Opinião
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05 de Maio de 2007
CIDADE DO SOL OU DO MEDO?
Somente numa madrugada neste final de semana ocorreram quatro bárbaros homicidios na Grande Natal.Tiroteios e vítimas em duas comemorações no último dia do Trabalho. Panificadoras que antes abriam aos domingos e dias santos, agora fecham as portas. Mais de um condomínio residencial assaltado em plena luz do dia. Seqüestros se sucedem. A morte em recinto aberto de jovem torcedora de futebol, até hoje mal explicada. Nem a Vila Olímpica do ABC foi poupada . Festas e comemorações sobressaltadas pelos bandidos impunes e livres. Ao invés do marginal estar atrás das grades são as famílias que colocam grades nas suas casas. O cidadão preso; e os ladrões soltos. Os carros são roubados com incrível freqüência. As empresas de seguro já aumentam preços para as apólices. O temor se alastra em toda parte. Na porta dos colégios. No restaurante. Na padaria. No banco. Na igreja. Nas casas e apartamentos.Um ponto positivo: a Polícia abortou assalto e sequestro a uma agência do Banco do Brasil em São José de Mipibú.
O mais grave: a população sabe menos da metade do que realmente acontece. A pretexto de não propagar o pânico, a violência é jogada diariamente para debaixo do tapete. Os marginais agem com relativa tranqüilidade. E os cidadãos, intranqüilos.Certamente, pode-se alegar que esse fenômeno é nacional. Sabe-se que sim. Mas em Natal está demais, com propagação para as cidades do interior. Bandidos de outros Estados estão vindo para cá pelas facilidades encontradas. O aumento da violência vem ocorrendo com fatos assustadores.
Afinal, Natal é uma cidade litorânea, o que facilita de certa maneira a estratégia de segurança pública. O policiamento ostensivo pode ser feito com mais facilidade, já que o mar nos protege. O aparato atual é insuficiente.
Triste registrar tal conjuntura. Entretanto, o clamor coletivo impõe que se peçam providências urgentes e eficazes. Não pode continuar como está. Há que se formar um “mutirão” entre Governo do Estado, Prefeitura, sociedade civil, enfim com a ajuda de quem possa colaborar. A Constituição brasileira diz no artigo 144 que “a segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”.
Não podemos deixar que Natal, com as belezas naturais e a tradição de hospitalidade do seu povo, deixe de ser chamada de Cidade do Sol e passe a ser conhecida como a cidade do medo.
PENSO, LOGO DIGO...
O impossível acontece
O oportunismo político chegou ao seu limite máximo. Leia as afirmações a seguir: “Afirmo que o Governo Lula é o mais corrupto da nossa história nacional... Afirmo ser obrigação do Congresso Nacional declarar prontamente o impedimento do Presidente... Desde o primeiro dia de seu mandato o Presidente desrespeitou as instituições republicanas (sic)”. Artigo escrito pelo Sr. Mangabeira Unger, na Folha de São Paulo, 15/11/2005, sob o título “Por fim ao governo Lula”. Este cidadão é o mais novo auxiliar do Presidente Lula, na “Secretaria Especial de Assuntos de Longo Prazo”. Certamente, ao aceitar o convite para ser Ministro, o Sr. Unger tenha obtido do Presidente o compromisso de que, de agora por diante, o Governo respeitará as instituições. Incrível!
Será?
Agora, tudo ou nada. O Presidente Lula pretende liberar quatro áreas de livre comércio no País. O RN tem a melhor posição geográfica para transformar-se num pólo exportador, a partir da construção do aeroporto de São Gonçalo. Isto significará milhares e milhares de empregos e oportunidades. Como acontece em outros Estados – principalmente no Ceará – será que todos se unirão em defesa desse benefício? Ou,...?
Por que?
A cidade de Nova Cruz terá que ser contemplada com um dos CEFET´s (Centro Federal de Educação Tecnológica) previstos para o nosso Estado. Anuncia-se a construção de 150 unidades no País. Nova Cruz é uma cidade pólo do Agreste e já abriga um núcleo avançado da UFRN, que serviria de base física para o novo CEFET. Não se justifica a exclusão. Grande injustiça.
“De grão em grão...”
A propósito de nota publicada em OPINIÃO sobre abuso no serviço autônomo de água e esgoto de Ceará-Mirim, o leitor denuncia que na conta mensal de luz o consumidor é quem paga a postagem da conta no Correio, no valor de R$ 1,50. O preço mínimo para correspondência semelhante é R$ 0,85. A diferença de R$ 0,65 para onde vai? É a prática do “de grão em grão...”.
Danilo Bessa
Um idealista. Convívio excelente. Fomos contemporâneos na Faculdade de Direito em Natal. Deixou marcas de coerência política e ideológica como contribuição às gerações futuras.
Prof. Clovis Gonçalves
Um dos grandes colaboradores na construção da nossa UFRN. Professor de Engenharia atuou em várias áreas no Estado. Respeitado e acatado merece a homenagem póstuma do Rio Grande do Norte.
Publicado nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE.
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