Marca Maxmeio

Notas de viagem

  • 24 de Março de 2013

    Aventura na Polinésia (Pacífico sul) & Nova Zelândia & Bali & Malásia & Austrália

    viagem-19-03-2013 

     

     

     

     

     

     

    Aventura na Polinésia (Pacífico sul)
    & Nova Zelândia & Bali & Malásia & Austrália

    Período: 28.01.13/06.03.13

    Apenas para recordar: notas de viagem

     Ney Lopes & Abigail

     

    O início

    A viagem começou com os péssimos serviços da TAM no trecho Natal/Santiago, 28. Quem viajar na TAM trate de levar comida na bolsa. Não servem mais nem suco de laranja e café. Só água e Coca. Mesmo assim, com escassas garrafas de Coca. Pede-se e não tem mais disponível.

    Até na Executiva, no trecho SP/Santiago, o mesmo nível de decadência. Cardápio pobre, sem opções etc... Enfim, o caos.

    A causa seria o monopólio dos sócios chilenos da LAN, que o governo brasileiro permitiu?

    A propósito é vergonhoso assistir a decadência da aviação comercial brasileira, hoje dependente dos chilenos (e humilhada).

     

    Santiago

    Chegando a Santiago, pouco depois da meia noite, o embarque no mesmo dia 29, às 22 horas, para Auckland, Nova Zelândia, com bilhete QANTAS, em equipamento – Airbus 340 – 300 - da LAN (empresas associadas). Serviço muito bom. A bolsinha de toillete com marca e produtos Salvatore Ferragamo. Permitido acrescentar milhagens ao cartão TAM, pois o voo foi em equipamento da LAN, hoje empresa associada a TAM.

    Com duração de 12 horas e diferença de fuso de 16 horas para mais, não existe o exagero de voo longo e cansativo (Santiago-Auckland). Apenas, 15 minutos além do tempo gasto no trecho SP-Frankfurt e/ou Paris. Na volta, favorecido pelos ventos, o voo procedente de Sydney foi de 11 horas e 10 minutos, apenas.

    Viagem tranquila, normal e sem cansaço. Semelhante à travessia do Atlântico para a Europa.

    Caso deseje pernoitar em Santiago recomenda-se o hotel “Holiday Inn”, em frente ao aeroporto (U$ 240.00 com café, Internet livre e “later check out” até horas antes do embarque).

    Muito ruim e burocrático o desembarque em Santiago. Fila enorme e todas as malas passando no Raio X. Não é por amostragem. São todas as malas vistoriadas.

    Tendo que passar o dia aguardando o embarque à noite, a “dica” é pegar um ônibus, em frente ao Hotel. Com U$ 3.00 por pessoa vai-se ao centro de Santiago. A parada final do ônibus é na localidade “Los Heroes” (5 minutos do centro, do Mercado Público). Na volta saída do mesmo local e o mesmo preço. Há ônibus de 15 em 15 minutos. Observe-se que ir ao centro de táxi custa em torno de U$ 40,00.

    O ônibus sai do piso em frente ao Hotel, no aeroporto. Na volta, o desembarque é no piso acima, sendo possível descer por elevador e chegar ao Hotel fácil.

    No bairro “Los Heroes” toma-se um taxi, a preço razoável, com várias opções de passeio. Uma delas é ir ao shopping “Arauto”, que passou por grande reforma.  Em seguida almoçar no Mercado Público, no restaurante “Augusto” ou “El Galéon”. Depois, de taxi, voltar a “Los Heroes” para tomar o ônibus.

    Muita recomendação na área do mercado público de Santiago. Verdadeiro pânico das pessoas, temendo assalto.

    O restaurante Augusto” fica no centro do Mercado, em espaço aberto. O cardápio com “ceviche de corvina”. Dos deuses! Prato principal: “corvina a La plancha”. Tudo com vinho branco chileno (garrafa pequena). O “pisco sour” é especialidade. Preço total do casal, cerca de 35 dólares. Comida boa e preço ainda melhor no mercado.

    Muito útil (econômico) o uso durante a viagem da ligação telefônica gratuita do I-Phone para o Brasil, no sistema Viber. Boa alternativa para comunicação. Funcionou em todo o percurso.

    PS. Todo mundo em Santiago com quem estivemos perguntou por que os meus netos João, Carol e Helô não vieram dessa vez...(!!!)

     

    O pulo no tempo. Um dia perdido

    Viajar à Polinésia e Oceania, partindo da América do Sul, significa dá um “pulo” no tempo, em razão do vai e vem do fuso horário, após a ultrapassagem da linha internacional da data.

    O dia 30 de janeiro de 2013 (quarta feira) não existiu para Abigail e Ney. Saindo na noite da terça, 29, de Santiago, após um voo de 12 horas, a chegada ocorreu em AUCKLAND, já no dia 31, às 4 da manhã. Portanto, um dia perdido.

     

    Nova Zelândia, um país da Polinésia.

    (Permanência de 31.01.13 a 03.02.13)

    Nova Zelândia é um dos arquipélagos da Polinésia, formado por duas grandes ilhas - a do Norte e a do Sul -, além de outras menores. Tem como símbolo nacional uma ave sem asas, chamada “kiwis”, que só existe lá. Foi pioneiro no mundo a permitir o voto universal às mulheres. Desde o final do século XIX oferece ensino obrigatório e gratuito à população. O sistema de previdência social serve de exemplo global, assegurando assistência à saúde e aposentadoria.

     

    Auckland, melhor qualidade de vida do planeta

    Auckland é a maior cidade do país; a quarta em extensão do mundo e – segundo classificação de dezembro de 2012 – ao lado de Viena e Zurique, uma das melhores qualidade de vida do planeta. A capital neozelandesa fica em Wellington.

    A população de Auckland vive em cima de 50 vulcões, todos inativos e monitorados constantemente por cientistas. Cidade moderna e ao mesmo tempo tranquila. Fora da região central tem a aparência de localidade do interior. Prédios altos se limitam ao centro e o restante parece enorme subúrbio, com casas, parques e população de mais de um milhão de habitantes.

    Auckland é conhecida como "A cidade das Velas", em razão da prática de esportes náuticos, em especial a vela, com a maior concentração per capita de barcos do planeta. Realiza-se anualmente, de outubro a março, a "copa" internacional da vela, a “America's Cup”, que reúne a elite mundial da modalidade.  

    No desembarque, muita fiscalização. Todavia, todos os funcionários extremamente atenciosos. Aeroporto amplo e moderno. A distancia para o centro é de 20 km. Aconselha-se usar o “shouttle” com preço de U$ 20 dólares locais, por pessoa. O taxi seriam U$ 70 dólares.

    A cotação do dólar neozelandês é próxima ao dólar americano. Um dólar americano vale 1.13 dólares neozelandeses. Recomenda-se não fazer cambio no aeroporto, onde é cobrada comissão de até 10%. Nas ruas muitas casas de cambio concorrem entre si, não cobram comissão e oferecem melhores cotações.

    Já havíamos visitado Auckland em 1992. A cidade cresceu muito.

    Dessa vez, o hotel reservado foi o “Sky city Grand Hotel”, que fica no complexo ao lado da “Sky Tower”, uma torre de 328 m (mais alta que a Torre Eiffel), inaugurada em 1997, de onde se tem a vista mais bonita da cidade. Na Torre, além do observatório, há o restaurante “Orbit”, cujo ambiente completa um giro de 360 graus a cada 60 minutos.

    O “Sky city Grand Hotel”, ao lado da Torre, permite acesso através do quinto piso ao “Sky Cassino” de Auckland, luxuoso e espaçoso, similar aos de Las Vegas. No Sky Casino, a única proibição de apostas é o Jogo do Bicho. Todos os outros tipos de jogatina são permitidos, tais como, a tradicional "fézinha" em Roletas, Black Jacks, Máquinas de Poker, Loto, nos Cavalos, e até mesmo em Corridas de Cachorro.

    Na roleta, a aposta mínima de U$ 2.50 dólares. O mais recomendável é passar longe das mesas para resistir às tentações.

    A primeira visita foi à área portuária da cidade (Harbour), onde atracam os cruzeiros. Muito movimentada. Percebe-se que Auckland se moderniza, mantendo intacto o seu passado urbanístico, preservados os edifícios da era colonial, todos restaurados. Não parece assentar-se sobre crateras de vulcões extintos, hoje aproveitados para zonas de lazer. O mais alto e espetacular deles é o Mt Eden e a One Tree Hill. O último dos vulcões da cidade a entrar em erupção fazem apenas 600 anos.

    Registro especial para o primeiro almoço da viagem em restaurante agradabilíssimo, no “harbour” (porto), com vista privilegiada do Pacífico. O local lembra a bela cidade de Halifax, no Canadá. Serviços e comida impecáveis, no restaurante “Harbourside” (frutos do mar) – www.harboursiderestaurant.co.nz. Vale a pena acessar o site indicado.

    Extrema gentileza no atendimento do gerente Emilie. Encantam os olhos as ostras grandes e suculentas, cobertas de gelo, com o garçom explicando detalhes de suas origens no mar da Tasmânia, degustadas a gosto, com sal e limão.

    A Nova Zelândia é conhecida pela qualidade dos vinhos, sobretudo brancos.  A produção pequena rivaliza com a Austrália.

    Por indicação de Emilie, o gerente, degustamos “Kumen river Pinot Gris”, safra 2010, vinho branco, demisec, de sabor inigualável. Nem seco, nem doce e pouco frutado.

    Como prato principal, um pescado local do mar da Tasmânia, “John Dory”, suculento, grelhado, acompanhado de croquetes de salmão deliciosos, “favas beens” (a nossa fava natural bem temperada) e batata rôsti.

    Seguindo o mesmo costume que constatamos na Austrália há anos passados, alguns restaurantes neozelandeses permitem que o cliente leve a sua própria garrafa de bebida, pagando uma pequena taxa, entre cinco e dez dólares neozelandeses. A permissão é sinalizada através de indicativo à entrada, com a sigla B.Y.O. ("Bring Your Own", "traga o seu" em português).

    À frente do restaurante chegava um transatlântico da Royal Caribbean. Era o “Radiance of the seas”, navio que fizemos cruzeiro no golfo pérsico, em 2010.

    O restaurante “Harbourside” fica em frente a “Queen street”, rua que concentra o comércio local. Tive a primeira decepção da viagem na “Queen st”, ao tentar comprar refil para uma caneta Mont Blanc que ostentava no bolso e havia recebido de presente no Brasil. A atendente verificou a falsificação da caneta. Não cabia o refil legítimo.

    Um detalhe na Nova Zelândia é perceber ao lado dos letreiros em inglês, inscrições na língua dos descobridores da nação - o maori -, o idioma oficial. Aotearoa, por exemplo, é o nome maori para a Nova Zelândia e significa "terra das longas nuvens brancas".

    Entre os museus da cidade destacam-se o Museu de Auckland, exibindo uma completíssima coleção de cultura e objetos maoríes (os nativos) e o Museu Marítimo de Hobsom Wharf, situado frente ao mar, explorando mais de mil anos da história marinheira de Nova Zelândia.

    Um programa imperdível é subir a Torre do Sky Tower, ao lado do hotel e ter uma visão de 360 graus da cidade. Sobe-se no elevador panorâmico. Caso o turista se sinta cansado do elevador, poderá “pular” da torre pelo lado de fora, num perigoso Bungy Jump (escorrega em uma corda, semelhante a cabo de aço).

    Arrepia assistir as aventuras da “queda livre” de alguns jovens e até de mais velhos...

    É como ir a Roma e não ver o Papa deixar de comer no Restaurante Orbit Rotativo, situado no 53 º andar – o topo da Sky Tower -, a 190 metros acima do solo para girar durante a refeição, sem levantar da mesa, nem enjoar. Preço médio dos pratos de U$ 30.00.

    Fechada com “chave de ouro” a estadia em Auckland, com o happy hour no restaurante a beira mar Habour side, o local do almoço na chegada. Aplicado o refrão de que “quem gosta volta”.

    À beira do pacífico, a cidade-ilha adormecia, com os últimos raios de sol no horizonte, embora já fosse mais de 20 horas (hora de verão local).  Apreciando os encantos místicos e as belezas naturais neozelandesas, vem à lembrança o verso de Manuel Bandeira: “O crepúsculo cai, tão manso e benfazejo, que me adoça o pesar de estar em terra estranha”.

     

    Novo pulo no tempo. Saída hoje e chegada ontem!

    Novo pulo no tempo!

    A quarta feira, 29 de janeiro, perdida na viagem de Santiago à Auckland é recuperada após o voo de apenas cinco (5) horas, entre Auckland e Papeete, a capital do Tahiti, na Polinésia Francesa.

    O avião da empresa AIR TAHITI NUI (Airbus 340) decolou de Auckland às 17 horas do domingo, 3 de fevereiro e pousou em Papeete, às 22 horas do sábado, 2 de fevereiro.

    Significa a saída hoje e a chegada ontem!

    Incrível, mas verdadeiro, esse recuo no tempo, em razão da ultrapassagem da linha da data internacional. Dependendo da direção geográfica, ou se perde um dia, ou se ganha um dia.

     

    O que é, afinal, a linha internacional da data?

    Trata-se de uma convenção entre países de mais de 100 anos, pela qual uma linha imaginária é representada pelo meridiano oposto ao Meridiano de Greenwich e que atravessa o Oceano Pacífico separando o mundo em dois: a leste é um dia a menos do que a oeste dela. Ao cruzá-la ocorre mudança obrigatória de data.

    Ou seja, quando nos países localizados a oeste (Japão por ex.) da linha internacional de data, for dia 4, nos países localizados a leste (Américas, por ex.) da linha internacional de data, será dia 3.

    O horário continuará praticamente o mesmo (respeitando-se os fusos).

    Antes do século XIX, a hora era um fenômeno local. Cada cidade marcava a sua hora oficial. Os viajantes acertavam constantemente os seus relógios quando chegavam às novas localidades.

    Na história de Júlio Verne -“Volta ao Mundo em 80 Dias” - um aventureiro resolve dar a volta ao mundo em 80 dias e utiliza essa diferença de data para ganhar um dia na maratona. Total ilusão!

