Opinião
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30 de Dezembro de 2000
FELIZ SÉCULO XXI
FELIZ SÉCULO XXI
Cem anos terminam hoje com o fim do século XX. Longa foi a estrada percorrida. No início, os desafios eram semelhantes aos de hoje: miséria, desemprego e desigualdades. Os trabalhadores faziam tecido com as mãos nas fábricas européias. A descoberta dos teares mecânicos substituiu o homem pela máquina. A qualidade do produto melhorou, os preços caíram, porém aumentou o desemprego. As multidões famintas pediam trabalho e justiça social. O século XX iniciava com o estopim aceso do risco da luta de classes, pregada pelo alemão Karl Marx, como alternativa inevitável para o mundo.
Parecia não haver saída. De um lado, o capitalismo selvagem agia sem limites e acumulava lucros. Não haviam previdência, salário mínimo, nem jornada de trabalho. O princípio era o de que sendo a pessoa humana livre, o seu salário e horas de trabalho dependeriam de aceitar ou não, o que lhe era ofertado. De outro lado, o rastilho de pólvora, causado pela miséria, parecia conduzir à revolução das massas. “Se correr o bicho pega; se ficar o bicho come” – era o dilema.
No balanço geral, o século XX, mesmo com as duas guerras mundiais, abriu novos caminhos para a ascensão das massas e evitou a generalização da luta de classe. Surgiram como alternativas o imposto de renda (o grande instrumento que “estancou” a luta de classes na Europa Ocidental), o Estado social, a Previdência, as legislações trabalhistas, os sindicatos fortalecidos, a liberdade econômica condicionada à punição dos abusos etc.
O século agonizante provou que é mito a igualdade econômica entre os homens; e que a igualdade de oportunidades será a única solução para o futuro.
Mesmo tendo algumas preocupações, creio no século XXI. Ao contrário do que muitos pensam, quanto mais o homem cresce na técnica e na ciência, mais descobre caminhos para superar as desigualdades sociais. O mal será permanecer no imobilismo, no conservadorismo epidêmico, na resistência aos avanços. Afinal, a vitória consiste sempre no prazer do desafio. E até os ventos uivantes e as marés bravias têm a oportunidade de mudar o seu rumo. Por que o mundo não teria?
Feliz século XXI, amigo Leitor.
ACONTECE
Caicó
Exemplo a ser seguido é a dedicação do Bispo de Caicó, Dom Jaime Vieira da Rocha, estimulando a pesquisa, estudo e avaliação econômica, social e política da potencialidade do Seridó. A Igreja coloca-se na vanguarda na busca de soluções possíveis, ao invés de lamúrias ou condenações sistemáticas. De agora por diante, é só cobrar de quem pode fazer algo.ICMS
Compreendo e valorizo o zelo do servidor público honesto, que arrecada imposto. Todavia, há limites a esse trabalho. No caso do ICMS no Estado algumas ações da fiscalização assemelham-se a atos de caça a terroristas. Os empresários são encarados como indivíduos de alta periculosidade e a ameaça arrogante da “carterada” se repete com freqüência nos balcões das lojas e empresas. Até quando ?Está na hora
Chegou a hora do Estado, Prefeituras e empresários sentarem numa mesa e fixarem regras para a cobrança e pagamento dos impostos. Uns não vivem sem os outros. O Estado precisa arrecadar e a empresa tem que pagar. Da forma como andam as coisas, investir no RN será ato de loucura e passaporte para o enfarte do miocárdio. Salvo, talvez, para alguns... Ou, se o quadro atual for típico de criar dificuldades para em breve vender facilidades...Repercussão
Repercute positivamente no Estado o lançamento da candidatura do empresário Marcantoni Gadelha para a Presidência da Federação do Comércio do RN. Trata-se de nome com larga experiência em órgãos de classe, notória competência e talento para a liderança do comércio estadualParcelamento
A Previdência Social, até 01.03.01, aceitará parcelamento de devedores, pessoas físicas e jurídicas. Algumas vantagens: as parcelas, até 24 meses, são fixas, sem incidência de juros; os contribuintes que já tiveram parcelamento rescindido por mais de uma vez poderão aderir; dispensa de garantia para quem tiver em dia, permitida a emissão de Certidão Positiva de Débito com efeito negativa, para qualquer finalidade; redução de honorários advocatícios de 10% para 5% nos débitos ajuizados e nos débitos administrativos aplicação da multa mais benéfica para o contribuinte.Pagamento
Terça próxima será paga a quarta parcela dos 28.86% e o da segunda e última parcela da devolução do PSS aos funcionários federais.Aposentados
Os servidores federais aposentados há cinco anos ou menos podem voltar à ativa, passando a receber gratificações por desempenho e produtividade. Os interessados devem procurar a unidade de recursos humanos do seu órgão e após o retorno deixam de perceber os proventos da aposentadoria.Rádios
Coluna Publicada aos domingos
nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE
Natal e Mossoró - Rio Grande do Norte
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