Marca Maxmeio

Brasília em Dia

  • 13 de Janeiro de 2012

    A largada presidencial nos Estados Unidos

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    Mergulhados em uma das maiores crises econômicas da história, os Estados Unidos deram início ao complexo processo eleitoral de escolha do seu presidente e vice, que culminará com a eleição em 6 de novembro. O cenário se assemelha ao ditado popular, de que “em casa que falta pão, todos gritam e ninguém tem razão

    Há sinais positivos. As exportações e o consumo interno aumentam e o desemprego cai. Dispararam as compras de carros no final de 2011, o que deu ânimo às gigantes automobilísticas de Detroit (GM, Ford e Chyrsler).

    Os democratas tentam provar, que ruim com Obama, pior sem ele. Os republicanos perdem o rumo em lutas internas. Falta discurso, que mostre com clareza os rumos futuros do país. Notam-se oscilações de propostas, a partir de teses típicas do conservadorismo de Reagan da década de 80 e os desafios de uma economia global.

    Não é fácil concorrer à presidência da república nos Estados Unidos. Já assisti convenções partidárias (republicana e democrata). Uma semana de festa democrática. Nunca tive oportunidade de acompanhar as chamadas eleições primárias, onde começa o processo de escolha.  Sabe-se as votações para a escolha do pré-candidato difere de estado para estado. Não há regra fixa. Em alguns locais, votam somente os filiados dos partidos. Em outros, também os cidadãos comuns.

    Os republicanos escolherão o nome que concorrerá com Obama entre 1º e 4 de setembro, em St. Paul, no estado de Minnessota. Os democratas farão a sua convenção antes, entre 25 e 28 de agosto, em Denver, no estado do Colorado. Poderão também concorrer candidatos independentes. O prazo final para a inscrição dos candidatos é o dia 6 de setembro, quando começa o corpo a corpo da disputa do voto. Na prática, a eleição é indireta. Não serão os mais de 200 milhões de eleitores que escolherão o vitorioso (o voto não é obrigatório), mas sim o Colégio Eleitoral de cada estado, através dos seus delegados. Cada estado tem uma forma peculiar de eleger os seus delegados. Senadores e deputados são proibidos de integrar o Colegiado, segundo a Constituição.

    Os republicanos começaram o ano de 2012 – 3 de janeiro – com o inicio de suas prévias eleitorais. Até agora, entre os sete pré-candidatos republicanos, as pesquisas apontam Mitt Rommey (ex-governador de Massachusetts) como favorito. Ele perdeu a pré-candidatura republicana em 2008. Atualmente, é o candidato republicano que mais arrecadou fundos e gastou quase o dobro dos concorrentes. Milionário, Rommey tenta convencer  o eleitorado, de que as suas credenciais econômicas ajudariam a resolver com eficiência os problemas dos Estados Unidos.

    Quem tenta ser a “zebra” das prévias em andamento é Newt Gingrich, 68, violento crítico dos democratas e ex-presidente da Câmara dos Representantes, com o mérito de ter levado os republicanos ao controle do Parlamento pela primeira vez em décadas (1994). Ele defende uma "grande estratégia” para marginalizar, isolar e vencer os radicais islâmicos como única alternativa para o futuro dos Estados Unidos.

    O presidente Obama tenta se reeleger, manipulando as circunstâncias. Avança e recua e se sai sempre bem, mesmo levando em conta a crise da economia. Note-se, por exemplo, a sua política externa. Dá uma no cravo e outra na ferradura. Não abandonou totalmente a estratégia de Bush, na medida em que combina assassinatos premeditados de terroristas e intervenções limitadas, como na Líbia. Não tem conseguido avançar no conflito árabe-israelense e a questão do Irã. Omitiu-se no Egito e nada fez para fortalecer o “despertar árabe”. Corre sério risco ao assumir por completo a guerra do Afeganistão e manter um jogo de palavras perigoso com o Paquistão.

    Na economia, Obama centraliza as suas ações no combate ao desemprego, que atinge o perigoso patamar dos dois dígitos. Tem conseguido vitórias, como a redução do seguro desemprego e esparsas reações positivas das bolsas.

    Foi dada a largada, mais uma vez, na disputa presidencial da maior democracia do mundo. Países como Brasil terão que acompanhar o processo, não apenas para evitar impactos na economia, mas também aprender de que maneira os Estados Unidos preservam as liberdades individuais, mesmo diante de momentos tão difíceis.

    Leia também o "blog do Ney Lopes".

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