Marca Maxmeio

Opinião

  • 20 de Setembro de 2008

    Deus, brasileiro.

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    Quem está no barco não deseja que ele afunde. Como brasileiro torço para o Brasil superar a atual crise mundial. Mas, que a coisa está ruim, está!

    Tudo começou no chamado “sub prime”, ou seja, os grandes prejuízos sofridos pelos bancos americanos, que terminaram socorridos pelo Banco Central de lá (FED). O mesmo ocorreu no Brasil (1995), com o Proer – Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional –, que teve a finalidade de recuperar instituições financeiras com problemas. À época, o atual presidente Lula desancou em acusações contundentes de vantagens ilícitas para banqueiros. Hoje, o seu governo se beneficia do Proer.

    O Brasil fez há treze anos, o que os EUA estão fazendo hoje. Se não fosse o Proer, o sistema bancário brasileiro teria falido e quem tivesse uma “continha” ou “poupança” em banco perderia o seu dinheiro.

    A verdade é que o país, até agora, vinha surfando numa onda favorável da economia internacional. O mérito do atual governo foi manter inalterada a política monetária e econômica da administração anterior, contrariando as posições ideológicas do seu próprio partido. Se não fosse isto, o furacão provocado por quem não pagou as hipotecas imobiliárias nos Estados Unidos, já teria nos atingido.

    De 1994 a 2002, o país enfrentou quatro crises mundiais semelhantes a atual: Rússia, Tailândia, México e Argentina. O governo Lula tem sido extremamente feliz. Enfrenta agora a sua primeira crise. Graças a Deus!

    Atravessamos momento delicado. A crise já chegou a Rússia e Coreia do Sul, nações com fortes reservas cambiais. Não adianta alegar que temos U$ 200 bilhões de reservas. No governo de FHC, só a crise da Russia “engoliu”, do dia pra noite, U$ 70 bilhões de dólares. Tudo porque, quando aumenta a cotação do dólar, automaticamente diminuem as reservas. Raciocínio matemático.

    O preocupante é a fuga do capital externo das nossas bolsas e a elevação exagerada dos gastos públicos. O petróleo do chamado “pre sal” – tão alardeado ultimamente – com o seu alto custo será extraído com que dinheiro? Haverá investidores?

    O Presidente da República, em tom messiânico, – aliás, o seu estilo – aponta o mercado interno como a “grande saída”. Poderá ser ou não. O consumo privado e o investimento só crescerão, se houver a necessária oferta de bens e serviços. Parte considerável desses bens vem do exterior. Se caírem as exportações será necessário financiar a diferença. Quer dizer: aumentará o chamado déficit na conta corrente da balança de pagamentos (a diferença em dinheiro do que entra e sai do país). No primeiro momento, esse déficit já está perto de U$ 20 bilhões de dólares, com “rombo” estimado de U$ 30 “bi”, até o final do ano. Preocupante!

    O que esperar? Talvez, que Deus continue brasileiro. E o governo entenda que parou a hora de gastar e fazer “fita” com o dinheiro do contribuinte.

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    João FaustinoTestemunhei, na última quarta-feira, o sucesso do lançamento na cidade de São Paulo do livro do Senador-Suplente, João Faustino, sobre a sua vida como professor no RN. O ato foi altamente prestigiado por conterrâneos e figuras representativas do Estado de São Paulo.

    Xô Sarney”Em 1998, quando enfrentou na disputa pela Prefeitura de Natal o seu atual aliado, deputado Henrique Alves, a governadora Wilma de Faria denunciou a presença de ministros do governo federal na campanha. Classificava de corrupção a céu aberto. No horário eleitoral, havia até musiquinha com o refrão: “Xô Sarney”!

    LivroO professor e advogado Carlos Roberto de Miranda Gomes lançará no próximo dia 22 de outubro, na sede do América Futebol Clube, o seu livro “Traços e perfis da Ordem dos Advogados do Brasil-RN”. A obra resgata a memória da instituição.

    TURISMO AGONIZA NO RN

    Dramática a situação do turismo potiguar. O setor agoniza lentamente! As estatísticas demonstram que os embarques e desembarques – sobretudo internacionais – diminuem mês a mês. Enquanto isto, em Fortaleza, João Pessoa e Recife os números crescem e se anuncia a chegada de turistas norte-americanos.

    Empresário-hoteleiro relata que, em 2004, o seu hotel registrou 5 mil diárias. Em 2007, o total de 2400 e em agosto de 2008 apenas 400 diárias internacionais.

    Pipa perde atração turística, por falta de infra-estrutura de serviços públicos. 

    Os estados vizinhos passam a frente do RN na guerra da “divulgação”. A iniciativa privada faz a sua parte, com folheteria e participação em eventos. O poder público se retrai. As Secretarias de Turismo têm boa vontade. Mas não dispõem de recursos para implantar um plano agressivo de “turismo de eventos”.

     Natal poderia ser a Cancun do Atlântico Sul, pela sua posição geográfica privilegiada. Para atrair turistas americanos, ninguém dispõe das tradições do “trampolim da vitória”.

     As águas termais de Mossoró são iguais ou melhores, do que as demais termas do mundo. Falta, apenas, planejar, liberar os recursos e agir. Enquanto é tempo!

    Fica mais um alerta!

    PS. Por que a governadora do Estado não concede a audiência solicitada pelos empresários do turismo para debater tais assuntos?

    (Seu Comentário)

    Coluna Publicada aos domingos
    nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE
    Natal e Mossoró - Rio Grande do Norte


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