     

    Polinésia Francesa: Papeete e arredores

    (De 02 a 04 e de 06 a 07 de fevereiro de 2013)

    O Airbus da AIR TAHITI NUI pousa em Papeete (fuso de 7 horas a menos do Brasil), capital da ilha de Tahiti. Chovia um pouco, o que é comum neste período do ano, aumentando a umidade que chega aos 80%.

    Uma curiosidade inicial foi saber como os nativos pronunciam o nome da capital do Tahiti. A pronuncia deles é “Papêétê”, com sílaba tônica no primeiro "e". Seguem a regra do idioma francês.

    Desembarque sem problemas. Todos os passageiros recebem à entrada do saguão uma flor branca nativa e perfumada (as mulheres usam atrás da orelha), simbolizando a hospitalidade local, enquanto grupo folclórico canta e executa músicas polinésias.

    Instalações simples do Aeroporto Internacional de Faaa. Não há “sanfonas”. O passageiro desembarca já próximo a esteira de bagagens. Formulários são preenchidos a bordo e simplesmente entregues à Polícia, sem delongas, recebendo o visitante a advertência de que guarde o “visto” de saída (uma pequena etiqueta).

    O ponto negativo em Papeete é a inexistência de terminal de embarque e desembarque para os navios que aportam à ilha. Para embarque a situação é precaríssima. Os passageiros se amontoam no prédio da prefeitura local, horas e horas, sem nenhum conforto.

    Outra prova do despreparo de Papeete para o turismo é que as lojas oferecem um desconto na compra de pérolas negras e exigem que no embarque a “alfândega” carimbe a nota fiscal, sob pena de perda. Acontece que nenhum funcionário no embarque sequer sabia desse incentivo fiscal, nem a alfândega estava presente.

    Tahiti é a ilha-símbolo da Polinésia Francesa, do tamanho da Europa Ocidental, dividida em 13 comunas (espécies de municípios), sendo a principal delas Papeete. Atribui-se a denominação Tahiti ao explorador britânico James Cook, que visitou a ilha várias vezes no século XVIII. Os taitianos são majoritariamente cristãos, como resultado da presença de missionários na região.

    Logo na chegada nota-se o elevado custo de vida no Tahiti. Tudo caríssimo. O taxi é “objeto de luxo” em Papeete. Numa distância de menos de 10 km para chegar ao Hotel Meridien, o preço tabelado (sem taxímetro) é de U$ 50 dólares americanos (cambio de 81 francos – a moeda local – para cada dólar).

    O restaurante “Cocos” tem bonitas instalações à beira da praia, porém os preços são astronômicos. Refeição sem bebida e entrada fica em torno de 40/45 dólares por pessoa.

    Outro detalhe no Tahiti é a péssima qualidade dos serviços. Por exemplo: o restaurante “Cocos”, uma e meia da tarde de um domingo, já esgotara no cardápio todas as opções (aliás, escassas) e oferecia aos clientes apenas peixe e pato. Solicitado um “taxi” ao final da refeição chega a informação de que a maioria dos taxistas não trabalha aos domingos e a alternativa seria ir a pé para o Hotel no sol causticante de 30 graus a sombra. A salvação foi a gentileza do asiático, gerente do restaurante, que transportou os visitantes em seu próprio carro e no percurso lamentou os serviços locais de má qualidade, embora considerada uma cidade turística.

    O brasileiro deve exclamar que é “feliz e não sabia”.....

    Os “guias” alardeiam o mercado público de Papeete como centro de artesanatos. Pura fantasia! O mercado é sofrível, até na falta de limpeza. Nada que se possa apreciar. Frutas e comidas no chão e bancas de peças artesanais sem nenhuma qualidade. Nas cercanias há lojas que vendem pérolas negras e dão certificado de garantia. Preços elevados.

    O Hotel Intercontinental, cinco estrelas, está a minutos do aeroporto e próximo do centro de Papeete, além de outros. Já o Meridien localiza-se cerca de 30 minutos de Papeete, na “comuna” Pumaauia, o que encarece a estadia. Um taxi para o centro da cidade fica quase 80 dólares (ida e volta).

    Muito pratica e gentil a recepção do Hotel Meridien, situado em local encantador, cercado de montanhas, piscinas, lagos artificiais, jardins, árvores e praia. Em menos de cinco minutos, o hóspede chega ao apartamento. Conjunto arquitetônico de rara beleza.

    Dispõe de dois tipos de apartamentos. Os “bangalôs” construídos dentro d’água, a beira mar, com acesso através de trapiche. Ficam um pouco distantes da recepção e dos serviços do hotel. Além dos “bangalôs”, os apartamentos com varanda, à frente do jardim. Os primeiros mais caros cerca de U$ 150 dólares. Muito curioso o detalhe da piscina a beira da praia, com piso natural de areias brancas. Não há revestimento de azulejo. A água (doce) vem de poço subterrâneo.

    As pessoas tomam banho de mar ao redor e embaixo dos “bangalôs”, todos eles habitados por hóspedes. Os apartamentos oferecem total estrutura de hospedagem e em nada poluem as águas. No Brasil, as restrições “ambientais” impedem hotéis desse tipo.

    O detalhe negativo é o fechamento da “conta” no dia em que chegam “cruzeiros”. A recepção é invadida cedinho pelos que desembarcaram e gera alvoroço. Os que irão embarcar estão saindo. A gerência exige a entrega do apartamento às 9.30 hs e por condescendência às 11. O gerente Nicolas, muito simpático, morou um ano no Brasil e trata muito bem os brasileiros. Quem não comprou traslado fica sem taxi, com risco de perder o cruzeiro. A recepção informa que, pelo congestionamento de visitantes, não há taxis disponíveis na cidade. A salvação foi a cautela de ter solicitado o cartão de um motorista com quem fizera um “tour”, de nome “Dona” (celular 730 444). Ele atendeu a chamada telefônica e veio ao Meridien imediatamente fazer o traslado.

    Uma viagem sem guias tem que ser “gerenciada” para solucionar situações com esta.

    Em Papeete, a “dica” é o turista comprar previamente o seu traslado do hotel para o embarque, no dia do cruzeiro, ou acertar com um taxista. Se o navio sair mais tarde, talvez valha mais uma diária no Hotel (ou meia diária) para evitar o transtorno de deixar os quartos às 9 da manhã e ficar ao relento.

    Próximo ao Meridien há o supermercado “Tamanu” (lado esquerdo da saída do Hotel), aberto 24 horas, onde o hóspede “previdente” reduz custos, adquirindo produtos de primeira qualidade (bebidas, sanduiches etc...) para consumo no apartamento. A propósito de bebida alcoólica, no Tahiti é proibida a venda aos domingos. O gerente do supermercado, após apelo, rendeu-se ao “jeitinho brasileiro” e burlou a lei.

    Papeete é uma cidade com população de cerca de 50 mil habitantes. Deixa boa impressão no seu visual externo pelas ruas largas, tuneis, “free way” de acesso, áreas residencial, comercial e beira mar. O ponto negativo é o trânsito caótico, fervilhando de carros e os ônibus lotados no estilo “jardineira”.

    Nas “comunas” (municípios) ao redor de Papeete, as atrações começam pelas deslumbrantes praias cercadas de pequenas ilhas e rochas de formação vulcânica próximas à costa, curiosamente cobertas de vegetação. São comuns as espécies de pequenas lagunas na beira da praia, protegidas por recifes com águas rasas, de cores azuis turquesa e esmeralda, refletindo os raios do sol, que se cruzam e cintilam como fogos de artifício. Algumas praias têm o mar revolto para a prática do surfe. Outras formam verdadeiras piscinas.

    A beleza natural desponta, ainda, em pontos turísticos, com cascatas nativas. Local pitoresco é a gruta preferida do pintor francês Paul Gauguin, na qual ele se banhava e tomava vinho. Gauguin morou na ilha e pintou quadros com inspiração nas alegorias da natureza, o cenário primitivo e luminoso da região. Faleceu na Polinésia francesa.

    Outra atração é um belíssimo jardim botânico a beira mar, onde realçam as flores de lótus e as gardênias tahitensis, tradição do Tahiti, distribuídas na chegada ao aeroporto.

    A “flor de Lótus” é uma planta aquática cultivada sob o lodo da água para simbolizar os desejos carnais. Ela tem várias cores (vermelha, rosa, branca, azul) com significados diferentes, sempre associadas à elevação espiritual e a pureza.

    Próximo a Papeete, uma praia de “surfe” com ondas gigantes oferece o espetáculo do choque da água com as rochas de origem vulcânica, provocando potentes jatos que banham os visitantes mais audaciosos.

    Entre os serviços privados para “tour” na ilha está o mini-bus do nativo William Leeteg (fone 77 2003 – P.O. Box 6719 Faaa-Tahiti – www.adv-eagletour.comeagletourguide@gmail.com). Preço médio de 50 dólares, por pessoa (4 horas).

     

    Diferença entre a Polinésia e a Polinésia Francesa

    O Tahiti aparece como sinônimo geográfico da Polinésia. Mas não é.

    Uma coisa é o vasto território da Polinésia, outra o Tahiti, que compõe apenas a chamada Polinésia francesa (ou ilhas da sociedade).

    Denomina-se Polinésia, um amplo conjunto de ilhas no Oceano Pacífico, com quase 300 milhões km2 de área e 5 milhões de habitantes, em cujo território estão Havaí, Polinésia francesa, Samoa, Cook, Marquesas, Páscoa e outras.

    A conhecida Polinésia francesa abrange 118 ilhas, distribuídas em cinco arquipélagos do território da Polinésia, com cinco milhões de quilômetros quadrados. O arquipélago mais importante é integrado pelas 14 ilhas da “Sociedade”, onde se localizam o Tahiti e a capital Papeete.

    Na Polinésia francesa estão às ilhas Marquesas, Tuamotu, Gambier, Austrais e as “ilhas da Sociedade” (também denominadas Polinésia francesa, onde se localizam Tahiti, capital Pepeete; Moorea; Bora Bora e outras).

    Internacionalmente, o Tahiti e Papeete simbolizam a porta de entrada de toda a Polinésia.

    As ilhas da Polinésia foram as ultimas descobertas do homem, na época das navegações. Com história e cultura muito diferente da nossa, as tradições, a mitologia e expressão artística destes povos se espalharam para o mundo. Cada vez mais, a Polinésia desperta a curiosidade de entender como foi e é atualmente a forma de organização social desses nativos. Verdadeiro laboratório cultural a forma de vida dos polinésios!

    A maior parte das ilhas pertence aos Estados Unidos, à Nova Zelândia, à França e ao Chile.

     

    Uma curiosidade da Polinésia

    O velejador Beto Pandiani observou em seu diário de visita a Polinésia que “na antiga cultura polinésia, o primeiro filho de uma família era criado como mulher, tivesse ele nascido menina ou menino. Assim, segundo a crença de que o primogênito deve cuidar da casa e da mãe, surgiam os mahus, homens afeminados (“ terceiro sexo”) muito bem aceitos na sociedade daquela época. Acreditava-se inclusive que eles eram seres superiores, por possuírem as virtudes de homens e mulheres. Hoje, os mahus estão associados à prostituição e são mais comumente identificados como raeraes (travestis)”.

     

    Moorea

    (De 4 a 6 de fevereiro de 2013)

    O visitante de Papeete, querendo, pode aproveitar e conhecer Moorea, que fica a 20 km, com a travessia em ferry boat luxuosos (meia hora). Há também pequenos aviões comerciais (10 minutos). A ilha é pequena e pode ser percorrida de carro em uma hora. Moorea significa “lagarto amarelo”. Conhecida também por ilha de York.

    Uma “dica”: o hotel “Intercontinental”, em local privilegiado, localiza-se muito longe do local de chegada do barco, o que significa mais de U$ 50 dólares de taxi, somente de ida. O “Sofitel”, de nível idêntico, é mais próximo. O “Hilton” está no meio do caminho.

    Com instalações belíssimas, o Intercontinental resort peca pelo serviço. Embora atenciosos, os empregados não têm experiência hoteleira, talvez por serem nativos. A piscina numa terça feira ao meio dia não oferecia nenhum tipo de serviço. Um cemitério ao redor. O bar fechado, a distribuição de toalhas etc... Injustificável!

    Os “bangalôs” – casinhas dentro do mar – distantes da recepção do hotel, tornam-se desconfortáveis e solitários. Além disso, expõem os ocupantes a “picadas” de insetos, sobretudo os situados mais próximos da lagoa que circunda a praia. O problema é tão sério que o hotel dispõe em sua loja do “óleo de tamanu” (spray) para aliviar as “picadas”. Melhor visitar os “bangalôs”, tirar fotos e ficar nos apartamentos dos jardins, de preço menor.

    “Tamanu”, uma árvore encontrada no sudeste da Ásia, principalmente na Polinésia, possui comprovada capacidade curativa (analgésico, antibiótico e anti-inflamatório). 

    Um ponto positivo no hotel é que, a exemplo de Auckland, pagando cerca de 10 dólares (1000 francos locais), o hóspede pode levar o seu próprio vinho (ou outra bebida) para o bar e servir-se. Reduz o elevado custo das bebidas.

    O "transfer", que leva ao ponto de saída dos barcos, custa 750 francos por pessoa. Fica mais em conta do que pedir um taxi. O Concierge orienta, com antecedência.

    O ponto alto é o café da manhã, em local agradável, de frente para o mar e a boa qualidade do Buffet. Nas outras refeições, o restaurante deixa a desejar.

    As pérolas negras são a grande atração de compras, mesmo com preços altíssimos. Diariamente, no lobby do hotel são expostas peças do artesanato local para a venda. Nada de especial.

    Aliás, taxi e comida na Polinésia francesa são caríssimos. Para “economizar”, o hóspede do Intercontinental dispõe em frente da sua entrada de um pequeno supermercado – “Ia Orana” -, onde é possível “abastecer-se”. No hotel, uma água mineral custa mais de U$ 5.00.

    Com cerca de 18 mil habitantes – destino preferido para “lua de mel” – Moorea coloca-se como a segunda maior atração da Polinésia Francesa, após o Tahiti. A sua característica é a tranquilidade e a preservação da natureza, que contrasta com Papeete.

