Marca Maxmeio

Opinião

  • 23 de Dezembro de 2000

    ÚLTIMO NATAL

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    ÚLTIMO NATAL

    Hoje é o último Natal do século XX. O que significaria este simbolismo para a humanidade? Será o Natal apenas o gesto da lembrança? Ou, mais que isso, também a presença do compromisso com a solidariedade?

    O Natal assemelha-se a luminosidade daquela estrela que orientou os três reis magos do Oriente até Belém de Judéia, a menor das cidades de Judá. Eles receberam a ordem do rei Herodes para irem em busca de um menino, que seria o rei dos judeus. Quando achassem a criança, deveriam comunicar ao monarca. A estrela os guiou e parou no firmamento, exatamente sobre uma humilde estrebaria, onde estava o menino. Relata o livro sagrado: “E, vendo eles a estrela, alegraram-se muito com grande alegria”. Presentearam o recém nascido com ouro, incenso e mirra. Ao dormirem, por revelação divina, sonharam que não deveriam comunicar a Herodes aquele local. E decidiram voltar para a sua terra por outro caminho, fugindo do rei, que inconformado procurou o menino para matá-lo, por considerá-lo concorrente ao seu trono. José, Maria e Jesus fugiram para o Egito e lá ficaram até a morte de Herodes, quando retornaram à terra de Israel.

    Por tudo isto, considero a solidariedade o símbolo dominante no Natal. O que seria de Jesus, sem o ato solidário dos reis magos, descumprindo a ordem do enlouquecido monarca?

    A omissão deforma as relações humanas e é o oposto da solidariedade. O símbolo maior é Pilatos “lavando as mãos”, embora convencido de que Jesus era inocente. Preferiu ouvir as vozes da multidão inconseqüente de vassalos, que gritava e pedia a libertação do salteador Barabás, ao invés de Jesus: “se soltas ele, não és amigo do César. Porque qualquer que se faz rei é contra o César”. César era Pilatos e Jesus, tido como o rei dos Judeus. O povo na praça livre – “mais realista do que o próprio rei” – defendia a continuidade de Pilatos no poder e estimulava o calvário de Jesus. Em termos atuais, tudo na mais absoluta democracia.

    Estes são dois exemplos para reflexão neste último Natal do século. Os desafios atuais dependerão mais de atos firmes, corajosos e apoiados em princípios de solidariedade, do que de certos “monarcas” modernos, preocupados exclusivamente com o IBOPE para obterem  consagração popular, semelhante a Pilatos.

    Os Reis Magos foram solidários porque acreditaram no menino da estrebaria.   O último Natal do século recomenda que o cidadão na construção do seu futuro acredite mais na firmeza das idéias, do que em certas miragens agradáveis, porém transitórias. Até para não ser levado a trocar também, até em nome da liberdade, Jesus por Barabás.

    Natal solidário é o que desejo a você leitor.

     

    ACONTECE

    Preços
    Informe para os pessimistas ou incrédulos no trabalho parlamentar. A recente medida provisória definindo critérios para o aumento de preços remédios é mais uma vitória da CPI dos medicamentos. A verdade é que o bolso do consumidor está mais protegido, depois do relatório geral aprovado na CPI. Sugeri, como relator, todas essas providências, que estão sendo tomadas.  

    Doação
    Para simplificar a doação de órgãos foi editada MP 1959, acabando com o registro do doador feitos nas carteiras de identidade e de motorista. De agora por diante, será válida a autorização ou consulta à família do potencial doador para a retirada de órgãos, tecidos ou partes do corpo. É mais simples que tudo fique nas mãos da família. Está sendo criado, também, cadastro voluntário de doadores da Central Nacional de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos, localizados no Aeroporto Internacionais de Brasília e vinculados ao Sistema Nacional de Transplante.

    Declarações
    Quem desejar fazer prova de tempo de serviço na Previdência com declaração de ex-patrão, o STJ decidiu recentemente que somente serão aceitas aquelas emitidas na época em que o empregado estava trabalhando. A declaração prestada depois da saída do emprego não é mais aceita.

    Marco Maciel
    O Dr. Enélio Petrovich convidou o Vice-Presidente Marco Maciel para proferir palestra no Instituto Histórico e Geográfico do RN, a mais antiga instituição cultural do Estado, no dia 19 de fevereiro sobre tema em aberto. Na ocasião será outorgado ao visitante o título de sócio honorário.

    Livro
    O livro “Anotações do meu caderno” do jornalista Ticiano Duarte, é uma obra de alto nível e absolutamente indispensável para quem deseje conhecer, analisar e estudar a política estadual.

    Serejo
    A presença do escritor e jornalista Vicente Serejo na Academia Norte-rio-grandense de letras engrandece a instituição cultural do Estado.

    CBN
    De segunda a sexta comento fatos da atualidade na rádio CBN-Natal as 9.15 e 17.45 horas. Aos domingos também na CBN, às 10.40 horas, em cadeia estadual, inclusive Libertadora de Mossoró.

    Orçamento
    Dentro das dificuldades do quadro nacional o RN sairá bem no Orçamento da União de 2001. Tudo isto em razão da unidade da bancada federal, acima dos partidos e interesses pessoais.

    Coluna Publicada aos domingos
    nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE
    Natal e Mossoró - Rio Grande do Norte


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