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Opinião

  • 27 de Setembro de 2008

    Novo e velho PT

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    O incrível acontece. A “poderosa” economia norte-americana enfrenta a mais grave crise financeira da sua história. Em tom patético, o presidente Bush reuniu na Casa Branca os candidatos democrata e republicano para debater um “pacote de socorro”, no valor de US$ 700 bilhões. Justificou dizendo: “É um pacote grande, porque se trata de um problema grande”.

    Tudo isto acontece num país democrático, liberal e de economia aberta. Haveria contradição daqueles que defendem o mercado livre e agora propõem “pacote” do tesouro para salvar a economia?

    A crise econômica mundial leva a reflexões muito claras. Uma delas é que somente a liberdade de mercado expõe à opinião pública problemas como o dos EUA. Economia aberta não quer dizer o Estado ausente. Tal equívoco nasceu da má fé e radicalismo dos que inventaram, na década de 90, a idiotice do “neoliberalismo”. O sufixo “neo” vem do latim e significa novo. A doutrina liberal não é nova. Ela nasceu com a liberdade do ser humano. O Estado existe para garantir essa liberdade, através da mudança e evolução permanente.

    O liberalismo é revolucionário, jamais conservador. Aceita a intervenção do Estado – como acontece agora nos EUA – para evitar a recessão, o pânico financeiro, a perda das poupanças e do dinheiro depositado nos bancos, o aumento dos despejos e as demissões em massa.

    A doutrina liberal teve participação essencial na conquista dos direitos individuais, direitos humanos, direitos trabalhistas e políticas tributárias, que incentivam o trabalho e a produção. O filósofo inglês John Stuart Mill (1806-1873), o grande precursor do liberalismo social, defendeu a repartição justa da produção na sociedade, a eliminação dos privilégios de nascimento e a defesa do espírito comunitário, ao contrário do individualismo.

    A história mostra os governos afastados do liberalismo caminharem para o autoritarismo, democracia populista, ou totalitária. A verdadeira mudança democrática rejeita o Estado assistencialista e mantém a busca de conciliação da liberdade econômica com a justiça social. A isto se chama liberalismo social. Nunca neoliberalismo.

    A propósito do uso do sufixo “neo” (novo), no Brasil o “neo PT” (novo PT) tomou definitivamente o lugar do “velho PT”, aquele partido político que, com o dedo em riste, acusava todos de corrupção, abuso da máquina pública em época de eleição, conluio e práticas ilícitas.

    Recordo em 1995, o “velho PT” esbravejar e acusar o governo federal de “neoliberal”, por ter socorrido os bancos nacionais com o Proer (Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional). O país fez naquela época o que os Estados Unidos fazem hoje. Se não fosse o Proer, quem tivesse uma “continha” ou “poupança” teria perdido o dinheiro. Hoje, o “neo PT” colhe os frutos benéficos do Proer, esquecido que chamava de plano diabólico do “neoliberalismo” para ajudar banqueiros. Justamente, o mesmo “neoliberalismo”, que implantou a política econômica integralmente mantida por Lula no seu governo...

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    Muitas vezes viajava de Natal para Pau dos Ferros. Ao meu lado - amigo dedicado e solidário - Edval Pereira de Araújo - o galego Edval. Falava pelos cotovelos. Na saída, começava a relatar fatos da política. Ao chegar, após quatro horas de estrada, afirmava: "na volta eu termino de contar essa história!".

    Cidadão correto. Conviveu com o poder e nunca se locupletou. Homenageava os nomes daqueles que o ajudaram. Lembro agradecimentos a Dinarte Mariz, Cortez Pereira, Geraldo Melo, José Agripino, Garibaldi, Flávio Azevedo e muitos outros. Fazia a intriga do bem. Morreu no domingo passado, próximo ao sítio Logradouro, onde nasceu. Com doença crônica no coração, foi a Caicó ajudar Wanderley Mariz, na campanha política. Antes de viajar, conversamos ao telefone sobre a ajuda dele na campanha de vereador em Natal do meu filho, Ney Júnior.

    O "galego" criou a ADM (Associação dos Amigos de Dinarte Mariz) para construir estátua em homenagem àquele grande político.

    Edval fará falta na convivência política estadual. Deixou a marca registrada de que no meio de tantas traições e falsidades, ainda havia alguém como ele, que fazia da gratidão e da amizade a sua orientação de vida.

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    Concurso (I) - Encerram-se no próximo dia 3 de outubro as inscrições para o concurso público (80 vagas) de analistas de finanças e controle da Secretaria do Tesouro Nacional. Remuneração inicial de R$ 10.9 mil (nível superior).

    Concurso (II) - O Ministério Público do Trabalho aceita inscrições até 8 de outubro para o concurso público de Procurador do Trabalho, com 132 vagas e remuneração inicial de R$ 21.5 mil.

    A morte do turismo - Repercutiu o comentário de OPINIÃO sobre a agonia do turismo estadual, no último domingo. Até os passeios a Genipabu - atração para quem visita Natal - correm o risco de desaparecer pelas dificuldades de acesso à praia e entraves burocráticos na renovação de licença ambiental etc. É preciso o governo agir para evitar que mais uma "perda" se some a tantas outras que o Estado sofreu ultimamente. Pelo menos, a Governadoria deveria conceder a audiência solicitada pelo "trade turístico" há meses. Não custa nada ouvir o setor.

    (Seu Comentário)

    Coluna Publicada aos domingos
    nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE
    Natal e Mossoró - Rio Grande do Norte


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