    Uma sorridente nativa – garçonete – afirma não lhe incomodar a falta de um cinema, centro comercial, ou áreas de divertimento e lazer na ilha. Nascida em Moorea pretende lá viver para sempre, alegre e feliz. Algumas vezes vai a Papeete. Abigail observou, que se aquela moça fosse levada para outro país, com toda estrutura de bem estar, um dia desejaria retornar à sua terra. Na vida, sempre prevalecem às origens de cada um.

    Embora com muitos Hotéis de luxo e turismo intenso, a ilha resiste a qualquer tipo de poluição. Conserva praias de águas cristalinas, areia branca e preta, a maioria deserta (fala-se que são as melhores praias do mundo); lagoas multicoloridas e transparentes, localizadas acima de barreiras de corais; montanhas; trilhas de ecoturismo; cachoeiras correndo de cima dos penhascos e vestígios de lavras vulcânicas. O “miradouro do Belvedere” permite a visão de paisagens locais fascinantes, plantações de abacaxi e a prática ao longe de esportes náuticos, como snorkel, surf, windsurf, jet-ski ...  Cenário muito parecido com as orlas marítimas do Caribe.

    Os nativos, atenciosos, sempre estampam um sorriso no rosto e flores na cabeça.

    Um dos costumes que ainda perdura em algumas ilhas da Polinésia é enterrar os mortos no jardim de casa. Em Moorea é assim.

     

    AMEAÇA DE “TSUNAMI” NO PACÍFICO SUL

    “Um susto” em Moorea! Após a sesta do almoço, no dia 5 de fevereiro de 2013.

    A CNN informou em edição extraordinária, que naquele momento (3 horas da tarde e 22 hs no Brasil) estaria ocorrendo um tsunami nas ilhas Salomão, região próxima de Moorea (um terremoto de magnitude 8).

    A notícia adiantava a decretação de alerta máximo dado pelo Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico Sul, valendo para as ilhas a serem visitadas pelo nosso Cruzeiro: Vanatu, Nova Caledônia e Fiji.

    O boletim anunciou vigilância em algumas zonas litorâneas de Nova Zelândia e Austrália, entre outros países.

    Naturalmente, o fato preocupou. A partir daí, plantão na Internet e na TV em busca de novas informações.

    Viajando, não desligamos “a tomada”. Isso facilita saber das coisas e tomar providencias a tempo.

    Demos notícia imediatamente aos “filhos”, através de email, tranquilizando-os de que o embarque na quinta próxima somente ocorreria, após a empresa do Cruzeiro (Oceania) avaliar a situação e ter segurança máxima na rota.

    Pelos comentários da CNN, o percurso do navio “Marinas” inclui ilhas que ficam sobre o chamado Anel de Fogo do Pacífico, uma área de grande atividade sísmica e vulcânica, atingida por cerca de sete mil tremores todos os anos.

    No dia seguinte, quarta 6, chega a notícia tranquilizadora: desmentido o “tsunami”. Ocorrera apenas um terremoto em alto mar.

    A viagem prossegue, normalmente, rumo a Papeete para o embarque quinta, 7, no cruzeiro denominado “Perolas do Pacífico sul” (18 dias, de 7 a 26 de fevereiro de 2013).

     

    O navio Marina, da “Oceania Cruises”

    No final daremos opinião e nota sobre o Cruzeiro no navio Marina, da Oceania Cruises. É a primeira vez que viajamos nesta empresa. A nossa admiração é pela empresa Princess. Veremos a nova experiência...

    É realmente moderno, o navio “Marina” da Oceania Cruises, lançado ao mar em 2011.

    A embarcação deixa a impressão inicial de instalações sóbrias e confortáveis. A proposta comercial da Oceania (empresa americana que possui, até agora, 4 navios) é situar-se na média de preços entre os cruzeiros de luxo (tipo navio Paul Gauguin e Crystal) e padrão médio (navios Princess, Royal Caribeean...). A tarifa promocional oferecida neste cruzeiro foi razoável, com pagamento em parcelas prévias (cabine com varanda, no deck executivo), considerando a inclusão do transporte, hospedagem, concierge no deck, alimentação e lazer.

    O “Marina” conquistou cinco estrelas no Guia Anual de Navios e Cruzeiros Berlitz 2012. Apenas 20 embarcações de sete companhias receberam a nota máxima. O Guia Berlitz tem a mesma importância do Guia Michelin, que há anos estabelece os melhores restaurantes do mundo.

    O “Marina”, considerado navio de médio porte, tem capacidade para 1.256 passageiros e uma equipe de 800 tripulantes. O atendimento de 1,56 passageiro por staff é um dos fatores determinantes para a qualidade dos serviços oferecidos.

    Há oito restaurantes à disposição dos hóspedes, dos quais seis gourmets (cozinhas francesa, asiática, grill, italiana e quatro internacionais, incluindo o “buffet” diário) sem custos adicionais extras. Todos estão sob o comando do chef executivo da Oceania, Jacques Pépin, que no seu extenso currículo inclui experiência como chef exclusivo de vários Chefes de Estado, inclusive o francês Charles de Gaulle.

    A liberdade é outra característica positiva nos restaurantes da Oceania Cruises, sendo possível escolher a hora de jantar, o restaurante e a companhia à mesa. Nada de turno e mesa fixos

    Ainda na área de gastronomia, o “Marina” dispõe do Bon Appétit Culinary Center, a única escola de culinária em alto-mar, porém paga (acesso não incluído na tarifa) e preço caro. O SPA by Canyon Ranch, oferece academia de ginástica, massagens e outras categorias de serviços. Preços altos dos serviços.

    A cabine com varanda é o primeiro diferencial: sofá cama e banheiro amplo, box de banho (um “chuveirão” instalado, tipo casa de praia no Brasil) e banheira. Os produtos de toalete, todos da “Bulgary”.

    Para os passageiros que se anteciparem, o Marina oferece um “pacote” de Internet durante todo o período da viagem (24 horas), a preços diários similares aos hotéis (cerca de U$ 15/20/dia). Outro “pacote” é listagem de champanhe e vinhos a escolher, com descontos de até 30% por três garrafas, a serem servidos no almoço, no jantar e na cabine individual de cada um, a qualquer hora.

    Na cabine, o passageiro dispõe de DVDs escolhidos a gosto na recepção, sem custos, e devolvidos um dia antes do desembarque. Estão incluídas no preço da passagem, refeições, lanches (room service 24 horas) e bebidas não alcoólicas.

    O restaurante central “The Grand dinner room” possui instalações de alto nível. Destacam-se o imenso lustre no centro, o serviço “gourmet” e o tratamento impecável dos garçons.  No cardápio diário há sempre a oferta de pratos exclusivos do renomado cozinheiro francês Jacques Pépin.

    As gorjetas, incluídas automaticamente na conta, são muito altas. Chegam a 18% (muito alto).

    Para reduzir custos e evitar surpresas no fechamento da conta, o passageiro deve planejar os seus gastos dentro do navio e pedir sempre o “extrato” para conferência e avaliação das despesas. As lojas oferecem produtos caros e as excursões são igualmente caríssimas. A alternativa é tomar taxi nas escalas, solicitando orientação prévia na recepção do navio.

    Muito cuidado com o Cassino! Melhor passar a distancia. Ou, aqui e acolá, uma “fézinha”.

     

    A ilha de Raiatea

    (8 de fevereiro de 2013)

    Raiatea é a primeira escala do cruzeiro “as pérolas do pacífico”.

    A segunda maior ilha em extensão da Polinésia Francesa abriga cerca de 15 mil habitantes. O centro administrativo – na localidade de Uturoa – fica ao lado do local onde o navio ancora e oferece comercio nativo razoável. Todas as lojas recebem dólar, euro e francos. Os atendentes vestidos a caráter, “tatuados” e de pés descalços. A vestimenta tropical das mulheres com cachos de flores a cabeça lembram as fantasias do carnaval brasileiro.

    Considerada a “ilha sagrada” dos antigos polinésios, atrai muitos turistas, embora não disponha da infraestrutura de hotéis e resorts como aqueles de Bora Bora e Papeete. A ilha tem magníficas paisagens de cumes, cascatas e selvas. Local tradicional de feiticeiros, rica em lendas e histórias foi o berço da civilização dos aborígines da Polinésia Oriental, de onde se povoou a Nova Zelândia, Havaí e Ilhas Marquesas. Há vestígios arqueológicos como El Marae Taputapueatea (onde eram habituais os sacrifícios humanos). Raiatea tem poucas praias. No entanto, oferece excelentes opções para mergulho e veleiros.

    A temperatura acima de 28 graus, o ano todo. A chuva que cai na região provoca grande umidade. Clima parecido com o Pará e Manaus.

    A ilha tem apenas seis taxis, o que dificulta usá-los para conhecer as praias e locais mais distantes. Além de praias, Raiatea nada oferece para ser visitado, salvo para quem deseje fazer ecoturismo ou esportes náuticos.

    Raiatea promoveu o primeiro festival internacional de tatuagem, em abril de 2000, que reuniu 50 mestres da tatuagem de todo o mundo. A tatuagem é um hábito cultural generalizado entre homens e mulheres de toda Polinésia. Tem, inclusive, inspirações espirituais e religiosas.

     O explorador capitão James Cook usou a “tatuagem” pela primeira vez, utilizando ossos finos como agulhas, no quais batiam com uma espécie de martelinho de madeira para introduzir a tinta na pele.

    Agora, rumo a Bora Bora, considerada pela mídia, a ilha mais atraente da Polinésia francesa.

     

    Bora Bora

    Com cerca de 15 mil habitantes, contrasta a sua beleza natural e ostentação dos hotéis-resorts de alto luxo, com a má qualidade de vida dos nativos. Os jovens não têm escola, nem de primeiro grau. Para estudar deslocam-se ao “Archipel des Australes” (integram a Polinésia Francesa), diariamente, 2 horas para ir e 2 horas para voltar. Alguns só retornam no final de semana.

    Bora Bora – uma das 118 ilhas da Polinésia Francesa - teve origem numa erupção vulcânica há mais de 4 milhões de anos.

    Vaitape é a comunidade onde se localiza o “centro da cidade”, com lojinhas e restaurantes. Não há ancoradouro. O navio fica à margem (em frente à Vaitape) com deslocamentos dos passageiros através de lanchas.

    O “truck” - ônibus aberto e sem conforto (41 passageiros) – faz “tour” na ilha. O ticket é comprado a bordo. Há risco de tentar alugar taxis e fazer a própria visita. Os poucos taxis disponíveis se concentram nos hotéis. Numa “parada” do tour visitamos um centro artesanal de fabricação de estampas de “cangas” femininas. A nativa vestiu Abigail com uma canga colorida e ela serviu de modelo para os demais visitantes. O colorido das estampas é obtido, após a imersão do tecido em vários depósitos de tinta com cores diversas. Substitui-se a máquina têxtil industrial pela criatividade local.

    A alimentação dos nativos é à base de frutas e produtos do mar, com a curiosidade do preço elevado da batata inglesa. Aliás, tudo é caro em Bora Bora. O artesanato, além de pouco criativo, também tem custos elevadíssimos. Inviável comprar qualquer coisa.

    O Hotel-Resort Intercontinental, situado em ilha isolada, oferece “bangalôs” em pleno oceano. Os hóspedes usam lanchas para deslocamentos até ilhas próximas. O preço de uma noite nesses “bangalôs” chega a U$ 1.000.00 na alta estação (novembro e dezembro). Sofitel, Meridien e outras cadeias internacionais estão presentes em Bora Bora, com hospedagem cinco estrelas.

    O aeroporto internacional da ilha mantém o fluxo turístico. Os hotéis e serviços são a única opção de emprego da população. A cada dia aumenta o número de imigrantes, sobretudo chineses.

    Bora Bora compreende um conjunto de ilhas, com tamanhos diversos. As águas, quase paradas, dão a impressão de lagoa azul. Nas “ilhotas” desabitadas, os turistas tomam sol na praia deserta. Há barcos que fazem a ligação.

    A única estrada asfaltada que circunda a ilha principal tem 32 quilômetros.

    Na II Guerra Mundial, os americanos construíram “bunkers” de proteção, cujos vestígios permanecem. Periodicamente, a cada 7 ou 8 anos, há ciclones destruidores que apavoram os habitantes. Graças a Deus, em 2013 nada aconteceu.

    Agora, o cruzeiro terá dois dias no Oceano, rumo a Apia, em Samoa Ocidental.

     

    O “pulo” da segunda para quarta feira

    (13 de fevereiro de 2013)

    Ao anoitecer da segunda feira, 11, o Cruzeiro navegava no pacífico, rumo à cidade de Apia, capital de Samoa Ocidental. Na chegada, ao amanhecer do dia seguinte, já era quarta feira, 13, com uma hora a menos no fuso horário.

    A terça feira, 12, não existiu para a tripulação do navio e os passageiros.

    Mais um “pulo” no tempo para recuperar o dia perdido anteriormente, no trecho entre Auckland e Papeete.

    Até o ano de 2011, Samoa estava no outro lado da “linha da data internacional”.

    Em dezembro de 2011, o governo local decidiu “pular” o calendário e colocar o país no outro lado da linha da data internacional. Em consequência, Samoa Ocidental “pulou” da noite do dia 29 dezembro para a manhã de 31 dezembro de 2011. O país deixou de ser o último a celebrar a chegada do ano novo para ser um dos primeiros no mundo.

    O objetivo foi melhorar as relações comerciais com a Austrália e Nova Zelândia, que têm fortes vínculos com Samoa. Antes, os países eram separados por quase um dia inteiro. Quando era sexta-feira da manhã em uma fábrica de Samoa, os clientes australianos e neozelandeses estavam na praia, já num ensolarado sábado. Quando os australianos voltavam a trabalhar na segunda-feira, Samoa estava ainda no domingo. Com a mudança, Samoa ficou somente três horas a frente dos australianos e apenas uma dos neozelandeses, o que eliminou as dificuldades para as transações comerciais. Tudo foi facilitado, em razão de Samoa está a menos de 30 km da “linha da data internacional”, convencionada internacionalmente.

