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Opinião

  • 25 de Setembro de 2011

    Crise mundial e o eldorado da Groenlândia

    20110925_opiniao

     

    A economia do mundo está em crise. A Groenlândia é o Eldorado do século XXI. Constatei isto em viagem recente. O repórter que sempre fui indaga e quer saber o que acontece. Aprende-se do taxi, ao museu famoso. Anotei detalhes e análises publicados no blog www.blogdoneylopes.com.br . Resumo neste artigo.

    Antes de embarcar, em Londres percebi o temor de colapso do “euro”. Um executivo disse que a Inglaterra não aderiu ao euro, pelo fato da Alemanha ter exigido o Banco Central Europeu em Frankfurt. Prevaleceram as “rixas”. No museu britânico ouvi de um visitante, que aquele era “o museu das peças roubadas do mundo todo. Só não trouxeram as pirâmides do Egito, por ter sido impossível transportá-las”! No navio “Crown Princess” parti com Abigail para a mesma travessia que faria o “Tiranic”, passando pela Groenlândia até Nova York. Duas semanas. Verdadeira aventura no mar. Resolvi enfrentá-la. Um amigo advertiu do risco de “tsunamis”. Disse-lhe que “tsunamis”, sem vento e água, ocorriam no RN, onde não existiam bússolas para detectar a tempo o perigo. Um mito essa história de que navio balança muito. Depende do clima. O sonho era ver a “Aurora Boreal” no pólo Norte, espetáculo natural de luzes coloridas e brilhantes no céu. Não vimos. Depende da temperatura;. 

    A Islândia foi até 2008 o país de melhor qualidade vida do mundo, com 0.3% de desemprego. Hoje 15%.  Visitamos as cidades de Akureyri, onde o quilo de filé custa U$ 30.00 (quase 60 reais) e a capital  Reykjavik, que tem praia aquecida e cujo segredo foi a sua posição estratégica no mar do Norte, que serviu de apoio na II Guerra Mundial. O mesmo ocorreu com Halifax, no Canadá, onde também estivemos, atualmente com porto e área de livre comércio, por estar situada na “ponta norte” do atlântico, igualmente ao “Grande Natal”, que é  localizado na “ponta sul” do atlântico. Lá aproveitaram a oportunidade. Aqui, não. Limitam-se a um aeroporto, sem uma macro estratégia econômica de transformação num “polo exportador e turístico” (área livre somando vários municipios), como ocorreu em Halifax e Reykjavik. Não adianta falar mais nesse assunto. Há verdadeiros “deuses” que cuidam de tudo. Sou apenas um pequeno mortal desinformado e até acusado de não “desencarnar”! Deixa prá lá. Choro por ti RN! Ou o mundo está totalmente errado, ou um dia aqui verão quem tem razão.

    Chegamos a Nuuk, capital da Groenlândia – a maior ilha não continental do planeta - , país que se libertou da Dinamarca em 2009. A população é de 16 mil pessoas, menor do que a de Caicó. Conhecendo o semiárido nordestino tinha a curiosidade de saber como viviam os groenlandeses, com casas em cima de rochas vulcânicas e temperaturas de 30º abaixo de zero. A expectativa era ver uma aldeia, no meio de geleiras. Nada disto. Estavámos em cidade do primeiro mundo. Com 10º acima, andamos, sem virar “picolé”. A diferença de fuso-horário para Natal, apenas uma hora a menos. Trafegam cerca de de dez taxis; quatro hotéis quatro estrelas; dois bancos. No país, média de 50 veículos para cada mil habitantes; menos de dez semáforos nas ruas. Somados às cidades vizinhas, 30 mil cães para puxar trenós, exigida carteira de habilitação para conduzi-los.

    Nuuk é a “metrópole do ártico”. Dispõe de universidade, estradas asfaltadas, instituições culturais e de pesquisa, piscinas públicas aquecidas, prática de esportes, times de futebol, restaurantes cafés, supermercados e rede de assistência social à população. A Groenlândia em pouco tempo será a “Arábia Saudita gelada”. As reservas de petróleo (sem falar no ouro, ferro e outros minérios), estimadas em 48 bilhões de barris, são quase quatro vezes maiores do que as do pré-sal brasileiro. A elevação da temperatura no Ártico faz subir o nível do mar e coloca o mundo em perigo. Por outro lado, abre as portas  abre as portas do progresso à Groenlândiia.  As reservas ficam mais fáceis de exploração. A cada dia chegam imigrantes, sobretudo chineses.

    Perguntei-me como alguém vive naquele isolamento. A resposta é que lá está o Eldorado do século XXI, com tesouros inexplorados! Por tal motivo, as grandes potências estão de “olho”. Por que os Estados Unidos têm uma base no país e Hilary Clinnton visitou Nuuk, já duas vezes neste ano? Responda quem puder!

    Leia também "o blog do Ney Lopes":
    www.blogdoneylopes.com.br

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    Ney Lopes – Jornalista; advogado, professor
    de direito constitucional e ex-deputado federal.

    Publicado aos domingos nos jornais
    DIÁRIO DE NATAL e GAZETA DO OESTE
    Natal e Mossoró - Rio Grande do Norte


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