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Opinião

  • 05 de Janeiro de 2002

    AGRICULTURA: A SAÍDA

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    AGRICULTURA: A SAÍDA

    A agricultura, mais uma vez, demonstra ser a grande saída brasileira neste século. O setor, isoladamente, contribuiu com quase 20% do saldo positivo alcançado pela nossa balança comercial no ano passado, façanha que não se repetia em nossa economia desde  1994.

    O mundo está carente de alimentos. Os mercados se abrem e as ofertas diminuem, tanto pela falta de prioridade ao setor agrícola nos países em desenvolvimento, quanto pelas catástrofes universais causadas pelo clima, guerras, epidemias etc... Na hora em que a Argentina enfrenta a maior crise econômica e institucional dos últimos tempos, o Brasil alarga as suas fronteiras de exportação agrícola, inclusive no setor de carnes com avanços significativos na África e países do leste europeu.

    O grande obstáculo, todavia, vem das nações ricas do mundo. Elas super protegem a sua agricultura, taxando ou criando  outros tipos de barreira, para quem vem de fora. O Brasil, por exemplo, praticamente não compete com o suco de laranja norte-americano, sendo-nos cobrado mais de 400% de taxas e impostos. Na Europa o quadro se repete, até com mais intensidade. O curioso é que a Organização Mundial do Comércio, criada para garantir o equilíbrio nas relações comerciais internacionais, pouco, ou quase nada, pode fazer para evitar estas proteções, que negam o princípio básico do livre mercado.

    O PROTECIONISMO NA EUROPA

    O candidato à Presidência da República, Luís Inácio Lula da Silva, foi infeliz, quando defendeu recentemente em Paris os subsídios agrícolas dados aos produtores europeus. Ele achou normal proteger os “locais” e afastar os estrangeiros. Na verdade, Lula quis ser um  “nacionalista simplista”, ou seja, deu o “recado” de que devíamos fazer aqui o que eles já fazem lá. Porém, a questão não é tão simples como parece, sendo puro fato econômico e não permite “tiradas” ideológicas ou de mera fraseologia. Os países ricos, quer se queira ou não, colocam-se como os maiores compradores e  detentores da tecnologia que reduz custos e aumenta a produtividade. Justificar o nacionalismo deles em nosso prejuízo é trocar seis por  meia dúzia, na medida em que eles se fecharão e o nosso mercado interno não absorverá a produção nacional.  Resultado inevitável: aumento do déficit público, desemprego, miséria, convulsão social. O grande desafio internacional será organizar em blocos os países potenciais vendedores de produtos agrícolas e negociar a quebra dessas “barreiras”, até com certas concessões  em outras áreas. Cedo ou tarde, as grandes potências mundiais irão ceder. Lá, os alimentos transgênicos são rejeitados e para alimentar-se com produtos naturais à mesa, serão obrigados a comprar os nossos produtos. Chegará à frente nesta corrida, o país que enxergue longe, preparando-se, desde já, para a ampliação do comércio agrícola internacional, sem voluntarismo demagógico e sem  misturar ideologia estatizante com economia livre.

     

    ACONTECE

    Tarcísio
    Faleceu o velho amigo, Tarcísio Monte. Trabalhamos anos, juntos, na Emissora de Educação Rural de Natal e no jornal católico A ORDEM, tudo sob o comando de D. Eugênio Sales, então Arcebispo metropolitano. Tempos bons aqueles e verdadeiros exemplos de vida. Da sexta para o sábado,   amanhecíamos o dia na redação e nas oficinas do Jornal, ao lado de Mariano, excelente profissional gráfico, que acolhia as nossas correções aos textos, manejando o chumbo quente das linotipos antigas. Por volta, das 10 da manhã o jornal era impresso e circulava. Alegria geral.

    O Jornalista
    Sai da ORDEM, em 64. Fui ganhar a vida e estudar no Recife. Tarcísio continuou no “batente”, chefiou a redação e fez um excelente jornal. Em 1966, voltei à Natal como fundador do MDB e candidato à deputado federal. Todos os líderes políticos  locais ficaram na ARENA, partido oficial. A repressão revolucionária estava no auge. Fiel a doutrina liberal, condenei em praça pública a perda de liberdades no país e as prisões arbitrárias. Recebi de Tarcísio apoio público, nas colunas de A ORDEM, condenando jornalistas locais , que com “dedo duro” me denunciavam em suas colunas á época.

    O Juiz
    Passaram-se os anos, Tarcísio abandona o jornalismo e ingressa com brilhantismo na magistratura trabalhista, onde permaneceu até a morte. Conversávamos ultimamente na barbearia de Guedes, ele já sofrido pela doença, mas com mente lúcida. Recordamos muitos fatos de uma amizade e respeito comum que, com a partida dele, se projetará na Eternidade. Perdi   um Amigo. O Estado, um homem de bem.

    Telemar
    Não há como negar o aprimoramento dos serviços de atendimento ao cliente executados pela TELEMAR no Estado. Neste período de verão, lançou plano especial para as casas do litoral, facilitando  acessos rápidos à Internet.

    Martins
    Na última sexta, juntamente com os senadores Fernando Bezerra, José Agripino e o deputado Wober Jr participei da festa de Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Martins com impecável organização do padre Walter Collini, vigário local. O prefeito Marcos Fernandes falou do potencial turístico da “serra”, que já dispõe de hotel e pousadas de bom nível, dois museus municipais e dois “mirantes”, de onde o visitante contempla à distância municípios potiguares e paraibanos e dispõe de excelentes serviços de bar e restaurante. O compromisso político da comitiva foi lutar pelo teleférico de Martins, que permitirá acesso a locais históricos, inclusive áreas antropológicas indicativas da origem do homem panamericano.

    Dia de Reis
    Os três Reis Magos – a marca da cidade de Natal – são festejados hoje no tradicional bairro de Santos Reis e adjacências. É bom recordar que nesta data, em 1598, era iniciada a construção da fortaleza dos Reis Magos.

    Preço
    A nova política de liberação de combustível no país exigirá do consumidor “olho aberto” para descobrir o melhor preço. No mundo de hoje, o Governo faz a sua parte e a sociedade complementa, fiscalizando e exigindo os seus direitos.

    Coluna Publicada aos domingos
    nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE
    Natal e Mossoró - Rio Grande do Norte


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