     

    Samoa: uma nação dividida

    Samoa é uma única Nação, com tradição cultural, usos e costumes comuns, porém dividida em duas ilhas: o Estado soberano de Samoa Ocidental (governo parlamentar), independente desde 1959 e a Samoa americana (Oriental), uma posse dos Estados Unidos, desde o século XIX.

    Samoa Ocidental foi a primeira ilha da Polinésia tornada independente em 1959, com território dez vezes maior do que Samoa oriental (a Samoa americana). Hoje tem um governo parlamentar. A população elege os parlamentares, que indicam o primeiro ministro. Em 1976, Samoa Ocidental ingressou na ONU e estabeleceu relações diplomáticas com a União Soviética.

    Antes da independência, Samoa Ocidental e Oriental, juntas, eram território alemão, com grandes conflitos entre os nativos e os colonizadores. Após a I Guerra Mundial, Samoa Ocidental passou a ser território neozelandês e Samoa Oriental território americano.

    Samoa Ocidental tem atualmente estreitos laços comerciais e diplomáticos com a China. Inclusive, o “salto no tempo” dado pela ilha, passando para o outro lado da linha imaginária que marca a mudança de data, teve também por finalidade aproximar-se da realidade e horários que operam na China e não mais nos Estados Unidos, como acontecia há 119 anos. Em Samoa Oriental, ou, a Samoa americana, nada mudou. Embora numa distância de menos de 500 quilômetros uma ilha da outra, a capital Pago Pago comemora o ano novo 24 horas depois de Apia, na Samoa Ocidental.

    Por trás da cena, Samoa Ocidental e os Estados Unidos se “bicam”.

     

    Apia, a capital da Samoa Ocidental

    (14 de fevereiro de 2013)

    Apia, a capital de Samoa Ocidental, é um dos 17 distritos do país, com população flutuante em torno de 50 mil pessoas.

    A cidade possui aeroporto e porto para o atracamento de navios. Tem aspecto agradável, prédios modernos e orla marítima bem cuidada. Os samoenses, polinésios puros, simpáticos, sempre estampam sorrisos e saudações aos visitantes. Homens e mulheres usam “saiotes” (chamados de “sarongs”) e justificam por ser uma forma de conviver com o clima quente o ano todo. Falam inglês e o idioma nativo. Praticamente, não há violência. Percebe-se acentuado sentimento nacionalista dos nativos ao se referirem enfaticamente ao “seu país”. Talvez, reprovação à dominação americana, na vizinha Samoa Oriental.

    Apia dispõe da Universidade do Sul do Pacífico, que mantém cursos acadêmicos de várias especialidades. Entretanto, a maioria dos formandos busca emprego na Nova Zelândia e Austrália pela falta de oportunidades locais. O governo oferece educação básica e gratuita.

    Uma característica da cultura nas duas Samoas é o respeito à família. Os filhos obedecem cegamente aos pais. Considera-se muito sério pedir favores entre os familiares. Aqueles que não ajudem uns aos outros ficará com má fama. O nome da família é preservado a todo custo, como um orgulho de todos os membros.

    Os homens se juntam às mulheres e tradicionalmente fazem todas as tarefas domésticas (lavar, cozinhar, cuidar das crianças etc..).

    Samoa Ocidental preserva as suas tradições e costumes. Já Samoa Oriental reflete a forte influência dos Estados Unidos. Percebe-se um mal estar da população de Apia com o comportamento dos norte-americanos em Samoa Oriental, embora haja plena liberdade de ir e vir entre as duas ilhas. Em Apia, por exemplo, não se costuma dar gorjetas e o governo também desestimula essa pratica. Os norte-americanos influenciam para que a “gorjeta” seja dada.

    Mais de 95% dos samoanos são cristãos. A população dedica-se à pesca, agricultura (coco, inhame, cacau, banana, abacaxi, mamão) e ao turismo. A fruta-pão em Samoa e toda Polinésia é importante fonte de alimento nutritivo e de baixo custo. As variedades são produtivas e dão cerca de três safras anuais num período de 50 anos, mesmo em condições metereológicas insatisfatórias.

    Com o custo de vida altíssimo, inclusive os serviços turísticos, o país depende basicamente de importações, salvo frutas e produtos do mar. Em 2012, cerca de 400 mil turistas visitaram a ilha.

    A unidade monetária é o “Talaou”, ou Dólar de Samoa Ocidental. Cada dólar americano equivale a 2.25 “talaous”. A moeda de Samoa não é conversível.

     

    Aniversário – 14 de fevereiro de 2013 – repetido duas vezes

    (14 de fevereiro de 2013 em Apia, Samoa Ocidental; 14 de fevereiro em Pago Pago e a bordo, transpondo a linha da data internacional)

    A data do meu aniversário, 14 de fevereiro, repetiu-se duas vezes. Primeiro na quarta, 14, em Apia, Samoa Ocidental e depois Pago Pago e em alto mar, a bordo do cruzeiro, na quinta, 14, ao atravessar a linha da data internacional, quando avançou do dia 14 para o dia 16. Não existiu o dia 15 de fevereiro.

    A reviravolta no tempo fez com que o navio saísse de Apia no final da tarde do dia 14 de fevereiro (calendário local), navegasse menos de 300 milhas náuticas e chegasse a Pago Pago no dia anterior, quarta, 13 de fevereiro! O aniversário seria comemorado, novamente, amanhã, quinta, 14.

    O fenômeno do “vai e vem de fusos e datas”, único no mundo, explica-se pelo fato do “salto no tempo” (acima já comentado) dado pela ilha de Samoa Ocidental em 2011, não ter sido acompanhado pela Samoa Americana, que preferiu permanecer do outro lado da linha imaginária, mais próxima dos fusos norte-americanos. Dessa forma, o viajante avança ou recua um dia inteiro, ao deslocar-se da Samoa Ocidental para Samoa Oriental.

    O navio chegou a Pago Pago, Samoa Oriental, território norte-americano, às 7 da manhã de 13 de fevereiro. A data do aniversário – 14 de fevereiro – já fora no dia anterior, em Apia, Samoa Ocidental. No Brasil, ainda 15 horas, do dia 13 de fevereiro (quarta feira de cinzas).

    Na quinta, 14 de fevereiro de 2013, o navio segue no rumo de Lautoka, Fiji. No Brasil, oito horas a mais. Navegará um dia e chegará no sábado, 16.

    O dia 15, portanto, não existirá a bordo. Mais um salto no tempo! E o aniversário do dia 14 de fevereiro comemorado, de novo.

    14 de fevereiro é também o dia dos namorados em muitos países do mundo (Valentine Day). O Cruzeiro fez promoções e festejou a data, por interesse comercial, vendendo gifts e flores da Holanda.

    Curiosidade: a média de idade dos passageiros é entre 75 e 90 anos (?).

     

    Pago Pago

    (14 de fevereiro de 2013)

    A cidade de Pago Pago, pequena e tranquila – capital da Samoa americana, ou, Samoa Oriental – tem cerca de 10 mil habitantes e a ilha 70 mil.

    Até o momento, a mais atrativa entre aquelas visitadas no percurso do navio.

    Há ligação comercial e turística permanente com o Hawaii, através do aeroporto local. A moeda é o dólar americano e as línguas oficiais o inglês e o samoano.

    Pago Pago tem um magnífico porto, cercado de montanhas exuberantes. O clima quente o ano todo é abrandado pelos ventos alísios do pacífico sul. As ruas no estilo de Hawaii, amplas e urbanizadas. As praias, em recantos da ilha, são propriedades privadas: as pessoas pagam para terem acesso, dispondo de estrutura de lazer, inclusive chuveiro pós-banho.

    O comércio mostra-se mais organizado do que nas demais ilhas polinésias, embora o artesanato, regra geral, se mantenha sem criatividade e de má qualidade, com preços altos. O diferencial são as “cangas” coloridas, mais atraentes do que em outros locais. No porto, em frente ao navio, se concentram as “barracas” de venda, com visual de cobertura colorido.

    Nota-se a presença de indústria de produtos do mar (“Tuna”), instalada pelos americanos. O pescado é recolhido e industrializado na ilha para o consumo local e a exportação.

    Os Estados Unidos tomaram posse do arquipélago de Samoa Oriental em 1900. Até 1951, a marinha americana manteve uma base na ilha, construída na II Guerra Mundial. O território tem as suas próprias leis, governador eleito e um representante no Congresso americano. Os habitantes não votam para presidente.

    O guia da excursão na cidade, que pesava mais de 150 quilos, lembrou o tsunami que atingiu a ilha em setembro de 2009, deixando mais de 130 mortos. Disse que durou cerca de 10 minutos. Com aparente ar de tranquilidade classificou de apenas “um susto”. O tsunami chegou a quase 9 na escala Richter, entre as cidades de Apia e Pago Pago e colocou em alerta todas as ilhas do pacífico sul.

    O maior tsunami da Oceania ocorreu em 2004 e vitimou cerca de 220 mil pessoas, mais de 70 mil desaparecidos, alcançando 12 países e em especial a ilha de Sumatra, na Indonésia.

     

    Rumo ao futuro: o dia 15 sumiu!

    (De 14 para 16 de fevereiro de 2013)

    O navio singra as águas do pacífico rumo a República das ilhas Fiji. Em trecho de apenas mil milhas, transpõe a linha da data internacional e soma mais um dia no tempo. Após o dia 14 nasce o 16 de fevereiro. Uma verdadeira viagem com destino ao futuro.

    O dia 15 sumiu!

     

    Chegada a Lautoka, na República das Ilhas Fiji

    (16 de fevereiro de 2013)

    Lautoka, a segunda cidade em importância das Ilhas Fiji, com 50 mil habitantes, conhecida como a “cidade do açúcar” por abrigar as principais fábricas desse produto do hemisfério sul, exportado para Austrália, Nova Zelândia e ilhas vizinhas..

    A melhor forma de conhecer o local em que se desembarca é sempre conversar com o guia turístico, ou motorista de taxi. As informações vêm em cascata e não estão em livros, nem na Internet.

    Estas “notas de viagem” são, fundamentalmente, com base nesse tipo de informações, além de relatos históricos sobre cada país. Nada mais do que o trabalho de um repórter na Polinésia.

    No porto da chegada, uma banda de música - réplica mal copiada do Palácio de Buckingham - faz evoluções e saúda os passageiros e tripulantes. À frente, “boxs” do excelente serviço turístico local vendendo passeios na ilha, a preços “muito inferiores” às excursões comercializadas pelo navio. Os ônibus têm ar condicionado e oferecem suco regional (mistura de laranja e manga).

    Vestido de “saia” azul, sorrindo e com inglês fluente, o melanésio (habitante nativo das ilhas) de nome Sai foi o nosso guia e não parou um minuto de falar, com notório entusiasmo, sobre o seu povo e a sua gente.

    Cumprimentou a todos em voz alta, exclamando: “Bula!” Repetiu três vezes. Explicou que, no dialeto fijiano, se trata de uma palavra “chave” como forma de saudação cordial e permanente entre as pessoas. “Bula” é usada em todas as ocasiões, como se usa no Brasil, por exemplo, “tudo bem”, ou “prego” na Itália. “Binaca” quer dizer “muito obrigado”.

    Sai apressou-se em dá ciência de dois fatos aos recém-chegados visitantes: a “saia” usada por ele não era igual à dos homens de Samoa (chamada de sarong), que tinha adornos femininos, enfeites coloridos e fivelas.  Deixou a dúvida no ar sobre a masculinidade dos samoenses...  Em seguida, mencionou que a sua esposa fizera uma viagem e ao voltar disse-lhe que “não havia lugar melhor para morar do que em Lautoka, Fiji”. Exaltação à terra!

    De todos os povos da Polinésia, conhecidos até agora no trajeto do Cruzeiro, os fijienses foram os mais agradáveis, com aparência de felicidade e bem estar. Sorriem, cantam e dançam, quase o tempo todo. O artesanato local tem boa qualidade e melhores preços. Manifestam acolhimento e simpatia pelos estrangeiros e fazem questão de festejar as datas nacionais dos imigrantes.

    Sai, falando torrencialmente, tranquiliza a todos no início da excursão, ao mencionar que Fiji era conhecida até o século XIX, como a “ilha dos canibais”, porém “esse tempo passou” e hoje é um grande país tropical, que serve como centro de comunicações e de transporte com o sudoeste do Pacífico. Frisou que a presença de missionários cristãos superou a fase canibalesca do país.

    No trajeto percebe-se o perfil de Lautoka como uma cidade musical e tropical pela variedade de cores nas vestimentas nativas, adornos nas casas, flores e saias longas. É proibida a mini-saia em todas as ilhas de Fiji. As mulheres usam flores nas orelhas chamadas “plumeria branca”, com tonalidade amarela ao centro, simbolizando nas épocas pré-colombianas a homenagem ao guerreiro do sol. A flor colocada na orelha esquerda anuncia que é casada e na orelha direita “que está disponível”.

    Fiji mantém o traço cultural polinésio de prioridade total à salvaguarda da família. As crianças são educadas para se dirigirem às pessoas com respeito, sempre precedendo do tratamento “Senhor”, ou “Senhora”.

    Na alimentação dos fijienses está a “tapioca” feita com mandioca, leite de coco, manteiga etc..., da mesma forma que no Brasil. Comem “tapioca” até com peixe e cerveja, à semelhança do mercado da Ridinha, em Natal-RN.

    Presentes em Lautoka cadeias hoteleiras internacionais. O maior fluxo turístico vem do Japão, Austrália e Nova Zelândia, no período da alta estação (de maio a outubro). A temperatura estável (entre 28 e 33 graus) atrai os visitantes. O aeroporto é de tamanho médio, com algumas sanfonas para desembarque. A República das ilhas Fiji dirige a empresa “Fiji Airways”, que faz a ligação com países e ilhas do pacífico.

    Indagado, Sai responde que o salário mínimo em Fiji fica em torno de U$ 150.00 dólares americanos (cerca de R$ 300.00) com 8 horas de trabalho/dia. Muito baixo para um país em que, segundo ele, tudo é pago: escola, saúde e muitas taxas públicas. Não se percebe miséria nas ruas, porém deve existir.

    Uma curiosidade relatada por Sai é o elevado preço dos automóveis vendidos em Fiji. As pessoas se sacrificam ao máximo para possuírem um carro particular. Um litro de gasolina custa U$ 1.00 e as ilhas são abastecidas pela Austrália.

