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Opinião

  • 30 de Maio de 1998

    CASCUDO NO CONGRESSO

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    CASCUDO NO CONGRESSO

    "Em 1962, como jovern repórter do jornal católico A ORDEM recebi a incurnbência de ir ao sobrado da Avenida Junqueira Aires, ern Natal, entrevistar o Mestre Cascudo. Na entrada, a inscrição traduzida do latim: "Encontrei o porto, esperança e fortuna, adeus / Muito me iludistes / Ide iludir aos outros agora". Acolheu-me o sorriso de Dona Dália Freire - simpática, inteligente, a maior admiradora do gênio - o seu esposo. Sentado na biblioteca de casa na tradicional cadeira de balanço, o Mestre Cascudo recebeu-me e logo percebeu que tremia corn a caneta e papel na mão. Fitou-me e descontraiu: "quem já viu um Lopes tremer. Você vem, menino, de uma família sem medo de nada. Onofre faz até uma Universidade aqui no Estado". Ele se referia ao amigo, médico e professor Onofre Lopes, fundador de nossa Universidade Federal do Rio Grande do Norte".

    A OBRA DE CASCUDO

    "O meu talentoso amigo a colega Advogado, Diógenes da Cunha Lima, escreveu o livro "Câmara Cascudo - um brasileiro feliz". A obra de Cascudo compõe-se de 145 livros, além de 11 inéditos. A sua inspiração foi a esposa dedicada, Dona Dália; os filhos queridos Fernando Luis e Ana Maria; os familiares e os amigos que ele soube granjear até o último suspiro, no dia 30 de julho de 1986. Na eternidade, tem a alegria de acompanhar o talento literário das suas netas Daliana e Camila.

    "Cascudo nasceu e morreu em Natal cidade denominava a noiva do sol, "sem tempestades, clara e simpática".

    CHARUTO E HUMOR

    Fui seu aluno na Faculdade de Direito de Natal. "As suas aulas de Direito Internacional Público eram sempre estimuladas pelo bafejar de um charuto e o bom hurnor. Ao responder, certa vez, a um aluno que lhe perguntava o que é um bom amigo, disse: "É um parente por vocação". O jovem insistiu com o mestre: "E um parente é um parente ?" Ele não titubeou: "É um amigo por obrigação".

    AGRADECIMENTO

    "Agradeço ao Ilustre Deputado Eduardo Jorge, do PT de São Paulo a iniciativa desta sessão comemorativa do centenário de Luis da Câmara Cascudo ... Seria bem diferente se o requerimento nascesse de algurn dos integrantes da bancada do Rio Grande do Norte. Pareceria algo provinciano e localizado. Vindo de um respeitado Parlamentar paulista traduz a amplitude da obra legada pelo homenageado, vinculando todos nós a este momento de exaltação póstuma merecido.

    "Hoje, na recordação de sua memória, festejando o centenário do seu nascimento, elevamos a Deus a prece de agradecimento pela obra que deixou e ao mesmo tempo, formulamos votos, iguais aquele telegrama de um dos seus últimos aniversários, cujo texto dizia:

    "A Mestra do Pastorio popular abraça o Mestre Cascudo e vem lhe entregar a chave do jardim da alegria".

    Coluna Publicada aos domingos
    nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE
    Natal e Mossoró - Rio Grande do Norte


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