Marca Maxmeio

Opinião

  • 04 de Março de 2007

    A LIÇÃO DE MIGUEL NICOLELIS

     

     

     

          A revista do “Instituto Ciência Hoje”, de âmbito nacional, publicava em junho de 2004 a história de um “cientista e visionário profissional”. O nome dele: Miguel Nicolelis. Paulista, radicado nos Estados Unidos, conhecido mundialmente por ter bolado um jeito de utilizar a atividade elétrica de células no cérebro para mover braços mecânicos. O seu sonho era instalar, em Natal, um Instituto Internacional de Neurociência. Ao seu lado, os amigos Sidarta Ribeiro e Cláudio Mello, também brasileiros e neurocientistas nos EEUU.

    Os idealistas, juntos, parecem ter ouvido o conselho de Norman Vicent Peale, de que “o covarde nunca tenta, o fracassado nunca termina e o vencedor nunca desiste”.

    O Instituto Internacional de Neurociências de Natal tornou-se realidade. Realizou, com sucesso, o “II Simpósio Internacional de Neurociências de Natal”.

    Penso, logo digo... Esse Instituto é a maior conquista, em todos os níveis, do Rio Grande do Norte, nos últimos cinqüenta anos. Aqui se instalou, mesmo com a insensibilidade dos governantes locais (exceto a nossa UFRN), que só despertaram para a sua importância, após um desabafo à imprensa do cientista-idealizador Miguel Nicolelis, que declarou: “acho que o governo do Estado não se deu conta de que o futuro está em seus talentos”.

    Sempre defendi a busca de talentos no RN. Passei quatro anos da minha atividade parlamentar no Congresso Nacional dedicado à relatoria da atual Lei de Marcas e Patentes (propriedade industrial), com mais de dois terços do seu texto de minha autoria. Aprendi que o talento necessita da proteção legal ao seu invento e do estímulo permanente à pesquisa.

    Todo o progresso apóia-se na pesquisa. Note-se, por exemplo, o estardalhaço que se faz, no momento, em torno da produção do etanol, na busca de combustível alternativo. Mais importante do que o etanol em si será investir em pesquisas na indústria alcoolquímica, o que, aliás, a Índia já vem fazendo.

    A grande lição do professor Miguel Nicolelis é ter despertado da letargia os nossos dirigentes, provando ser possível descobrir talentos locais e dar-lhes “oportunidades”. Está na hora de nascer – o que sempre defendi – “o banco de talentos do RN”. Cadastrar aqueles que têm valor, mas não têm “padrinhos”. E criar a nossa Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia, que certamente não atenderá a compromissos políticos, mas cuidará das gerações futuras, abrindo-lhes oportunidades e empregos. É isto que o Rio Grande do Norte precisa!

    Diálogo eleitoral

    Realizou-se em Natal, na última terça,o "grito dos prefeitos", forma de protestopela redução dorepasse derecursos aos municípios.Ao constatar a ausência do parlamentar em quemvotara,um prefeito pediu-lhe explicações, na hora, por telefone(omito nomes para preservar a fonte):

    Prefeito: Por que, Deputado, o Sr. não veio para o “grito dos prefeitos”? Só esteve presente a senadora Rosalba.

    Deputado: Para ter votos não é necessário estar presente a "gritos". Precisa é de dinheiro na eleição. Gritando ou não gritando, só vale a "conversa" do período eleitoral. Rosalba foi, porque quer ser de toda maneira Governadora, mesmo com os efeitos que isto trará à reeleição de José Agripino ao Senado.

    O diálogo prosseguiu. O deputado concluiu - irritando o correligionário - que quanto mais “apertados” os prefeitos estiverem, melhor será para quem quer voto, porque aumenta a necessidade do financiamento de véspera da eleição e são mais valorizados os convênios no orçamento...

    Reconhecimento

    O falecimento da Senhora Janete Mesquita, viúva do empresário Osmundo Faria, deixa grande lacuna. Foi uma mulher de ativa participação na vida social e política do Estado. Preservou amizades. E manteve sempre acesa a chama da solidariedade humana.

    “Simplesmente humanos”

    O meu colega de turma da Faculdade de Direito, escritor Manoel Onofre Júnior, lançou mais um livro: “Simplesmente humanos”. Trata-se de uma obra com intensos traços humanísticos, aliás, a marca registrada da vida de Manoel Onofre. Em 1963, na velha Faculdade da “Ribeira”, lançamos juntos com Deífilo Gurgel, Eudes Galvão, Othon Donaldson, Pedro Simões, Jarbas Martins, Jussier Santos e outros colegas, a revista acadêmica “Presença”. Era, à época, um protesto político, cultural e social.

    Blog na rede

    O blog “Ney Lopes-penso, logo digo...está na rede da Internet. Endereço: www.neylopes.com.br . A opinião sobre tudo, sem retoques...

    Publicado em 04.03.2006 nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE.


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