    A maioria da população segue a Igreja Metodista, que tem por fundamento as Escrituras do Antigo e do Novo Testamentos (proíbem o uso de órgãos, cânticos e músicas nas igrejas). Em seguida vem a religião católica. A religião hinduísta tem grande número de adeptos, em face de presença marcante de indianos em toda República das Ilhas Fiji.

    Em Lautoka inexiste violência urbana. Porém, todo cuidado é pouco...

    A população local aprecia o futebol e fala dos “craques” brasileiros, sobretudo Ronaldinho. O Lautoka Football Club é o clube de futebol das Ilhas Fiji, com sede na cidade de Lautoka e presença marcante nos campeonatos nacionais.

    Fiji foi a primeira nação insular do Pacífico a participar das eliminatórias para a Copa do Mundo da FIFA em 1981. O futebol do arquipélago tem evoluído bastante.

    Há quatro anos, os fijianos derrotaram a Nova Zelândia nas eliminatórias da Copa da África do Sul, em 2010, mas não se classificaram.

    Novamente, Fiji não conseguiu se classificar para a Copa do Mundo no Brasil. O empate com o time de Papua Nova Guiné afastou o país da Copa de 2014.

     

    Suva, a capital da República das ilhas Fiji

    (17 de fevereiro de 2013)

    Numa manhã ensolarada de domingo (no Brasil ainda era o sábado), o navio escala em Suva, a cidade capital da República das Ilhas Fiji, um dos países mais desenvolvidos entre as ilhas do Oceano Pacífico. Dispõe de recursos naturais abundantes, florestas, minerais, pesca e população de um milhão e duzentos mil habitantes, distribuída em um terço das 300 ilhas que compõem o território nacional. A indústria do turismo recebe cerca de 500 mil viajantes ao ano, em razão das praias com águas claras e recifes de corais. A população chega perto de um milhão de habitantes.

    A atual República das Ilhas Fiji, que sofreu dominação britânica durante quase um século, tornou-se independente em 1970. Entre a independência e o final da década de 80 no século passado, Fiji foi dominada por violenta ditadura. Da década de 90 até hoje prevalece o texto de uma constituição democrática e parlamentarista.

    O país se limita ao Oeste com as Ilhas Salomão, onde recentemente ocorreu um tsunami. Com o regime de governo parlamentarista, integra a “Commonwealth”. Falam-se os idiomas fijiano, inglês e híndi. A moeda, o dólar fijiano, equivale a U$ 1.76 dólar americano.

    As ilhas Fiji possuem expressivo acervo cultural, com a mistura de polinésios, hindus e europeus.

     

    “Sai” - guia de novo em Suva

    Para a surpresa nossa, o melanésio e guia turístico Sai estava à beira da escada do navio na chegada em Suva, a capital da República das Ilhas Fiji. Ele voltaria a ser o guia na excursão local. Certamente, viajara junto à tripulação do Cruzeiro.

    Suva é uma cidade mais desenvolvida do que Lautoka, embora guarde paisagem urbana idêntica. Todos os acessos às “villages” (pequenas comunidades) são através de rodovia que margeia praias belíssimas, onde se vêm habitações de milionários e, ao lado, verdadeiras favelas. Notam-se túmulos construídos nos canteiros das ruas.

    Persiste no contato com a população, a marca da extrema gentileza e alegria demonstrada pela presença dos “estrangeiros”. Simpatia e felicidade contagiam as pessoas em Fiji.

    Inegavelmente, da melhor qualidade a assistência ao turismo na República das Ilhas Fiji.

    Em Suva, o “programa” é conhecer “Arts Village” – “aldeia das artes” (uma hora de carro do terminal marítimo), localizada numa área cultivada de cana de açúcar e coqueiros (os nativos chamam de “árvore da vida”).

    O “show” no anfiteatro de “Arts Village” apresenta acrobacias, cânticos, danças e encenações de lendas e batalhas típicas da cultura e tradição local. Além disso, restaurante e lojas com a exposição de artesanato regional, esculturas, tapeçarias e pinturas.

    No retorno de “Arts Villages”, visita a um “Hotel resort” à beira mar - The Uprising Beach Resort (www.uprisingbeachresort.com)- no estilo tropical. A preservação arquitetônica da beleza natural atrai australianos e neozelandeses.

    O guia Sai destacou na paisagem agrícola do percurso do ônibus, o plantio de uma planta típica do Fiji chamada “kawa”, usada há mais de três mil anos pelos nativos em cerimônias religiosas. Nada mais é do que a “kawa-kawa”, que já foi moda no Brasil como relaxante e sedativo.

    Bula”! – diz Sai. Todos respondem em coro: Bula!

    Adeus à República das Ilhas Fiji. Valeu a pena ter visitado.

    Agora, um dia no mar e terça próxima, 19, chegada a Luganville, Vanuatu.

     

    Luganville, Vanuatu e a cidade de Natal, RN

    (19 de fevereiro de 2013)

    Confesso que nunca ouvira falar no país soberano chamado Vanuatu. Muito menos, na cidade de Lungaville, a segunda do país, escala programada do navio.

    Ao chegar a Lungaville recordam-se as oportunidades perdidas pela cidade de Natal, RN. O turismo local começa a construir o futuro dos seus habitantes, com empregos e novas oportunidades.

    A atração de Lungaville (além de belezas naturais) é uma área chamada “Million Dollar Point” com relíquias da II Guerra Mundial. Este local se assemelha a “Rampa”, na cidade de Natal, RN, por lembrar o conflito.

    Os Estados Unidos instalaram em Lungaville, uma base militar com quase 100 mil soldados. Igualzinho ao ocorrido no “trampolim da vitória” em Parnamirim, RN e a cidade canadense de Halifax, que também serviu de apoio aos aliados, por ser um ponto avançado no Atlântico sul, como acontece com o Estado do RN.

    Lungaville, em Vanuatu e Halifax no Canadá têm atualmente como principal ponto turístico às reminiscências da II Guerra Mundial.

    Natal, que além de tudo recebeu a visita do presidente americano Franklin D. Roosevelt, nada oferece para atrair o turismo neste particular. Prevalecem a mesmice e a conversa afiada. Infelizmente!

    O arquipélago e país VANUATU é composto de quase cem ilhas, com a capital na cidade de Port Vila. Em algumas ilhas, ainda existem vulcões ativos. Foi descoberto pelo navegador português Pedro Queirós, no século XVII. Durante mais de cem anos esteve sob a dominação de franceses e ingleses, adquirindo a independência em 1980.

    Atualmente, a República Parlamentarista de Vanuatu pertence à Commonwealth, com uma população de 250 mil habitantes.

    Lungaville é a capital da ilha de Espírito Santo, a qual integra uma das quatro áreas em que se divide o país. Na paisagem local, praias exuberantes, exóticas fauna e flora.

    No contato com a população foram anotadas algumas informações e curiosidades locais:

    1. Um dólar americano vale cerca de 90 “vatuns”, a moeda local.
    2. Falam-se os idiomas francês, inglês e a língua nativa “bismalá”.
    3. O detalhe da culinária local é a possibilidade do visitante, querendo, comer o pombo, raposa voadora, ou morcego frugívoro. Essa última espécie, junto com os seres humanos, cobaias e gorilas, são os únicos mamíferos que necessitam ingerir dose diária de vitamina C.
    4. Não há transporte público na ilha, sendo aconselhável cautela em relação à malária.
    5. Em dezembro de 2012, um terremoto de 6,8 graus de magnitude sacudiu o arquipélago de Vanuatu, deixando danos.
    6. CUIDADO! Ao descer do navio o turista é cercado por nativos, oferecendo taxis para passeios. Mesmo negociando é perigoso. Baixam o preço e depois se negam a ir aos pontos principais, salvo “pagando muito mais”. Ficam apenas nos arredores do porto. Mesmo com preço elevado, em Lungaville o melhor é comprar a excursão do navio.
    7. Há tendas improvisadas no porto com artesanato local, sem nenhuma qualidade ou atração.
    8. Inexiste qualquer apoio turístico local, ao contrário da República das Ilhas Fiji.

     

    Nova Caledônia, terceiro arquipélago do Pacífico

    (Chegada 20 e saída em fevereiro de 2013)

    A Nova Caledônia, o terceiro maior arquipélago do pacifico, depois de Nova Guiné e Nova Zelândia, pertence à França desde 1853, no reinado de Napoleão III, sendo o segundo maior território francês localizado sobre o mar, depois da Guiana Francesa. Com o clima estável o ano todo, atraia fluxos turísticos, por dispor do maior número de dias de sol-ano, em todo o pacífico. Com a população em torno de 250 mil pessoas e custo de vida elevado, o território se caracteriza por ser uma sociedade multiétnica, “mix” de europeus, polinésios, vietnamitas, japoneses, chineses, Indonésios e muitas outras raças. Outra característica é a população jovem, com a média de idade abaixo de 30 anos.

    Dois terços dos habitantes residem em torno da capital Noumea e ocupam grandes espaços disponíveis para edificações. A ilha apresenta o maior índice de expansão urbana do pacífico, com “know how” em construção de casas e aplicação de financiamentos franceses.

    Na II Guerra Mundial, a Nova Caledônia foi ponto estratégico no pacífico, razão pela qual uma unidade militar dos Estados Unidos, instalada em Nouméa, congregou soldados americanos, australianos e neozelandeses.

    Pesquisas cientificas confirmam que a Nova Caledônia forma um verdadeiro santuário de biodiversidade, o ramo do conhecimento de maior expansão no mundo atual. O acervo pesquisado já identificou 3500 variedades de plantas, 4300 espécies de animais terrestres, 1000 espécies de peixe e 6500 invertebrados marinhos. Tal riqueza oferece matéria prima para a indústria química, farmacológica, minerais e utilidades múltiplas.

    A moeda local, o “franco do pacífico”, corresponde a 0.80 de U$ 1.00 dólar americano. Fala-se o idioma oficial francês, além do inglês, 30 diferentes línguas e dialetos de povos melanésios.

    A maior lagoa de água salgada do mundo (24 mil quilômetros quadrados) está na Nova Caledônia formada por uma barreira de coral de quase dois mil quilômetros de extensão e um mar de cor esverdeada. A UNESCO em 2008 incluiu a lagoa como uma das maravilhas do mundo, lá sendo encontrada fauna diversificada, com peixes tropicais, tartarugas, serpentes, tubarões, golfinhos e baleias.

    No final do século passado ocorreram insurreições de nativos a favor da libertação do arquipélago do domínio francês. A Líbia treinou guerrilheiros. Os franceses contiveram as insurreições e entre as concessões aceitaram um representante da Nova Caledônia, com assento na Assembleia Nacional da França.

     

    Visita a Noumea, a “Paris do Pacífico”

    A cidade de Noumea, capital do arquipélago da Nova Caledônia (sudoeste do pacífico), encanta o visitante desde os primeiros sinais de acesso ao seu porto marítimo. Justifica-se ser chamada a “Paris do Pacífico”. Sem duvida, a cidade mais bonita da Polinésia no percurso do Cruzeiro.

    A partir do seu potencial de minérios localizados nas montanhas que circundam a ilha, Noumea se transformou no “Eldorado do Pacífico”. Muitos imigrantes enriqueceram descobrindo e explorando, sobretudo níquel e ouro.

    Água mineral jorra gratuitamente em penhascos da ilha. As pessoas com “garrafões” colhem a água para o uso doméstico. Adquirir o produto no mercado é oneroso.

    Refúgio dos australianos (2 horas de avião de Sydney) e dos neozelandeses (3 horas de avião de Auckland), Noumea montou uma estrutura urbana e turística muito superior a Papeete, ou outras cidades da Polinésia.

    As ruas urbanizadas e limpas, canteiros bem cuidados, árvores margeando as praias e trânsito organizado, fazem com que Noumea seja a capital de maior crescimento no pacífico. A cidade tem o status de duty free, comércio razoável e artesanato sem boa qualidade. Fiji continua como o melhor artesanato da polinésia, observado no percurso do cruzeiro.

    Em Noumea, o navio ancora ao lado do centro comercial e o terminal oferece excelente assistência aos turistas, inclusive venda de ”tour” em preços menores do que o cruzeiro. Grupo folclórico, com vestimentas polinésias, canta e dança para os visitantes.

    Noumea realmente deslumbra pela sua beleza natural. É a cidade mais ocidentalizada da polinésia. Faz do turismo uma fonte de crescimento permanente.

    Exemplo que, infelizmente, não é seguido numa cidade com o potencial de Natal.

     

    Isle of Pines – Ilha dos Pinheiros - (a jóia do Pacífico)

    (22 de fevereiro de 2013)

    Conhecida como a “joia do pacífico”, Isle of pines” (ilha dos pinheiros) pertencente à Nova Caledônia é um local paradisíaco, um dos poucos ainda integralmente preservados como litoral primitivo. Capitão James Cook chegou à ilha no século XVIII, dando-lhe esse nome, em razão da vastidão de pinheiros que a circundavam (e ainda hoje circundam).

    Os pinheiros e seus frutos são usados como ornamentação nas festividades do Natal. Diz-se que essa árvore, por ter forma triangular, representa a santíssima trindade (o pai, o filho e o Espírito Santo).

    O desembarque no “píer da Baía de Kuto” põe logo o visitante em contato com os nativos, que dançam, cantam e presenteiam com coroas de flores locais e folhas de bananeiras. Um costume preservado há séculos. A população, de cerca de três mil pessoas, fala francês e o dialeto Kanak.

    As águas azul-turquesa, areias brancas e coqueirais integram um cenário bucólico, sem comparação no planeta. Logo após a chegada à baía de Kuto está a “baía de Kanumera”, que deslumbra os olhos do visitante. Alguns metros da beira da praia vê-se uma enorme rocha, sob a forma de gruta, com vegetação frondosa. Chega-se à gruta, através de uma passarela natural de areia límpida e fina, que divide ao meio as duas piscinas construídas por Deus!

    Além das belezas aquáticas, a ilha preserva espécies variadas de flora e fauna nativas, formando um bosque, com samambaias, pinheiros, palmeiras, orquídeas...

