Opinião
-
30 de Dezembro de 2006
O ÚLTIMO DIA DO TEMPO...
Hoje, o último dia do ano, que “é o último dia do tempo. O último dia do tempo não é o último dia de tudo. Outros dias virão” (Drumond).
Amanhã, 2007. Quantas alegrias desejaria que fossem perpetuadas. Quantas tristezas e o desejo de sepultá-las. Persistirá a incerteza. O que virá e o que poderá ser evitado no futuro?
Momento propício para refletir, auto-exame e recordações. Misturado ao som das harpas e dos shofars - aquele instrumento de som mais antigo da humanidade, usado pelos judeus, na entrada do ano novo judaico -renovo a confiança de que hoje não será o último dia de tudo. Até porque tudo é a soma de conquistas, derrotas, experiência e, também, do amanhã. Sou muito grato a Deus. Em alguns momentos, temo explorar o Criador, pedindo-lhe demais, ou queixando-me de algo. Já recebi muitas bênçãos. Para mim e para a minha família. É essa a reflexão penitente que faço neste final de ano. Há momentos de desânimo, sem dúvida. Por exemplo, a dor das “tocaias” armadas na estrada da vida, que surpreendem, ferem e magoam... E o mais grave: premiam a ingratidão. Mas, o que fazer?
Quando a angústia ameaça chegar, busco a alternativa de sentir profundamente, com ternura e paciência, o nascer de um novo dia. Sou fã número um do enternecedor amanhecer. “Manhã, tão bonita manhã; na vida uma nova canção” (Antonio Maria).Muitas vezes, estava na praia de Jacumã e observava a claridade alaranjada da aurora iluminando, com raios intermitentes, as águas buliçosas das marés, em suas idas e vindas diárias. Em certas ocasiões, brumas cinzentas escondiam as chamadas “chuvas de verão”. Noutras, o escarlate da estrela solar anunciava que as dores da madrugada seriam substituídas por um dia luminoso. Seja qual for o prenúncio de paisagem, um novo dia sempre me traz paz. Porque o roqueiro Sérgio Brito (Titãs) tem razão, ao cantar: “quando não houver saída; quando não houver mais solução; ainda há de haver saída... ainda há de haver esperança; em cada um de nós, algo de uma criança”.
A vida é um jardim, em que nós não podemos esquecer de regá-lo. O próprio Eclesiastes disse que “não há nada de novo sob o sol”. Um dos segredos de viver é a persistência em tudo que se faz.
Amanhã, começará 2007. Desafios de toda espécie. Como político, senti o peso do insucesso eleitoral recente. Isso não reduz o desejo de continuar, com força total, na vida pública do Rio Grande do Norte. Tudo dependerá de ser ou não convocado pelo povo. Cumpri o meu dever. Como citei no discurso de despedida na Câmara dos Deputados, sempre segui aquela advertência do escravo, que segurava a coroa de louros na cabeça do general romano vitorioso, dizendo-lhe, incessantemente, ao seu ouvido, durante o "triunfo", na entrada dos muros de Roma: "Não te esqueças que és humano". Ganhei muitas eleições. Nunca esqueci que a minha principal missão era ser humano em todos os momentos dos sucessivos mandatos exercidos. E fui.
Feliz Ano Novo, meu caro leitor.
O Rio Grande do Norte perdeu dois símbolos de tenacidade e persistência, cada um na sua área de trabalho.
Vicente Flor. Criativo, trabalhador e competente, marcou época nas ligações rodoviárias interurbanas do Estado. Merece todas as homenagens póstumas.
Rui Paiva. Nascido em Pau dos Ferros, foi em vida símbolo de cidadão honrado, desportista e diplomata nas relações sociais. O América Futebol Clube deve muito ao seu arrojo como dirigente, torcedor e, sobretudo, ao amor demonstrado ao clube, maior até do que à sua família, como gostava de repetir.Natal em Natal
Sempre defendi o “Natal em Natal”, com dimensões semelhantes ou maiores do que, por exemplo, a Paixão de Cristo, em Nova Jerusalém, PE. Este ano, finalmente, houve avanços da PMN. Do ponto de vista cultural, o Auto de Natal excedeu as expectativas, com o texto do escritor Nei Leandro de Castro e a direção geral de Lenício Queroga. Trabalho de alto nível.O Natal nos bairros
A amplitude do “Natal em Natal” – em minha opinião – somente será alcançada quando as comemorações atingirem os bairros da cidade, nas zonas Norte, Leste e Oeste. Não pode ser apenas a zona Sul, como foi. Os outros habitantes também “são filhos de Deus”.Antonio Soares
Homenageio a memória do meu velho professor de Direito, Dr. Antonio Soares, açuense, da Academia Norte-Riograndense de Letras, com a transcrição do final do seu poema “Ano Novo”, dedicado à filha Vicentina e ao genro Hildson: “E a paz virá, perene e universal; se com boa-vontade ouviu a Terra; O “Glória a Deus” da noite de Natal”.Homenagem à Dimensione
Há 10 anos um empresário italiano - Mario Tinocolantonio - acreditou no potencial turístico de Natal. Ele foi o pioneiro. Mantém durante todo esse tempo vôo regular de Milão para a nossa cidade e aqui adquiriu o Beach Resort, em Ponta Negra Trata-se da operadora Dimensione Turismo, uma empresa que merece ser incentivada. O gerente local é Marcio Luis.Aplausos
Publicado em 31.12.2006 nos jornais O POTI e GAZETA DO OESTE.
Merece aplausos a competência demonstrada pelo Juiz da Segunda Vara do Trabalho de Mossóró, Dr. José Dario de Aguiar Filho, no encaminhamento do caso de arrematação judicial da Maysa, empresa símbolo da região oestena. O magistrado busca preservar os interesses da justiça, dos empregados e da atividade empresarial estadual. Sugere, inclusive, a inteligente solução da alienação judicial, ao invés de leilão, que é alternativa inovadora e benéfica para os credores trabalhistas.
Notice: Undefined variable: categoria in /home/neylopescom/public_html/noticia.php on line 42
Notice: Trying to get property of non-object in /home/neylopescom/public_html/noticia.php on line 42
Notice: Undefined index: pagina in /home/neylopescom/public_html/noticia.php on line 42
Notice: Undefined variable: totalPaginas in /home/neylopescom/public_html/noticia.php on line 42
Notice: Undefined offset: 1 in /home/neylopescom/public_html/restrito/incs/funcoes.php on line 618