as privatizações no país e não FHC, como dizia o PT. O senador José Sarney, na presidência da República, desestatizou a usina Nossa Senhora Aparecida, a Cia. Siderúrgica de Mogi das Cruzes (Cosim), a Cimetal Siderurgia, a Cia. Ferro e Aço de Vitória (Cofavi) e a Usina Siderúrgica da Bahia (Usiba). Fernando Collor de Mello privatizou a Usiminas, a Piratini, a Cia. Siderúrgica do Nordeste (Cosinor) e Cia. Siderúrgica de Tubarão. Itamar Franco vendeu a Acesita, da CSN, da Cosipa, da Açominas e a Embraer.

    Sem negar o apoio às últimas decisões da Presidente Dilma Rousseff sobre a privatização no país, não se pode deixar de exclamar: “é preciso ver para crer”...

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