    A “ilha dos pinheiros” é explorada turisticamente. Lá está o Hotel Meridien e outras pequenas unidades. Aviões de pequeno porte fazem a ligação com a cidade de Noumea. Há pequeno comércio do artesanato local, que atende os visitantes.

    Valeu a pena conhecer a “Ilha dos Pinheiros” (isle of Pines) na Nova Caledônia.

    Uma inesquecível fotografia em cores e terceira dimensão, que ficará gravada na memória para sempre.

    O Cruzeiro justificou-se plenamente, com a escala nessas praias paradisíacas, localizadas em um dos únicos locais, ainda, preservado no planeta, que comprovam a existência de Deus.

    A ”Isle of Pines” (a ilha dos Pinheiros) foi a mais bela paisagem natural, vista em toda viagem à Polinésia. E também em nossas vidas.

     

    Bay of Islands, Nova Zelândia

    (24 de fevereiro de 2013)

    Após navegar um dia no mar dos corais, desponta a “Bay of Islands” (Baía das Ilhas) na Nova Zelândia. A beleza natural do local comprova a existência de Deus.  São cerca de 144 ilhas, com praias de águas azuis, limpas e cristalinas. Fica a 250 quilômetros de Auckland, a maior cidade do país.

    Localizam-se na “Baía das ilhas” três cidades turísticas, cartões de visita dos neozelandeses: Waitangui; Russell e Kerikeri.

    O navio ancora cerca de vinte minutos de barco, da cidade de Waitangui, de grande importância na história da Nova Zelândia. Nela foi assinado em 1840, entre os representantes da Coroa e as tribos “Maori”, o tratado que assegurou o domínio britânico no país.

    A baía encanta o visitante, com praias minúsculas, de areia branca, dourada de rocha vulcânica e água azul turquesa. Vislumbram-se dezenas de ilhas, daí o nome “Baía das Ilhas”. Constitui uma das principais atrações turísticas da Nova Zelândia, com hotéis e resorts moderníssimos.

    Sem dúvida, local mágico!

     

    Tauranga & Mount Maunganui

    (25 de fevereiro de 2013)

    Última escala do cruzeiro “as pérolas do pacífico”, o porto de Tauranga – o maior da Nova Zelândia-, que fica à uma hora de Rotorua, em região turística conhecida como “Bay of Planty”. O porto de Tauranga localiza-se em “Mount Maunganui”, importante polo turístico costeiro da Nova Zelândia.

    Tauranga e Mount Maunganui são duas cidades vizinhas, calmas e seguras (150 mil habitantes); pouco trânsito; vasta plantação de “kiwi” e vinícolas de renome internacional, como “Millsreef winery” (www.millsreef.co.nz).

    A cidade de Maunganui encanta a primeira vista. Na orla – “main beach” - ruas largas e urbanização perfeita, com canteiros bem cuidados, que se assemelham a verdadeiro bosque. Prédios de arquitetura avançada e casas milionárias, com preços de venda superiores a U$ 10 milhões de solares. O eficiente serviço turístico tem a participação de voluntários idosos, que atendem a todos com sorrisos e simpatia. Numa empresa turística instalada na saída do navio havia uma brasileira, que mora há mais de cinco anos na Nova Zelândia e não pensa em voltar para o Brasil. Disse ela: “Lá se trabalha e não se vive. Aqui se trabalha e vive-se. Viajo sempre e tenho boa qualidade de vida”.

    O custo de vida é alto. Um litro de gasolina custa U$ 3.50. A economia baseia-se em plantações de “kiwi”, fruta que veio da China e hoje a Nova Zelândia lidera a produção no mercado global. O “kiwi” tem múltiplos usos industriais. É utilizado em cosméticos, alimentos, pasta de dente e até para produzir vinhos.

    Em “Mount Mauganau” há um restaurante de comida brasileira “Armazém”. Ninguém fala português e a comida pouco tem a ver com o nosso país. Outro detalhe é a piscina pública de água quente salgada, à beira mar.

    O missionário anglicano inglês Alfred Nesbit Brown é cultuado pela população. Ele liderou (século XIX) a catequese dos “maioris”, os habitantes primitivos da Nova Zelândia. Em sua memória funciona o museu “Historic Elms Mission House”.

     

    Rotorua – Nova Zelândia

    (25 de fevereiro de 2013)

    O desembarque em Tauranga permite visitar as termas de Rotorua, onde já estivemos nos anos 90.

    Este é considerado o ponto turístico mais importante da Nova Zelândia. Pode-se dizer, um dos mais incríveis do mundo. Quem visita à Nova Zelândia não pode deixar de conhecer as Termas de Rotorua. Seria um “pecado mortal”.

    As Termas são conhecidas como a reserva geotérmica “Whaka”. Lá a terra ferve ao lado de turistas boquiabertos. Um dos espetáculos mais inacreditáveis da natureza! Em média, uma vez em cada hora, os chamados “gêisers” entram em erupção e lançam, a cerca de 20 metros, água quente (mais de 40º), fumegante e sulfurosa, com o cheiro intenso de enxofre e ovo podre. Ao lado, piscinas de lama borbulhante.

    Aos visitantes são oferecidos tratamentos rejuvenescedores, à base de lama e alimentos cozinhados no calor natural dos “fornos de pedra da terra”.

    O cruzeiro ancora no porto de Tauranga, que fica à uma hora de distância de Rotorua. A excursão comprada em terra é mais barata e mais confortável do que a vendida no navio. Os serviços turísticos locais são eficientes e honestos.

     

    Auckland (novamente)

    (26 de fevereiro de 2013)

    Fim do cruzeiro no pacífico sul. Experiência notável e rica em conhecimentos.

    Agora, partida para Bali, Kuala Lumpur e Sidney.

    Com a graça de Deus, dia 6 retorno a São e Paulo e 7 chegada em Natal.

     

    Sydney – uma parada rumo à Bali e Kuala Lumpur

    (26/27 de fevereiro de 2013)

    Apenas pernoite em Sydney, no Hotel Intercontinental localizado a uma quadra do magnífico porto da cidade, um dos polos turísticos do mundo, que mais associam a beleza natural da baía, aos modernos avanços arquitetônicos. No retorno de Bali e Kuala Lumpur serão mais dois dias na cidade.

    Algo indescritível é o anoitecer no porto de Sydney, onde despontam a iluminação do prédio da Ópera, concluído em 1973 e a “Harbour Bridge” (a ponte em formato de arco mais longa do mundo), símbolos da Austrália. Bares e restaurantes circundam a orla. (Preços salgadíssimos).

    Sydney lembra o Rio de Janeiro e Vancouver, no Canadá. As cidades têm semelhanças e atraem os visitantes. Nos réveillons são famosas as queimas de fogos de artifício na baía da Guanabara (Copacabana) e na baía de Sydney (“Harbour bridge e a Ópera).

     

    Bali, Indonésia: a opinião da chegada diferente da saída

    (28.02.13 a 01.02.13)

    Finalmente, o sonho se concretiza. O avião pousa em Denpasar, a maior cidade da ilha indonésia de Bali, o mais exaltado destino turístico do mundo pelas suas propaladas ilhas paradisíacas.

    Antecipa-se a conclusão de que “vale a pena” visitar Bali. Há contrastes com locais belíssimos e outros de extrema pobreza.

    O “salvador da pátria” para não prevalecer à decepção inicial da chegada em Bali foi o motorista Wayan Budi Artana. Ele mostrou a outra face de Bali, que não é aquela da chegada, quando o taxi entrou na cidade como quem entra no Rio de Janeiro pela favela do alemão.

    O turismo de Bali deveria obrigar a entrada na cidade pelas vias que margeiam as praias (bem arborizadas e de bom visual) e não o centro, onde há indícios de miséria e sujeira. Ouvimos a explicação de que isso ocorre pelo congestionamento no tráfico da avenida que circunda a ilha, uma via de aspecto saudável, moderna e rodeada de árvores. Os taxis optam pelo caminho do centro da cidade (Kuta).

    A Indonésia tem mais de 230 milhões de habitantes. É o quarto país de maior população global e o primeiro entre os países islâmicos, com a população na sua maioria de baixa renda. Com a exceção de Bali, predomina no país a religião muçulmana (mais de 90%). Em Bali, a maioria (mais de 90%) segue o hinduísmo, a terceira maior religião do mundo, uma das mais antigas e possui milhões de deuses, com grande variedade de crenças básicas.

    A Indonésia se compõe de mais de 3 milhões de ilha. Bali é uma delas e a capital a cidade de Denpasar. Para obter informações de voos, hotel etc em Bali, coloca-se no “Google”, por exemplo, Denpassar e não Bali.

    Diz o taxista não existir violência em Bali, cuja população é de quatro milhões de habitantes.

    No dia da descida em Denpasar ventos fortíssimos, capazes de por em risco o equilíbrio de quem anda. A metereologia explicou como temporários, vindos da Austrália e que durariam não mais de 24 horas. Ocorreu exatamente isto.

    No primeiro momento, o aeroporto decepcionou. Com cerca de cinco “sanfonas” para embarque tem aspecto a distancia de um prédio velho (em construção a nova estação de passageiros), no estilo da arquitetura indonésia, sustentado por colunas e teto triangular. O avião usou escadas para o desembarque. Ônibus antigo, com mais de quatro espaçados degraus para acesso.

    Entretanto, a opinião mudou posteriormente no embarque pela ala internacional. Mais ampla, com ar condicionado e boa estrutura. Estão em fase final de construção novas instalações e terminais na estação de passageiros, o que com certeza dará tons de modernidade à chegada em Bali.

    A má impressão ocorreu pelo fato da balburdia geral, ganhando nesse particular para o aeroporto do México, que até então considerava “campeão”. Pessoas com credenciais no pescoço se oferecem para “facilitar” o desembarque, em troco de “gorjetas”.

    Ao entrar na estação principal, “fila” para pagar o “visto” (U$ 25.00 dólares americanos, por pessoa na entrada e na saída).  Calor intenso. Não há ar condicionado. Em seguida, outra enorme “fila” para carimbar o passaporte. Percebe-se a burocracia excessiva. No atendimento, em média 3 a 5 minutos por pessoa.

    Liberado pela Polícia, o visitante enfrenta a “terceira” fila para as malas passarem na alfândega. A essa altura, um carregador em troca de gorjeta oferece serviços para “resolver tudo”. Aceita a proposta, a bagagem é introduzida num corredor com o indicativo “desembarque especial”.  Trata-se abertamente da legalização da “propina”. Quem paga tem esse privilégio. Não pagou entra na “fila”. Daí em diante, o visitante enfrenta a “máfia” dos carregadores. Um passa o carro de bagagem para o outro e todos pedem “dinheiro”, no velho estilo de “alisar os dedos”, até chegar ao taxi.

    A “rupia” moeda local é muito desvalorizada. Um dólar americano vale 9.400 rupias. Uma compra de cerca de U$ 120 dólares corresponde a mais de um milhão de rupias. O salário mínimo fica entre U$ 120 e U$ 150 dólares americanos.

    ATENÇÃO! CUIDADO! Nas ruas de Bali há “casas comerciais” com placas oferecendo câmbio bem acima do normal. A orientação é não aceitar. Levam o visitante para dentro, falam e perguntam muito, entregando quantias menores do que o realmente devido na transação.

    Aconteceu isso conosco.  Ao perceber, peguei a máquina de calcular em cima da mesa e mostrei que estava errado o cálculo. Em seguida retirei os dólares e sai sem aceitar a troca. Graças a Deus tudo ocorreu sem violência.

    Um ponto positivo é o preço dos taxis. Mesmo longa a distancia do aeroporto para o Hotel “Seminyak Beach resort & SPA” (www.theseminyak.com), a corrida custa U$ 30 dólares, com bom serviço.

    Aluga-se minivan com ar condicionado e motorista por U$ 10 dólares a hora. Baratíssimo! Na Indonésia, a gasolina é subsidiada pelo governo e custa U$ 0.50 de dólar americano para as pessoas que usam carros econômicos e os taxistas. Os ricos, com carros de melhor qualidade, pagam gasolina pelo dobro do preço. O “salvador da pátria”, motorista Budi (já acima citado) prestou excelentes serviço. Ele é autônomo e aceita ser contratado por telefone (celular dele em Bali +6281 338 560 196). Quem visitar Bali pode procurá-lo.

    Budi conhece tudo. Traçou o roteiro da visita. Num dia, a área comercial, de fábricas, galerias, produtos de primeira linha, concentrados na localidade de “Ubud” (uma espécie de município vizinho a Denpasar), situada na zona central da ilha. No outro dia, seria a parte sul da ilha, que compreende as principais praias, hotéis de primeiro mundo. Resumiu, dizendo que para comprar e ver produtos de qualidade (que não sejam “made in China”) é imprescindível visitar Ubud. Para conhecer o que há de melhor em turismo de praias é a área chamada “Nusa dua”, complexo hoteleiro e de lazer (uma espécie de condomínio fechado).

     

    Fábricas & comércio & compras

    O acesso a Ubud – zona de produção e comércio - é pela beira mar, com vias urbanizadas e muito verdes. No percurso verdadeiros bosques. Veem-se dezenas de lojas exposições nas calçadas de produtos artesanais de madeira, gesso, aço, pedra, vidro e outros materiais nativos.

    Em UBUD, o taxista Budi levou-nos a uma fábrica de artesãos de seda. Produzem desde o tecido (com o uso de teares mecânicos antigos) até cangas, vestimentas, adornos etc. A fábrica se chama SARI AMERTA (Batik Collection) – Batulan, Gianyar – BALI – Fax: + 62 361 299 058 – Fone: (0361) 299057, 299058. O câmbio da loja é atraente, maior do que o do mercado do dia (U$ 1 dólar = 9.600 rupias). Estimula comprar.

    Os preços, em geral, não são baratos como se propaga, salvo bugigangas chinesas, que nos negamos a comprar. A nossa intenção foi conhecer os produtos “made em Indonésia” e não China. Na primeira hora, a impressão é que só haviam lojas com produtos da China. Grande engano. Há muita coisa boa, de qualidade em Bali e preços razoáveis, desde que bem orientado para procurar.

