Marca Maxmeio

Opinião

  • 02 de Fevereiro de 2008

    Pra não lamentar depois

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    Quando deputado federal, sempre procurei ser um legislador. Defendi, basicamente os direitos e garantias do cidadão.  Ouvi muitas vezes a expressão: “Ney, isso não dá voto”. Mas insisti, mesmo sabendo que, muitas vezes, se valoriza o deputado, senador ou vereador pelo assistencialismo, ou pela verba pública liberada. Por isso é que se impõe a reforma política. Os legisladores devem ser identificados pelas idéias que defendem e o trabalho legislativo que realizam. E não por favores individuais, em prejuízo do interesse coletivo.

    Tais distorções geram os “mensaleiros”, que nada mais são do que “ganhadores de dinheiro” a todo custo para financiar as suas próprias eleições. Pensando bem, a culpa maior não é de quem age assim. É de quem os elege e depois ainda reclama. Reclamar de que, se o voto foi livre?

    Num ano eleitoral como 2008 alguns eleitores - não todos - devem fazer a sua mea culpa. Não adianta simplesmente condenar e esbravejar. O mandato é alcançado pelo voto. E não por nomeação.

    Somente o voto poderá mudar esse país. Do contrário continuará a cantilena de sempre. O eleitor vota; depois reclama; depois pede a cassação de quem ele elegeu, no Conselho de Ética, e assim vai. Entra eleição e sai eleição. Tudo continua o mesmo.

    A reforma política começa pelo eleitor. Refletindo ao votar. Pesando e medindo. Em matéria eleitoral não existe traição de quem, por exemplo, deixa de atender ao pedido de voto feito por um amigo que lhe fez favor. Favor se paga com favor. Não com o voto. Pior é trair a própria consciência.

    A grande causa do “faz-de-conta” do nosso quadro político é a fragilidade dos partidos. Quando se aproxima uma eleição - como agora em 2008 - os “proprietários de partidos” fazem rega-bofes com muita comida e bebida. Passam fichas de filiação. Os convidados assinam na euforia da festa e em agradecimento pelo convite. Não sabem nada sobre o Partido e seus dirigentes. Simplesmente assinam.

    A partir daí surgem as estatísticas fantasiosas de numerosos diretórios nas cidades, com tantos e quantos filiados. Começam as chantagens “por debaixo do pano”, que se tornaram rotina.  No fim, competente é quem age assim. Incompetente é quem não faz isto. A conversa é a mesma. Partido tal ou qual só dá espaço no horário gratuito se for atendido em tantos milhões de reais; tantos empregos; tantas posições na chapa. É o “quem dá mais”... Leilões a céu aberto. Os comerciantes da política começam a lucrar.

    O cidadão pode indagar: e como eu vou saber dessas coisas? Claro que tem como. É só observar fatos, pessoas e o noticiário. Comparar o comportamento público de pessoas e partidos. Identificar aqueles que buscam apenas lobbies lucrativos e “arrotam” que têm muito dinheiro para gastar. 

    Quarta-feira próxima já será de cinzas. Acaba o carnaval. Começa nos bastidores a eleição de 2008, ninguém duvide. Chega a hora de ficar de “olhos e ouvidos abertos”. Pra não lamentar depois...

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    Concurso (I) - O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aceita inscrições para o preenchimento de 2.021 vagas em todo o país. As remunerações iniciais variam de R$ 1.989,87 a R$ 2.243,78. A inscrição pode ser feita até dia 12 próximo, exclusivamente no www.cespe.unb.br/concursos.

    Concursos (II) - A Marinha do Brasil aceitará inscrições para o concurso de admissão ao curso de formação de soldados fuzileiros navais até o dia 13 próximo. No total são oferecidas 700 vagas.

    Plano de saúde - Pais, padrastos e madrastas dos servidores federais que têm plano de saúde, já podem ser incluídos novamente como dependentes. Para o servidor e os dependentes diretos como esposa e filhos, o governo continuará pagando a contrapartida que hoje é de R$ 50. A inclusão havia sido suspensa com a publicação da Portaria nº 1983/06.

    Feriados em 2008 - Em 2008 haverá, ao todo, oito feriados nacionais e oito pontos facultativos nacionais. Os feriados declarados em leis municipais ou estaduais serão observados pelas repartições da administração federal em suas respectivas localidades. Os dias de guarda de credos e religiões não incluídos poderão ser compensados, de acordo com o que determina a lei n.º 8.112/90, com a prévia autorização da chefia    

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     “Dica” para os portadores de plano de saúde. São considerados antigos, aqueles contratos assinados até 31 de dezembro de 1998, ou seja, antes da lei 9.656/98.

    O Supremo Tribunal Federal decidiu que nos planos antigos é proibido reajuste para clientes com mais de 60 anos (com pelo menos, dez anos de plano). Na mesma decisão foi assegurada a proibição ao rompimento unilateral dos contratos e também a existência de limites na internação hospitalar do usuário.


    Coluna Publicada aos domingos
    nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE
    Natal e Mossoró - Rio Grande do Norte


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