Marca Maxmeio

Opinião

  • 12 de Abril de 2008

    A eleição municipal

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    Ao longo da minha vida pública participei de muitas eleições municipais. Aprendi lições, baseadas na experiência.

    A partir de redemocratização realizaram-se no Brasil seis eleições municipais, incluída a de 1985. A regra básica é de que em todas elas prevaleceram o interesse e o caráter local. O eleitor vota para prefeito, olhando a proposta que lhe toque de cada candidato, comparando-os entre si, de que lado estão no panorama político local, a “folha corrida”, a competência, a experiência para as funções e o nível de relacionamento para trazer benefícios. Fora dessas regras, existe a possibilidade de eventual “gozação”, quando o povo insatisfeito vota em “mico” ou “cacareco”...

    Influi pouco apresentar-se, por exemplo, como candidato do Governador, ou do Presidente. Vale muito mais a capacidade que tenha o candidato – mesmo sendo adversário – de construir pontes com os governos estadual e federal e garantir benefícios coletivos.

    Em 1988, Wilma de Faria elegeu-se prefeita de Natal. Eu fui o vice-prefeito. Henrique Alves perdeu a eleição, mesmo sendo candidato do Presidente Sarney e do governador Geraldo Melo.

    Tire o “cavalo da chuva” quem pensar que a popularidade atual do Presidente Lula – caso permaneça – elegerá prefeitos em massa. Tomando como exemplo 2004, quem pensou que se beneficiaria disso terminou derrotado. Assim foi em São Paulo (com Marta Suplicy); Rio de Janeiro (com Jorge Bittar); Porto Alegre (com Raul Pont); Ângelo Vanhoni (Curitiba); Nelson Pellegrino (Salvador) e tantos outros.

    O voto municipal é diferente. O eleitor se comporta como algo a ser construído dentro da sua própria casa. De nada adianta essa conversa de que a vitória em 2008 irá preparar 2010. Talvez, apenas para as eleições proporcionais. Digo talvez, porque acontece muito os vitoriosos tomarem “rumo” diferente de quem os apoiou, alegando que a “ajuda” foi insuficiente. E aí começa a atração irresistível por aqueles que têm o que dar. Crescem os conhecidos militantes do PG – Partido do Governo.

     Recordo algumas eleições municipais e as suas conseqüências imprevisíveis. A de São Paulo, em que Fernando Henrique perdeu. Depois não tinha condições sequer de candidatar-se a deputado federal. Terminou Presidente da República. No RN, a atual governadora Wilma de Faria ficou em último lugar como candidata a governadora (derrotada por Mineiro, do PT). Dois anos após, ela se elegeu prefeita de Natal. Ainda em São Paulo, a vitória de Celso Pitta quase o levou à cadeia.

     Também é muito comum a desvinculação do pleito municipal do seguinte pelo desgaste do eleito, no início da administração.

    Os comportamentos políticos tendem a repetir-se. Estará enganado quem pense que a popularidade do Bolsa-Família ou do PAC, por si só, garantirão vitórias. Não se pode subestimar o eleitor e achá-lo ingênuo, ao ponto de acreditar que “os programas sociais” se acabarão, se fulano ou sicrano não ganhar. Pelo que já presenciei, quando se trata de cuidar da terra onde nasceu, pouca gente pensa assim.

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    Presidente EEUU- Recente pesquisa do Gallup, na corrida presidencial americana revelou o seguinte: quem tem experiência para ser presidente? Hillary 65%; McCain 70% e Obama 46%. Na pergunta “quem você acha que está mais preparado, baseando-se em sua experiência”: Hillary 30%; McCain 49% e Obama 16%.

    Encontro internacional no RN – Amizades da época em que presidi o PARLATINO valeram-me a informação sigilosa de que os chefes de estado da América Latina e Caribe pretendem fazer reunião no Brasil, no final deste ano, com o local ainda indefinido. Poderá ser Natal. Comuniquei a “dica” ao Governo do Estado. Seria a primeira reunião internacional, realizada no RN. Atrairia a atenção da mídia mundial. Poderiam ser convidados especiais os governantes da Espanha, Portugal (península ibérica) e outros países. Quem sabe, se Bush ou o Presidente eleito dos EEUU viriam ao local do “trampolim da vitória”, no passado? Fiz a minha parte. A bola está com o governo estadual. Não posso ir além disso.

    Governador Serra – Lamentei não estar em Natal na última segunda-feira, quando o governador José Serra de SP proferiu palestra. Justifiquei a ausência, através de telegrama pessoal. Estou convicto, em razão de termos convivido durante anos na Câmara Federal, que ele é um dos mais capazes homens públicos do país. Certamente, o mais preparado para a Presidência da República em 2010.

    Coluna Publicada aos domingos
    nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE
    Natal e Mossoró - Rio Grande do Norte

     

     

     

    NESTE DOMINGO

    Na TV Universitária (canal 5)
    Reapresentação de “Memória Viva” – 11 horas da manhã

    Depoimento inédito do ex-deputado NEY LOPES

     


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