    A fábrica artesanal “UC Silver” tem à entrada esculturas belíssimas de mármore branco, simbolizando deuses hindus. Visitam-se os locais de trabalho, onde os artesãos fabricam a mão anéis, brincos, bijuterias finíssimas, com elevada qualidade. Tudo “hand made”. A variedade oferecida na loja da fábrica é vastíssima. Encanta os olhos e esvazia os bolsos ver os mostruários.

    O endereço da UC SILVER é Gallery – 0361 91066715 – Jl Raya Batubulan Gg. Candrametu número 1, Batubulan, Gianyar, Bali 80582. Sites: www.ucsilverbali.com e o email gallery@ucsilverbali.com.

    Outra fábrica (e loja) de artesanato de madeira é KARYA MAS – Ubud – Bali. Email: karyamas1975@gmail.comfone: 62 361 975284. Peças de excelente qualidade. Os artesãos fazem talhas à entrada. Pode-se fotografá-los. Comprada ao próprio autor, que trabalhava em outras peças, uma escultura de Buda, sorridente e gordo, em madeira local chamada “crocodille”, todo ela vazada e bem talhada. Verdadeira obra prima!”.

    Uma cooperativa de pintores – “Dewa Putu Toris” – oferece quadros belíssimos e instalações tradicionais monumentais. Há um pequeno templo hindu (religião predominante em Bali), no qual mulher menstruada não entra e homem somente vestido com as saias chamadas de “sarongs”. Há placas com esses avisos.

    As peças são de elevada qualidade e criatividade, todas elas pintadas à óleo e à mão. Os artistas trabalham na entrada à vista do cliente. O endereço é Dewa Putu Toris” – Studio of artist Painting – Br. Tengah, Batuan Sukawati (80582 – Gianyar – Bali – Web site: www.dewapututoris.com – e-mail: dewapuja@yahoo.co.id .

    Outra fábrica com loja ao lado, de qualidade indiscutível e vasta apresentação dos produtos é a “Vatra Gallery” – Gold & Silver BR. Kebon Singapadu Gianyar- Bali. Os artesãos também se colocam na entrada, fabricando brincos, pulseiras, broches, esculturas, tudo em “prata de lei” extraída na própria Indonésia, ouro e pedras semipreciosas, com certificados de garantia. Os preços não são tão baixos, porém as peças valem pelo design e qualidade.

    O almoço foi em restaurante típico de Bali. Local agradável, com piscina e muito verde. Saborosa a comida local e preço bom. Nome do restaurante: RAPUAN CILI – Exotic & Natural view – Jl. Raya Mas – Ubud (Br. Tarukan). Uma jovem garçonete tinha grãos de arroz colados no pescoço. Justificou dizendo que seria para “dá sorte”.

    Na volta ao hotel parada numa loja do “Carrefour”. Comprada por U$ 30 dólares uma garrafa do vinho chileno “Tabali” – reserva. Mais barato do que no Brasil, mesmo vendido em Bali. Incrível!

    Afora Ubud há comércio no chamado centro da cidade de Bali, na região conhecida por Kuta. Todavia, não se recomenda. Muito tráfego e congestionamentos frequentes.

     

    Agora, as praias, os hotéis & resorts, os condomínios de luxo

    Ubud o paraíso das compras.

    Nusa dua – ao sul da ilha, cerca de meia hora do aeroporto – é um bosque na orla marítima, paraíso com praias de água azul e praticamente sem “ondas”, verdadeiras piscinas. Uma ampla área urbanizada, com muitas árvores, canteiros, flores e shopping (“Nusa Collection”). Lá estão hotéis cinco estrelas de cadeias internacionais (Grand Hyatt, St Regis, Mercure, Westin, Melia, Best Western).

    Após conhecer Nusa dua compensa visitar a região de Uluwatu, também área turística, com hotéis e resorts finíssimos, entretanto sem a beleza natural e modernidade de Nusa dua. Em Uluwatu está um tradicional templo hindu, acima de um penhasco de considerável altura, encravado em bosque rodeado de floresta densa. No topo do penhasco enxerga-se vista belíssima dos rochedos da praia, das águas azuis reluzentes ao brilho do sol e do lençol verde das árvores. Na floresta se abrigam pequenos “macacos”, que avançam nos visitantes, tirando-lhes canetas, óculos, comida.... A segurança é feita por idosos, portando “baladeiras” que afugentam os macacos e evitam maiores transtornos.

    À entrada da área do templo, além do pagamento de cerca de U$ 4 dólares por pessoas, os homens e mulheres com trajes mais esportivos (calção, bermuda, por exemplo) são obrigados a colocar um “saiote” azul. Os demais, uma fita amarela na cintura. Exigência religiosa! Lembra o samba brasileiro de Noel Rosa: “quando eu morrer, não quero choro nem vela, quero uma fita amarela gravada com o nome dela”.

    Neste templo hindu de Uluwatu, os turistas chegam ao final da tarde para assistirem o por do sol (“sunset”), que se propaga ser de beleza inigualável.

    Depois de um enorme esforço para subir as escadarias, tem-se conhecimento de que é proibido o acesso ao templo. Apenas, fotos a distancia. Mesmo assim valeu o “Cooper” forçado.

    Próximo a Uluwatu, a caminho do aeroporto, existe um Templo Ecumênico, construído pelo governo de Bali, para as orações dos seguidores das cinco religiões praticadas na região: muçulmanos, hinduístas, budistas, católicos e protestantes.

    Jimbaram é a praia mais próxima do aeroporto, na zona sul de Bali. Praticamente toda privatizada (condomínio privado comercial e residencial). O acesso de carros é pago. Localizam-se restaurantes especialistas em frutos do mar. Na falta de saneamento básico há um costume local de acender fogueiras à beira mar para queimar o lixo dos restaurantes e evitar a poluição.

     

    A hospedagem

    Ficamos hospedados no “Hotel Seminyak beach & resort”, que não se localiza ao sul, na zona de Nusa dua. Está ao norte, numa região de comércio e residências, ainda com sinais de atraso. O hotel em si é de primeiríssima qualidade. Vale a pena acessar e ver as suas instalações “Seminyak Beach resort & SPA” - www.theseminyak.com. Encantam os jardins do hotel, o SPA (dizem o mais moderno de Bali), as piscinas, restaurante e a praia, com acesso privado.

    O serviço, sem comparação. Momento agradável foi a recepção de chegada pela amabilidade e gentileza dos funcionários. Um colar de flores brancas colocado no pescoço do recém-chegado, que é convidado a sentar-se, sendo-lhe servido suco de frutas locais. Todos sorriem e juntam as mãos a altura do coração, como se rezassem. É um sinal de respeito e de “boas vindas” na Indonésia, que teve origem religiosa e hoje se tornou costume e tradição da população.

    O gerente Joseph se mostrou admirador do Brasil. Diz ter visitado Manaus e São Paulo e voltar encantado. Coloca-se ao dispor, inclusive para mostrar as várias áreas do Hotel, orientar em centros de compras, show típico das tradições polinésias etc.

    À noite no Hotel, quando era servido excelente “Buffet” de frutos do mar (escolhe-se o peixe fresco e a cozinha prepara a gosto), três músicos locais executaram Garota de Ipanema e Água de beber, como se fossem brasileiros. Perfeita a execução. Aplaudimos e filmamos.

    Dica”: mesmo que pague um adicional de U$ 50.00 dólares recomenda-se ficar num quarto em frente ao mar e próximo da recepção. O Hotel é muito grande e os quartos de frente para o jardim sofrem a poluição sonora vinda do tráfego de carros em ruas ao lado.

    Fomos a “lojas” próximas do Hotel. Não se justifica a visita. As ofertas são de produtos chineses, tipo aqueles da 25 de março em São Paulo.

    Há pobreza em Bali, como de resto em toda Indonésia. Todavia, a ilha merece ser vista, pela sua beleza natural, equipamentos turísticos de primeiro mundo e, sobretudo, a cordialidade e gentileza dos seus habitantes.

     

    Kuala Lumpur, Malásia

    De 28.02 a 02.03.13

    No primeiro momento provoca críticas e até hilaridade alguém incluir Kuala Lumpur no roteiro de uma viagem turística. Não hesitamos em fazê-lo.

    A Malásia surpreende logo na chegada ao seu aeroporto internacional, que fica em Sepang, a 75 quilômetros da capital Kuala Lumpur.  O autor destas “notas” não conhece no mundo aeroporto mais moderno, dinâmico, confortável e ágil nos serviços oferecidos. O visitante entra no espaço do desembarque e é atendido por esteiras rolantes, orientação de funcionários, rapidez, gentileza no carimbo do passaporte e na fiscalização da alfândega. Há trem que liga o aeroporto à Kuala Lumpur - KLIA Express, com 30 minutos de viagem e o taxi custa U$ 35.00, em quase uma hora de percurso.

    O país foi colônia inglesa do século XVIII ao século XX e se libertou em 1957. Tem população próxima a 30 milhões de habitantes. Integra a commonwealth. A capital Kuala Lumpur passa de quatro milhões de pessoas. O sistema de governo é monarquia parlamentarista, a exemplo da Inglaterra. O rei merece respeito, mas detém pouco poder. O primeiro ministro, com poderes elastecidos, pode ser reeleito e o atual está há mais de 20 anos no governo.

    A Malásia cresceu surpreendentemente, a partir da década 90. Foi um dos chamados “tigres asiáticos”, ao lado da Coréia do Sul, Tailândia, Indonésia e Taiwan. Os malasianos aproveitaram economicamente o seu potencial de petróleo e elevada produção de estanho e borracha. Foi a época das ZPE´s na Ásia, hoje totalmente superadas e substituídas pelas áreas de livre comércio, criadas pela China, na época de Deng Xiaoping.

    Há registros de que as primeiras sementes de borracha da Malásia foram roubadas do Brasil pelos ingleses (século XIX), que desejavam fortalecer a economia da sua colônia e destruir – como destruíram – o próspero ciclo da borracha brasileiro. Este fato é verdadeiro. O Brasil sempre despertou temor nas potencias colonizadoras do mundo.

    Hoje, Kuala Lumpur é uma cidade urbanizada, superou o caos no trânsito e dispõe de vastíssimas áreas verdes, o que lhe dá um toque especial de preservação do meio ambiente. Os canteiros das ruas são decorados com desenhos de plantas locais. O “jardim de orquídeas” é visitado, por ser o santuário dessa espécie de flores.

    No centro erguem-se as “torres gêmeas” – Petronas -, com 88 andares e 425 metros de altura, que durante muito tempo foram os prédios mais altos do mundo. Hoje não são mais. O prédio mais alto do planeta está em Dubai e é o “Burj Khalifa”, com 828 metros de altura, ao lado do monumental “Dubai Mall”.

    A história da cidade registra três influências distintas na sua formação. A primeira, dos portugueses. Afonso de Albuquerque, o navegador, lá esteve em 1511. Depois, vieram os holandeses e por último os ingleses que dominaram até a independência. Por essa razão, apresenta vários monumentos representativos das épocas dos portugueses, holandeses e ingleses.

    Os idiomas oficiais são o inglês e o malaio. A moeda o ringgit. Três ringgits valem U$ 1.00. Há vários hotéis cinco estrelas, de categoria internacional. A nossa hospedagem foi no Shangri-La Hotel, que oferece bons serviços, numa estrutura física enorme e diversificada. A gentileza dos funcionários com os hóspedes é o destaque. O café da manhã e o “brunch” do domingo são algo indescritível. Mais de dez mesas largas e amplas, com todo tipo de comida, desde o pato até as exóticas espécies de peixe da Ásia.  Apenas, um tipo de alimento não é servido em hipótese alguma: o porco. Nem o presunto. Sendo um país majoritariamente muçulmano, prevalece essa regra. O hóspede faz um “Cooper” no café e no brunch para percorrer as mesas com os alimentos ofertados.

    Ao cair da tarde, no saguão de entrada do hotel, um happy hour diário com música ao vivo, cuja característica foi ouvir a letra e a perfeita execução de “Garota de Ipanema”, além de outras músicas brasileiras. Porém, o “forte” também na Malásia é o futebol. Pergunta-se por Ronaldinho, Cacá, Ronaldo e outros. O malasianos lamentam não terem um bom futebol, nem basquetebol. Um deles justificou dizendo que “formavam uma nação de pessoas com pequena estatura”, o que é verdadeiro. Eles se esquecem da estatura de Messi, que prova tamanho não ser documento no futebol.

    O ponto negativo de Kuala Lumpur são os taxistas. Difícil conviver com eles. Fazem de tudo para terem vantagens financeiras, embora sem sinais de violência. À saída de um shopping no final da tarde tivemos que pagar quase U$ 20 dólares para percorrer uma distancia que não chegava a um quilometro. Pagava ou ficava na rua!

    O ponto positivo são os shoppings. Sensacionais! Iguais ou superiores aos de Singapura. Os preços variam. Os produtos locais (artesanato, bijuterias etc), de qualidade razoável. Os importados caríssimos. Visitamos e gostamos dos shoppings “Pavillon, Lot 10” e “Times Square”. Há, ainda, dentre outros, o Star Hill Galeria e o Farenheitt 88.

    O mercado central de artesanato, que funciona desde o final do século XIX, assemelha-se, em proporção menor, ao “grande bazar de Istambul”. Muito artesanato de qualidade e outros produtos. Visita imprescindível para quem for a Kuala Lumpur.

     

    Sydney, Nova Gales do Sul: o fim da aventura!

    (4 a 6 de março de 2013)

    Aproxima-se o fim da aventura!

    Novamente, o “Intercontinental” de Sydney, no Estado australiano de Nova Gales do Sul, cidade com quatro milhões de habitantes, onde já pernoitamos, na chegada de Auckland. Agora é preparativo para a volta, já que a saudade começa a tocar. Para escrever essas “notas” foi necessária a saudável companhia e inspiração do vinho australiano Cape Mentelle – cabernet/merlot  (a Austrália é especialista em mesclas de uvas), safra 2009 – Margaret river.

    Naquela ocasião visitamos “Cookle bay – Darling Harbour”, (a famosa King Street Wharf”), Circular Quay e a distancia o prédio da Opera ao anoitecer. Observado um espetáculo belíssimo, já descrito nesse texto.

