Marca Maxmeio

Opinião

  • 03 de Novembro de 2007

    SOBRE VOCAÇÃO E POLÍTICA

     

     

     

    Sempre digo que a minha vocação é ser advogado de província. E com muito prazer. Isto me realiza. Para mim, o Rio Grande do Norte foi o começo e será o fim da minha existência. Adoro o chão potiguar. Até na política, sempre me considerei um advogado, que recebia procuração de milhares de pessoas, para defendê-las. O maior galardão que tenho é que, durante 12 anos seguidos – dos quais em oito anos fui o único parlamentar do Estado -, o DIAP (Departamento Intersindical de assessoria parlamentar), órgão ligado à CUT e ao PT incluiu-me como uma das “cem cabeças do Congresso Nacional” (Senado e Câmara). Nunca me envaideci disto. Tive, apenas, a sensação do dever cumprido e da confiança popular retribuída. Sei que, por não dispor de meios de comunicação social, poucos sabem dessa premiação para fazer justiça ao meu trabalho. Além disso, existiu esforço intencional de alguns para esconder o fato da opinião pública e assim evitar crescimento eleitoral. Contarei nas memórias políticas, que já escrevo. Mas, com reconhecimento ou não, valeu! Muitos reconhecem. Sinto isto, no contato diário e anônimo das ruas.

    Hoje acompanho a cena política. Ultimamente, percebo um fenômeno estranho, nunca visto na República brasileira. O Judiciário assume o papel de legislador. Vejam-se a regulamentação dos casos da fidelidade partidária e do direito de greve do servidor público. Como cidadão sinto-me aliviado, ao invés de criticar a suposta invasão de competência. Imagine, se os juízes também se omitissem como o Congresso Nacional – de forma inusitada e inacreditável – está se omitindo nesta legislatura.

    Caminhamos para a eleição municipal de 2008, sem nenhuma mudança política, partidária, ou eleitoral. Nada. Absolutamente nada foi feito, salvo aprovar MP, aumentar impostos, politicagem, cooptações, assistencialismo eleitoreiro, adesões para o partido de Governo, falta de criatividade nas soluções de problemas coletivos e assemelhados. É o caso de repetir Marco Túlio Cícero, orador eloqüente do Senado romano, quando denunciou as iniqüidades políticas do seu tempo. O seu mais famoso desabafo é aquele em que menciona os “limites da paciência do cidadão”: “Quosque tandem abutere, Catilina, patientia nostra?” (“Até quando, Catilina, abusarás de nossa paciência?”). Esta frase de indignação é repetida há mais de 2 mil anos.  Verifica-se a existência atual de uma fartura de nomes, que podem ser colocados no lugar de Catilina!!!

    A propósito, é bom transcrever o desabafo recente do Ministro Celso de Mello sobre a omissão do Congresso Nacional: “não mais se pode tolerar, sob pena de fraudar-se a vontade da Constituição, esse estado de continuada, inaceitável, irrazoável e abusiva inércia do Congresso Nacional, cuja omissão.... traduz um incompreensível sentimento de desapreço pela autoridade, pelo valor e pelo alto significado de que se reveste a Constituição da República".

    É isto aí. Será que o povo acompanha e tem consciência? Ou, nas campanhas de 2008 e 2010 o Estado irá continuar, como dizia o saudoso Djalma Marinho, “correndo atrás de uma bandeira, de uma música e de uma cor?”. Se isto repetir-se estarei ao lado dos desempregados e excluídos para exclamar como na peça sobre Evita Perón: “choro por ti.... Rio Grande do Norte!”.     (Comentários)

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    Cortez

    Luiz Gonzaga Cortez, um dos mais competentes e éticos jornalistas do Estado é amigo pessoal e incentivador do conterrâneo Carlos Alberto Paz de Araújo, professor nos EEUU, empresário vitorioso, inventor e detentor de mais de 300 patentes no mundo. Nesta semana, o Prof. Carlos virá ao RN para reuniões e palestras. Merece homenagens.

    O gosto da Itália

    Carlos é brasileiro e viveu quase trinta anos como músico, em Roma. Patrizia, sua esposa, italiana. Escolheram Natal para instalar o restaurante caseiro com o “jeito” da Itália “Luna Rossa”. Em pouco tempo receberam esta semana prêmio de revista nacional de melhor comida italiana da cidade. Fica na Rua Acari, 11 – Lagoa Seca (próximo ao cruzamento da Presidente Bandeira com a Jaguarary e ao Clube Tiradentes da Polícia). Fone: 3213 9327.

    Mérito potiguar

    Destaco o trabalho do Ministro Alfredo Nascimento, dos Transportes. Norte-rio-grandense, ele não está esquecendo a terra onde nasceu, embora eleito no Amazonas. Não privo da sua convivência. Mas é dever de justiça este reconhecimento.

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    Dois registros póstumos.

    Professor Odilon Garcia. Um pioneiro da odontologia. Professor de alto nível. Cidadão honrado. Respeitado por todos. Deixa a herança da ética profissional e de conduta pessoal e familiar exemplares.

    João Alves Galvão. Patriarca de Canguaretama. Votava em mim, porque confiava. Era leitor assíduo desta coluna. Sempre fui seu admirador. O filho Francisco Galvão tem razão quando declarou: “não perdemos o leme, só o comandante; sabemos o caminho para a terra firme”.  

    Coluna Publicada aos domingos
    nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE
    Natal e Mossoró - Rio Grande do Norte


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