Marca Maxmeio

Opinião

  • 25 de Março de 2007

    POLÍCIA E MÉDICOS DO RN

     

     

                Há momentos que não é possível calar. Penso, logo digo...      O arroto maroto de ameaça e a volúpia do exercício do poder têm “apequenado” um Estado com tradição de paz e solidariedade como o nosso. Nos últimos dias, o RN assistiu a um duelo desigual entre o poder do Governo Estadual, de um lado; a Polícia Militar e a classe médica de outro.

                O poder público é obrigado a entender – em qualquer circunstância – o direito de pedir do cidadão, do funcionário público, da comunidade. Sobretudo pedir o cumprimento de um acordo (PM) e remuneração condigna (médicos).          

                Parece atual no Rio Grande do Norte a obra memorável de Victor Hugo“Os miseráveis”-, que mostra os dois lados do perdão humano. Jean Valjean condenado a 19 anos de trabalhos forçados pelo roubo de um pão, após ser anistiado torna-se temente a Deus. Por outro lado, acompanhou a vida de Valjean o seu grande perseguidor -o implacável detetive Javert, que o torturava sem misericórdia e sede de vingança. Javert pretendia ser o padrão da dignidade humana, o representante do bem na terra e no seu mundo não havia lugar para o perdão. Um dia, Jean Valjean salva a vida de Javert. E o opressor, diante daquele gesto humano e solidário, entra em total desespero. Termina pulando no rio Sena e morre.

                As últimas manifestações da Polícia Militar e da classe médica do RN não podem ser interpretadas, sob a visão rígida da lei. Há que se levar em conta a edificante tradição da nossa briosa Polícia Militar e os serviços prestados pelos profissionais da saúde no RN, inquestionavelmente eternos sacrificados na remuneração recebida e nos precários equipamentos que dispõem para atender a clientela carente.   

                Por que aplicar punições semelhantes à de criminosos comuns? Por que ameaçar tirar-lhes o “pão nosso de cada dia”, sem medir as conseqüências de famílias, que ficariam a mercê da própria sorte e entregues ao abandono?

                Agora, surgem possibilidades de acordo. Caberá ao Governo do Estado cantar como o poeta Rafael Alberti da Espanha: “caminante, no hay camino; el caminho se hace al andar”. Chegou a hora da anistia, que será um gesto de grandeza para resolver o caso da PM e dos médicos... Afinal, como no provérbio árabe, as estrelas não morreram, apenas porque o céu está nublado.


                Na última sexta realizou-se ciclo de debates sobre o aeroporto de São Gonçalo do Amarante, promovido pelo DN/O POTI, em parceria com a FIERN.          

                A propósito, o DN/POTI em editorial recente (09.01.07) assim opinou: “O aeroporto de São Gonçalo, numa visão competente de globalização e de custo-benefício, tem a vocação de pólo produtor de bens, exportador e turístico... Talvez, por inexistir esse objetivo definido e a discussão estéril limitar-se às obras de construção civil ... é que outras localidades – como agora Goiana e Fortaleza – se habilitam para instalar equipamentos aeroportuários destinados à exportação. A PPP (Parceria Público Privada) pode ser até a mais indicada, desde que, antes dela, como primeiro passo seja criada por lei federal, no espaço geográfico dos municípios do “Grande Natal” - limítrofes do aeroporto - uma área de livre comércio... Isto fará com que a própria PPP se torne mais fácil e transparente; dissipem-se dúvidas de exclusivismos e privilégios nas licitações e desapropriações, na medida em que muitos investidores... passarão a ter interesse, não apenas em construir as obras civis do aeroporto (galpões e terminal de passageiros), mas investir em unidades industriais diversificadas de exportação, ensejando às empresas locais – indústria, comércio e serviços oportunidade ímpar de crescimento e de associações (“joint venturis”)”.

        O aeroporto, em si, é pouco para gerar empregos e oportunidades no RN. Dirão alguns que é preciso primeiro construí-lo. Isto atenderá, em curto prazo, as obras de construção civil e o pagamento das desapropriações. Porém, deixar a criação da área de livre comércio para depois, significará uma derrota antecipada do Estado e perda de, no mínimo, 50 mil empregos, por não termos como competir com outros aeroportos no país e na própria América Latina. A única saída é a Governadora do Estado, acompanhada da classe política e lideranças, demonstrar urgentemente por a mais b ao Presidente da República, que a nossa posição geográfica foi estratégica na II Guerra Mundial e será estratégica agora no mundo globalizado. Aqui se justifica a garantia legal e antecipada da instalação de um pólo exportador brasileiro para a produção e comércio de bens e serviços. Caso o Presidente Lula não atenda, negue esse nosso pedido, o aeroporto deverá ser construído – é claro -, ficando na história o registro da tentativa feita. Do contrário, ficarão a omissão e até algo mais como explicações para as gerações futuras.


    Prof. Edilberto Olivalves

                Realizou-se em Natal o “XIV Congresso Brasileiro de Uveítes”. Participou o professor e oftalmologista Dr. Edilberto Olivalves, autoridade reconhecida em uveíte e chefe do serviço de “uveíte” (inflamação nos olhos) do Hospital das Clínicas, da Universidade de São Paulo. Inegável autoridade em sua especialidade.

    “Dicas” & mudanças no IR

    As quantias pagas como contribuição Patronal à Previdência Social do empregado doméstico serão deduzidos do IR devido, no limite de até R$ 536,00. Sobre doações às campanhas eleitorais devem ser informados os valores doados.

    Publicado nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE


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