Opinião
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06 de Janeiro de 2001
ATÉ QUANDO?
ATÉ QUANDO?
Não sei exatamente o que é pior em política, se o falso moralismo ou a corrupção. Diria que se assemelham.
Aprendi desde cedo a lição de vida, de que a honestidade não é virtude, mas sim um dever de cidadania.
O século começa com demonstrações de “moralidade pública” na execução do Orçamento da União. Alguém de bom senso pode ser contra gastos excessivos e aplicação correta do dinheiro público? Claro que não.
Exemplo típico do falso moralismo foi a recente luta do Congresso Nacional para aprovar o OGU (Orçamento Geral da União). A nossa bancada, unida, defendeu o Estado. E agora José ? Agora, tudo vai depender da onipotência do Governo Federal. Um homem só, o Ministro de Estado do Planejamento, em recente entrevista, como guardião da moralidade, anunciou decreto presidencial, desfazendo boa parte do que foi aprovado pelo Congresso Nacional.
Se isto ocorre, é porque o texto do Congresso foi imoral. Declarou o Ministro, de alto e bom som, que o Governo só pagará o que tiver receita e cortará o que considerar supérfluo. Na prática, o Executivo cortará o que bem entender. A maioria de dóceis parlamentares, certamente permanecerá bem comportada e de pires na mão como ficou recentemente, quando a Constituição foi ferida de morte com a aprovação da quebra terrorista do sigilo bancário das pessoas, sem ordem judicial, em nome do combate ao Sindicato Nacional da Sonegação, aumento da receita pública e do salário mínimo.
O cinismo de alguns chegou a acusar aqueles que defenderam as liberdades individuais como patrocinadores da sonegação e contra o aumento do mínimo. Dias depois, a canetada de um decreto reconhece que a quebra do sigilo não significará cerca de R$ 6 bi a mais na arrecadação e ainda dá “carão” nos Congressistas, por terem aprovado Orçamento sem receita correta. Das duas uma: alguém mentiu ou foi submisso demais.
Enquanto isto, o cidadão indaga como os romanos: “até quando abusarão da nossa paciência?”. Melhor seria a esta altura, que o Congresso Nacional apenas homologasse o OGU para evitar o desgaste desse papelão perante a Nação. Talvez por isto, a imagem do político brasileiro a cada dia se deteriore mais. Para a felicidade dos governantes e infelicidade de quem, sendo Congressista como eu, é vencido pela maioria...
ACONTECE
Reis Magos
Encerradas ontem as festividades de Santos Reis no bairro do mesmo nome, em Natal. Trata-se de evento obrigatório no calendário religioso e turístico da cidade.Homenagens
Duas homenagens póstumas: ao Dr. Rômulo Wanderley e ao ex-deputado Adjuto Dias. O primeiro, falecia nesta data em 1971. Menino, morando próximo a sua casa no Alecrim, aprendi a admirá-lo pela fidalguia e talento quando escrevia as suas crônicas na imprensa local. O segundo, com quem convivi, faleceu em 1985. Adjuto tinha a fibra da luta política do seridoense. Não temia as dificuldades e as enfrentava com coragem e vontade de vencer.Previsão
Em 2001 a previsão mais pessimista é de que a economia brasileira crescerá 3% e a mais otimista 5%. São boas notícias depois de duas décadas perdidas. Tudo isto não acontece por acaso. É resultado do princípio de que bem estar social só existe com economia estável. O resto é conversa afiada.Prefeitos
Aposentadoria (I)
Aposentadoria (II)
Apelo
Solução
Coluna Publicada aos domingos
nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE
Natal e Mossoró - Rio Grande do Norte
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