Marca Maxmeio

Opinião

  • 06 de Janeiro de 2007

    O LEMA DO MEU “BLOG”

     

     

     

               De modo geral, no Brasil, os discursos dos vitoriosos no primeiro dia do ano, salvo exceções, foram chavões, idéias desconexas, aplausos dirigidos. Tudo a cara de “escribas” de aluguel, “prestando serviço” e antojando vantagens futuras.  Pouca coisa de novo. Muita pequenez e agressões gratuitas.

               Prefiro não opinar especificamente, por enquanto. De minha parte, a luta continuará, até como resposta aos insultos e cartas de humilhação, ultimamente dirigidas à minha pessoa e à minha família, por notórios submissos servis aos poderosos de hoje.
     
                O melhor caminho é reler as lições da história. Tudo se repete.  André Maurois escreveu um livro extraordinário: “A vida de Disraeli”. Deveriam ler esse livro aqueles que pensam ser o poder eterno. Polêmico, amado e odiado, humilde e sem posses, judeu com descendência italiana, venceu na Inglaterra. Ao morrer, erigiram-lhe uma estátua, perto de Westminster, com a inscrição feita pela rainha Vitória: “os reis amam aos que falam coisas retas” (Prov. XVI-13).

                Na definição de Maurois, Benjamim Disraeli era “uma velha alma de primavera, sempre vencida e sempre renascente e como um símbolo do que pode realizar, em um mundo hostil e frio, uma longa juventude de coração”.

                Disraeli foi um homem de ação. Veio de “baixo”, em uma sociedade aristocrata, como a inglesa. Dizia ser a luta o seu destino, para não enferrujar-se “como uma espada de Damasco na bainha de um medroso”. Repetia sempre que a vitória de hoje pode ser o insucesso do amanhã, porque, em política, “a impressão de sentir-se em segurança tudo destrói, até as ligas de aço que parecem invencíveis”.

                Perdeu quatro eleições.  Teve “severas lições” de derrota . E não desistiu.

    “BLOG”: PENSO, LOGO DIGO...

                O melhor do reencontro com essa obra monumental de André Maurois foi relembrar uma frase e escolhê-la para pórtico do blog, que lançarei na Internet, a partir de fevereiro.

                O blog será denominado Ney Lopes: penso, logo digo... Direi o que penso. Doa a quem doer. E terá como lema: “Todos os erros de minha vida provieram de haver eu sacrificado minhas opiniões às dos outros... Para o futuro, darei ouvido unicamente a meu instinto: ele não me ilude”. (Disraeli).

                Ao terminar de reler a vida de Disraeli, tirei lições para o futuro político. Por exemplo: virão as eleições municipais de 2008. Com certeza, muitos perdedores do passado serão os vencedores de amanhã. É só examinar a história. Vilma de Faria (Natal); Jackson Lago (Maranhão); senadora Ana Júlia (perdeu para prefeita de Belém em 2004 e elegeu-se governadora do Pará); Yêda Crucius (foi em 2004 “lanterninha” como candidata a prefeita de Porto Alegre e ganhou para governadora); deputado Inácio Arruda (“lanterninha” na campanha de prefeito de Fortaleza em 2004, eleito Senador); Marcelo Deda (Aracajú); Senador José Fogaça (perdeu para Senador e ganhou, em seguida, para prefeito de Porto Alegre); José Serra (São Paulo); João Paulo (Recife); Jaques Wagner (Bahia); Lula (perdeu quatro eleições, igual a Disraeli) e tantos outros.

                Duas realidades estão comprovadas na política: a derrota é o passaporte para vitórias futuras; e somente alguém é afastado definitivamente por idade avançada ou morte biológica. Por tais razões, alguns vitoriosos deveriam ser mais humildes. Nada melhor do que lembrar um dia atrás do outro e uma noite no meio..


    Maus prenúncios
                Phil Jones, diretor da unidade de pesquisa da Universidade de East Anglia, na Inglaterra, e cientistas da Organização Metereológica Mundial (OMM) fizeram previsões sombrias para a seca no Nordeste brasileiro, em 2007. Confirmam o fenômeno do El Niño com a inversão na circulação dos ventos nos Oceanos, trazendo estiagem para os nordestinos, no Brasil. O último El Niño foi em 1998. Este ano, ocorrerão as temperaturas mais quentes, já registradas, desde que começaram as medições com termômetros, em 1850.

    Martins
                Na aprazível cidade de Martins, RN, termina hoje o “XIII Encontro Potiguar dos Estudantes de Pedagogia”, cujo tema central de debate foi “a formação política do pedagogo, em defesa da educação”. Participaram do encontro professores de alto nível, como Márcio, da UFRN; Débora da UERN e Gutemberg, da UERN. O organizador foi Josenildo Morais, da Executiva Nacional dos Estudantes de Pedagogia.

    Talento potiguar (I)
                O RN precisa valorizar mais os seus talentos. Um deles é a cantora Marina Elali. Nascida em Natal, tem o dom da música, herdada dos seus ancestrais. Já participou de novelas nacionais, como O clone, América e agora Páginas da Vida. Lançou o seu primeiro CD, de excelente repertório e qualidade. Precisa ser mais prestigiada em sua terra.

    Talento potiguar (II)
                Outra mulher vitoriosa no mundo: a natalense Fernanda Tavares. Filha do meu amigo Fernando Luiz, daqui saiu para as passarelas mundiais. É comum ver-se em Paris, Londres ou Nova York painéis com o seu retrato, promovendo grifes famosas. A sua marca é a humildade e o prestígio permanente à terra onde nasceu. A recíproca precisa ser verdadeira.

    Imaginem...
                Imaginem se Marina Elali e Fernanda Tavares fossem cearenses. Já teriam até estátuas erguidas em sua homenagem. O cearense prestigia os talentos nativos.

    Publicado em 07.01.2007 nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE.


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