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Opinião

  • 15 de Dezembro de 2007

    POLÍTICA NO RN

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    A política do Rio Grande do Norte nos últimos tempos tem apresentado sinais muito particulares e curiosos. Diria até incríveis.

    Por exemplo: a maior deformação da democracia brasileira é a existência de grande quantidade de partidos, sem ideologia ou princípios. Meras siglas alugadas às vésperas das eleições. Pois bem. Aqui, essa deformidade tem sido usada como poder de barganha e instrumento para grupos e “candidatos” a líderes. Está provada a total e absoluta desvantagem da permanência histórica no mesmo partido.

    Na prática, é fundamental a propriedade privada de um partido. Sem isto, eventualmente podem ter sucesso candidaturas proporcionais (para o Legislativo). Em eleição majoritária, não. Ninguém consegue firmar candidatura sozinho, sem a boa vontade, a prioridade e o apoio claro de uma estrutura partidária, por menor que seja. Vilma teria sobrevivido à derrota para o Governo na década de 90, se não tivesse assumido o comando de um partido? Teria sido, com certeza, apontada como ruim de voto majoritário. Nesse gargalo, morrem muitas vocações, que não ultrapassam as barreiras dos seus próprios partidos. Nadam e morrem na praia.

    A prova dessa realidade local são as previsões eleitorais para 2008 e 2010. Somente sentam-se à mesa decisória os que têm partido, mesmo jejunos e sem espírito público. A atividade política transforma-se num “lobbie” qualquer. Nada de propostas consistentes. Prevalece o “toma lá, dá cá”, ou seja, lhe apoio hoje e você me retribui amanhã. Isto é dito sem nenhum pudor.           

    Tal quadro coloca a discussão sempre em torno de pessoas, nunca de teses inovadoras. Está proibido pensar sério. Sugerir soluções concretas, que tenham começo, meio e fim.

    Fala-se nos últimos dias em pesquisas sobre as eleições em Natal. Os possíveis candidatos preocupam-se apenas em manipular a própria imagem, sobretudo através da televisão, para saírem bem na foto. O povo, atordoado, responde aos questionários das pesquisas pensando mais em artistas de TV do que em futuros administradores.

    A propósito de pesquisas, é bom lembrar como elas são enganosas quando falta muito tempo para o pleito. Veja-se a eleição para governador em 2002. O então senador Fernando Bezerra ultrapassou os 70%. Era imbatível. No final ficou em terceiro lugar e não foi sequer para o segundo turno. Em 2006, o senador Garibaldi Alves também chegou aos 65%. Era um governador em férias. Perdeu a eleição, inclusive em Natal por mais de 30 mil votos.

    A essa altura do campeonato, é no mínimo temerário argumentar que tal ou qual candidato está à frente. Nesse ponto, o eleitor tem muita cautela. Ele se decide do meio para o fim da campanha. Um dia, talvez ocorram no Rio Grande do Norte “zebras” como as de Fortaleza, Recife, Porto Alegre e tantos outros, quando os eleitos foram os últimos colocados nas pesquisas.

    Pelo passado, isto será difícil de acontecer. Mas ninguém duvide da força de Deus e do povo...  (Seu Comentário)

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    Correção - Na coluna do último domingo ocorreram erros de revisão na publicação de alguns nomes de colegas da “Turma da Liberdade”. Foram eles: Carlos Borges de Medeiros, Carlos Jussier Trindade dos Santos (orador na aposição da placa), Fernando Justino de Souza, Iaris Cortês de Lima, Ilná Gurgel Rosado, Ismael Wanderley Gomes Filho, José Jarbas Martins, Maria das Dores Xavier de Souza, Regina Coeli Barbosa, Ruy Barbalho de Meiroz Grilo, Selma Maria Dantas de Paiva e Sônia Ivanise Bandeira do Amaral.

    Mérito - O jornalista Valério Andrade merece reconhecimento público pela sua luta vitoriosa na organização de vinte festivais de cinema, em Natal (FestNatal). Parabéns.

    Barragem de Oiticica - Existem muitas promessas e poucas ações para a conclusão da Barragem de Oiticica, em Jucurutu, RN, iniciada no governo Geraldo Melo. A obra complementará os recursos hídricos do Vale do Açu. Permitirá a irrigação de 15 mil hectares, além de incrementar a piscicultura. Situada no leito do Rio Piranhas, abastecerá de água potável a população de Jucurutu e de mais 15 municípios.

    Concurso - Criadas pela MP 389/07 as carreiras de analista (salário de R$ 5.5 mil) e especialista (salário de R$ 10 mil) de infra-estrutura, ambas de nível superior. Serão abertos concursos públicos em órgãos com atribuições de planejamento, coordenação, fiscalização, assistência técnica, execução de projetos e obras de grande porte.

    Mensagem - Agradeço e transcrevo parte da gentil mensagem recebida do leitor Alionaldo Martins Silva: “Emocionei-me ao ler a coluna OPINIÃO, do domingo passado. O seu discurso em 1967, como orador oficial da “Turma da Lliberdade” (Faculdade de Direito da UFRN) demonstra a sua histórica coerência democrática. Muitos aproveitadores e oportunistas, que hoje se arvoram de “progressistas” não tiveram a sua coragem, inclusive para protestar publicamente contra a cassação de JK, na véspera do AI-5, que puniu e matou tanta gente. Parabéns. O senhor está fazendo muita falta na vida pública do Estado”.

    Natal em Natal Não é favor registrar o mérito do prefeito Carlos Eduardo Alves na ornamentação da cidade de Natal, neste Natal. Inclusive por ter sido realizada nos bairros e não apenas em áreas centrais.

     

    Coluna Publicada aos domingos
    nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE
    Natal e Mossoró - Rio Grande do Norte


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