Opinião
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29 de Janeiro de 2005
NIVELAR POR BAIXO
Li excelente artigo de Cláudio de Moura Castro (VEJA), onde ele aconselha que na educação, como no futebol, existam “olheiros”, para descobrir alunos talentosos e dar-lhes oportunidade. Concordo em gênero, número e grau. O talentoso é aquele tipo que, por exemplo, não apenas sabe usar o computador, mas também como aperfeiçoá-lo.A educação brasileira de hoje incentiva “nivelar por baixo”. Estimula a demagogia da igualdade, sem levar em conta o valor pessoal do aluno, seja de que classe social pertença. Senão vejamos.
Foi implantado o sistema de “ciclos e aprovação automática”, ainda no período FHC. Claro que o sistema de avaliação anterior era perverso. Trocaram por um pior. Ao invés de aprovar o aluno automaticamente, o Governo deveria, durante o ano letivo, garantir o aprendizado, inclusive com “aulas de reforço”, a fim de ajudar os estudantes com dificuldades. A “empurroterapia” aprova, cada vez mais, quem conclui o fundamental sem saber ler, escrever e contar correto. Dizem até ser este um mecanismo de fabricação de estatísticas para elevar os índices de aprovados e facilitar financiamentos internacionais.
Outro absurdo: excluir o inglês como idioma obrigatório no curso de formação de diplomatas no Itamaraty. Meu Deus, que loucura. Há tempos era fundamental falar grego, depois francês. Atualmente, o inglês é a língua universal, quer se goste ou não dos americanos. Na China, o inglês começa a ser obrigatório nas escolas. Como se explica no Brasil, o funcionário especialista em negociar com o resto do mundo ser dispensado do inglês? (!!!!!!).
Outra contribuição para “nivelar por baixo” são as cotas raciais nas Universidades. Começa por humilhar as pessoas de cor. Elas são tão capazes quanto quaisquer outras. A exclusão social não se dá pela cor e sim pela falta de oportunidades. Além do mais, quem no Brasil não descende de africano ou índio ? Muito poucos.
Ampliar oportunidades e buscar talentos, sem olhar a raça, a classe, a origem familiar. Esta deve ser a meta número um. A caça aos talentos na educação, da mesma forma que se faz no futebol, será o meio eficaz de ganhar a Olimpíada da inteligência e do saber. Continuar como está hoje significa “nivelar por baixo”.
Em nome da falsa igualdade prejudica-se o desenvolvimento do país.
Quinta próxima, aniversário de nascimento (1899) do nosso conterrâneo e ex-Presidente da República, João Café Filho. Assumiu a Presidência em 1954 com a morte de Getúlio Vargas. Governou um ano, dois meses e 20 dias.
Ouvi muitas vezes da minha avó paterna, Mafalda (cafeísta radical), a descrição das humilhações e injustiças que ele sofreu em sua terra. Preso e perseguido, chegou a ser exilado em Córdoba, Argentina. Recordo que, por volta de 1955, fui de ônibus, em companhia da minha avó, até as Rocas recepcioná-lo. Ele era Presidente da República. Vinha a Natal inaugurar o prédio do IPASE, na Esplanada Silva Jardim (à época, o mais moderno da cidade). Nunca esqueci a sua fisionomia de alegria, voltando ao bairro das Rocas, onde começara a vida pública. Muitos populares choraram ao meu lado. Até a minha avó.
Aplaudido por uns e odiado por outros. Assim foi Café. Para o RN, ele sempre será o guerreiro político que venceu lá fora e voltou Presidente da República com 55 anos de idade. Até hoje, nenhum norte-rio-grandense o alcançou.
Brasileiros divididos
Pesquisa internacional revela que o Brasil está dividido sobre o futuro da economia: 43% acha que melhora e 43% que piora. Dos 22 países pesquisados, o Brasil é o 12° no “ranking” dos otimistas. A China lidera o otimismo com 88%. O Líbano é o último com 7% de otimistas.
Parlamentares chineses
Recebi, quinta última, na sede do Parlatino em SP, delegação de parlamentares chineses. A Assembléia Nacional da China doou, na ocasião, 300 mil dólares em equipamentos de informática, já liberados no porto de Santos. Em breve, o Parlatino montará sistema de integração com todos os Parlamentos e Governos da América Latina e Caribe. Fiquei impressionado com o nível dos chineses. São incalculáveis as opções de parceria e colaboração com governos e iniciativa privada da América Latina. A exemplo dos europeus e americanos, os políticos (parlamentares) chineses tratam destes assuntos. Fui convidado oficialmente para visitar a China em fevereiro próximo.
Fuzileiro naval
Até 18 de fevereiro estarão abertas as inscrições para preencher vagas (700) no curso de Formação de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil. Exige-se a conclusão do ensino fundamental. Durante o curso, o aluno recebe ajuda de custo e após o curso de 18 semanas, se aprovado, ingressa na carreira militar. Inscrições podem ser feitas através do site www.cgcfn.mar.mil.br , ou na unidade dos Fuzileiros Navais, em Natal.
Justiça federal
A partir de terça-feira, estarão abertas as inscrições, na Justiça Federal, em Mossoró, para vagas de “conciliador” e “estagiário voluntário” (serviço gratuito). “Conciliador” constitui título para os concursos do TRF da 5ª Região. “Estagiário voluntário” habilita o estudante de direito para adquirir experiência jurídica. Inscrições até 15 de fevereiro.
Concurso
Alunos do ensino fundamental das escolas públicas do Rio Grande do Norte e de escolas privadas poderão participar do concurso de cartazes “Viver Feliz sem Drogas”, promovido pela Secretaria Estadual de Educação. O concurso será dividido, para critério de avaliação, em duas categorias: da 1ªa 4ª séries e da 5ª a 8ª séries. Os trabalhos devem ser entregues até o dia 2 de maio de 2005 e a divulgação do resultado no dia 31 de maio. A entrega dos prêmios está prevista para 20 de junho.
Visita
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva virá ao Rio Grande do Norte no próximo mês de março entregar obras e dar ordem de serviço para início da duplicação da BR 101 entre Natal e Recife (PE). Além dessa obra, Lula também vai inaugurar serviços de eletrificação rural, uma clínica de saúde bucal, uma policlínica e o viaduto de Parnamirim.
Cancelamento
Dos 93.660 de CPFs cancelados no Estado, 26.376 são de contribuintes de Mossoró. Os CPFs cancelados pela Receita Federal do Estado são de isentos da contribuição do Imposto de Renda que só teriam que atualizar informações à Receita, mas não fizeram em 2003.
Todas essas pessoas podem reaver o Cadastro de Pessoa Física a qualquer momento, contanto que atualizem as informações na Receita. O procedimento é ir aos Correios ou ao Banco do Brasil e Nossa Agência, pagar R$ 4,50 pelo formulário e atualizar as informações.Publicado em 30.01.2005 nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE.
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