    Os hóspedes de hotéis próximos ao “Circular Quay” (Intercontinental, Mariott e outros) poderão tomar um “ferry boot” à beira do cais (gate número 5) e chegarem ao “Darling Harbour Terminal”, desde que não hesitem em visitar o absolutamente imperdível Aquário de Sydney – o melhor do mundo. Tickets do barco ao preço de cinco dólares australianos.

    CUIDADO, MUITO CUIDADO para não cometer o erro, que cometemos. No gate de embarque (número 5) há barcos para várias direções sinalizadas em placa eletrônica. O que leva à “Darling Harbour” é DARLING HARBOUR/BALMAIN EAST. Percebemos em tempo que havíamos tomado o barco para o bairro de Balmain oeste (um bairro de Sydney), direção oposta. Terminamos voltando de taxi, após um cooper forçado na primeira parada do barco.

    No Darling Harbour, a partir das 10 da manhã até a noite, um “simpático bondinho” faz passeio no calçadão, com paradas estratégicas, ao preço de cinco dólares australianos, por pessoa. É uma das formas de conhecer e apreciar a extraordinária beleza da cidade de Sydney, na região conhecida como Darling Harbour.

    Impressionante eram os turistas que paravam o “bondinho” e subiam, pensando ser um serviço público gratuito. Ao serem avisados de que pagariam a passagem, logo desciam sem pestanejar (????).  Certamente, a justificativa – que sempre existe de parte desses “tipos” – era que andar a pé faz bem à saúde.

    Mais uma curiosidade é a existência no Darling Harbour de taxis aquáticos, pequenos barcos, que também fazem uma visita circular a uma parte do mar da Tasmânia, sudoeste do pacífico, circundando Sydney.

    O dólar australiano supera em quase 10% o dólar americano e torna Sydney uma cidade muito cara. Visitamos um shopping de bom nível e no qual é possível beneficiar-se de ofertas de produtos de excelente qualidade, com reduções de até 50% do preço. É o “shopping Bondi”, localizado na conhecida praia de Bondi. Fica um pouco fora do centro (taxi 25 dólares, em média).

    Com dois blocos interligados por uma ponte, o shopping oferece oportunidades de lazer e compras, sem sofisticação.

    Um detalhe desse shopping: antes de ultrapassar a porta de saída, o visitante, obrigatoriamente, lê uma inscrição no vidro: “Isto não quer dizer adeus”! Achamos feliz a criatividade do marketing, por tocar a sensibilidade das pessoas, levando-as a voltar, ou querer voltar, quando possível. Nota 10.

    Outra área imperdível de lazer e compras é o Pitt Street Mall, no coração da cidade. Do tipo “calçadão”, lá se encontra o shopping “Westfield”, construído sob a “torre de Sydney”, com quase 200 lojas em funcionamento. Abriga várias unidades comerciais de departamento e restaurantes. “David Jones”, “Myer” e “Trenery” (roupas masculinas) são as maiores e oferecem todos os tipos de produtos. Também neste calçadão, a tradicional “Lowers”, americana, com boas ofertas de vestuário masculino.

    Ao lado da Pitt Street está o Queen Victoria Building (QVB), prédio suntuoso construído em 1898, com as paredes exteriores na cor de cobre e vitrais reluzentes. Ocupa um quarteirão, onde funciona o Victoria Mall, tradicional loja de departamento, semelhante a Harold de Londres, que mesmo com preços altos merece uma visita.

    Lamentamos não ter visitado o museu nacional da Austrália, por falta de tempo. O museu dos brinquedos, uma peculiaridade local que levava os visitantes à época da infância, está fechado há sete anos.

    A estadia mínima em Sydney que recomendamos é no mínimo três dias e no máximo cinco dias. Isto para ver o essencial.

    O último programa em Sydney fechou com “chave de ouro” a nossa estadia.

    Por sugestão do concierge do Hotel (a quem sempre recorremos), tomamos o “ferry boot”, no gate três do Circular Quay (cais) e fomos ao bairro-cidade Manly beach (praia de Manly), 30 minutos mais ou menos de percurso. É uma das ilhas e praias mais populares no litoral norte de Sydney. A passagem do barco custa 10 dólares australianos, por pessoa.

    O local serve como demonstração, do que seja o melhor nível possível de qualidade de vida urbana.

    Em Manly há o ditado popular de que a praia está a sete milhas de Sydney e a um milhão de milhas das preocupações diárias.

    O aspecto do bairro-cidade é de organização urbana impecável. No calçadão com muitas lojas jorram fontes permanentes de água potável, que pode ser consumida pelos transeuntes. Os pombos dão beleza especial ao ambiente. A limpeza nas ruas e calçadas, se assemelha a salas de visitas de uma casa. São vistos trabalhadores da limpeza, com carrinhos amarelos, removendo o lixo, sem parar, em todas as áreas. O restaurante de frutos do mar “Bower”, com instalações modestas, está localizado numa posição estratégica da ilha, onde se vislumbra paisagem deslumbrante e tranquila.

    Manly justifica até fechar a conta do hotel em Sydney por um dia, deixar as malas no depósito, tomar o ferry boat e pernoitar em hotéis excelentes e disponíveis, jantando no “Bower”, com vinho chardonay australiano. No outro dia, retorno a Sydney, depois de visitar os pontos turísticos dessa cidade-bairro.

    No início do crepúsculo, terça, 5 de março de 2013, chegamos ao hotel de volta de Manly.

    Antes, olhamos o mar da Tasmânia, que circunda Sydney.

    Adeus Sydney, queira Deus que possamos revê-la.

    Você é, sem dúvida, uma das cidades mais belas do mundo. Só perde – é claro – para o querido Rio de Janeiro.

    Parece muito com Vancouver, também uma cidade belíssima.

    Good by Sydney!

    Amanhã, 6, quarta feira, tomaremos o avião da Qantas (Boeing 777-400) para Santiago, do Chile e conexão imediata para São Paulo. Sai na quarta quase ao meio dia e chega a Santiago, às 10 da manhã da mesma quarta, 6, praticamente na mesma hora e dia da saída. Coisas da linha internacional da data, que explicamos neste texto acima.

    Pernoite em São Paulo. Depois, dia 7, às 23.30 horas, afinal, com a Graça de Deus, chegada à nossa querida e insubstituível cidade de Natal, RN, para rever a estimada família e os amigos.

     

    Fim da aventura!

    Valeu a pena. Eu pelo menos espero repeti-la. Abigail não sei. Perguntem a ela se gostou do que a “agência particular” de viagem planejou.

    Agora começar o planejamento para um Cruzeiro no Mar Negro e conhecer cidades relíquias da humanidade.humanidade.

     

    CURIOSIDADES & OBSERVAÇÕES (colhidas durante a viagem)

    1.     As excursões no navio Marina são caríssimas. Uma alternativa é informar-se na recepção dos serviços de taxis e tours oferecidos nas escalas. Faz-se boa economia, agindo assim.

    2.     Na ilha de Raiatea, Polinésia Francesa, não há necessidade de excursão. O centro comercial e administrativo se localiza no porto marítimo. No mais, apenas praias e montanhas para ecoturismo.

    3.     Na ilha de Pago Pago, por ser pequena, é igualmente dispensável excursão. Tudo se situa ao redor do porto marítimo.

    4.     Na cidade de Apia, em Samoa, o “guia” ao passar por uma lanchonete “Mac Donalds” anunciou que a esquerda estava “a embaixada dos Estados Unidos”. Risada geral.

    5.     Caso haja programa de pernoitar na ilha de Moorea procurar reservar um hotel mais próximo do desembarque do ferry boat (o Sofitel, por exemplo). O Intercontinental fica no outro lado da ilha e aumenta os custos de taxis.

    6.     O navio Marina tem promoções durante o Cruzeiro. Ficar de “olho aberto”. Na lavanderia oferecem 20 peças por U$ 10 dólares para lavar e passar. Aliás, o preço da lavanderia no navio é similar ao Brasil.

    7.     “Dica”: uma brasileira que trabalha como garçonete no “Marina” recomendou em caso de mal estar (pelo balanço do navio, por exemplo) comer maçã verde, ou, mastigar gergelim.

    8.     Um detalhe ocorrido no restaurante asiático do navio Marina. Tendo esquecido os óculos, o garçom perguntou qual o grau que usava. Em seguida trouxe uma bandeja de óculos de grau diferentes para que fosse escolhido o mais adequado. Bom serviço prestado aos clientes, quando esquecidos (ou perdidos) óculos de leitura. O perigo é o cliente levar consigo os óculos emprestados (!).

    9.     A ilha de Fiji (cidades de Lautoka e Suva) transborda simpatia do seu povo. Recebe os visitantes com música e festa. Oferece no porto alternativas de passeios MUITO mais baratos do que no navio.

    10.  A direção dos veículos motores nas ilhas polinésias, Bali, Kuala Lumpur, Auckland e Sydney é no lado direito, por influência da Inglaterra. A propósito, um brasileiro, atendente de recepção no “Marina”, relatou que um casal de Campinas, SP, em lua de mel na cidade do Cabo, África do Sul, faleceu após um choque em estrada próxima a cidade. Nesse país, a direção dos veículos também é no lado direito, o que confundiu os visitantes. A cautela recomenda que, em tal situação, o brasileiro não alugue carro para dirigir.

    11.  Mr. Vedran, um croata, músico (toca guitarra), trabalha em navios cruzeiros há 17 anos, é o chefe dos “someliers” do “Marina” neste cruzeiro (Cada restaurante e bares do navio há “someliers” para orientar os hóspedes). Foi casado com uma brasileira, baiana e se separou há dois anos. Ele justifica: “mulher não gosta de quem trabalha em navio e não fica em casa com ela”. Teve ter levado um belo c......... O curioso é que Vedran foi guitarrista, em 1998, inclusive durante o carnaval, do grupo musical brasileiro “Chicletes com banana”. Sobre a sua atividade de “somelier” disse ter nascido no meio de vinho, por tradição da sua família. Sabe tudo dessa matéria. Solicitado para indicar vinho tinto de sabor mediano citou os australianos “Concunge Hill” (mescla de cabernet e Shiraz); “Yorra Yorra” (pinor noir); “Penfold’s Cabernet/Shiraz; “Penfold’s BIN 128 (cabernet, Shiraz e Merlot).

    12.  No moderno “Canyon Ranch SPA Club” do navio Marinas trabalha como massagista, uma norte-rio-grandense, nascida na serra de São Miguel, RN, Maria Deusina Pessoa, residindo atualmente no Rio de Janeiro. Simpática e com inglês fluente recordou a “terrinha” nos mares do pacífico. Este é o último cruzeiro dela na companhia Oceania Cruises (navio Marina). Agora irá trabalhar no transatlântico “Queen Mary”, da Cunard Line, que faz viagens emblemáticas entre Nova York e Londres.

    13.  Um garçom francês do navio, ao saber que éramos de Natal lembrou que já visitou a nossa cidade e namorou uma natalense, de nome Fernanda. Quem será?

    14.  Para conhecer as cidades de Tauranga e Mount Maunganui, na Nova Zelândia (escala do cruzeiro), há excursões vendidas em terra, que dão uma visão perfeita de ambas. Custam U$ 65.00 australianos. No navio é o dobro. Igualmente existe excursão para conhecer as termas de Rotorua, pela metade do preço do cruzeiro. Até limusines podem ser alugadas, após o desembarque.

    15.  Todo cuidado é pouco em viagem. Mesmo considerando a conferência de bagagens, em Auckland ocorreu o contratempo de uma troca de maleta na chegada do cruzeiro, somente percebida no aeroporto. O fato obrigou retorno ao terminal marítimo, onde felizmente a mala foi localizada. Notem-se os excelentes serviços de assistência ao turista em Auckland.

    16.  Curiosidade no porto de Auckland. Ao chegar a abordagem de uma mulher, com idade superior a 70 anos, alquebrada, dizendo que desejava ajudar. Em princípio, se achou que iria atrapalhar, mais do que ajudar. Em seguida, notou-se que estava com o indicativo “Porter” (carregador de malas). Colocou todas as malas no “troller”, levando-as para o taxi.  Recebeu, além do olhar de espanto, boa gorjeta.

    17.  De excelente nível e variedade o “duty free” do aeroporto de Auckland.

    18.  O voo Sydney/Bali (Virgin Australian airways) foi de 6 horas.

    19.  Em Sydney para ir ao aeroporto a melhor alternativa é o taxi (U$ 40.00 australianos). As “vans” demoram muito apanhando hóspedes em hotéis, com diferença mínima de preço.

    20.  Custo de vida altíssimo em Sydney. Cuidado com gastos. O dólar canadense está quase 20% mais valorizado do que o americano.

    21.  Na Austrália, o “V” da vitória e o sinal de positivo são considerados fortes insultos pessoais.

    22.  Em Bali, a segurança nos hotéis é ostensiva. Só vimos igual na Jordânia. O carro para entrar é revisado. Explica-se pelo risco de terrorismo. Já ocorreram muitos casos. Na cidade de Denpasar são realizadas com frequência reuniões e conferencias internacionais, o que chama atenção dos grupos terroristas.

    23.  Funciona em Sydney, aos domingos e quartas feiras, a “Paddy’s markets”, uma feira de produtos asiáticos, a preços baixos. É muito grande a ligação comercial da Austrália com os asiáticos e polinésios.

    24.  Outra feira livre em Sydney é ”The Rock’s Markets” aberta aos sábados e domingos (10 am/5pm)

    25.  Em Sydney vale a pena visitar o bairro “The rocks”, o mais antigo da cidade, onde desembarcaram os primeiros europeus em 1788. Está localizado entre duas atrações mundialmente conhecidas, o Porto de Sydney e a Ópera House.

    26.  Uma regra do Hotel Intercontinental de Sydney: o hóspede que fumar no quarto é automaticamente multado em 300 dólares australianos. Lei da cidade multa em 100 dólares australianos e há comunicado nos elevadores e locais públicos. Somente permitido o fumo em locais próprios. O hotel disponibiliza áreas especiais para os fumantes.

    27.  No texto acima prometemos opinar sobre o cruzeiro na Polinésia, 18 dias, no navio Marina, da Oceania Cruises. O navio é moderno, instalações avançadas, serviço excelente, com oito restaurantes e refeições sem hora marcada. Todavia, a programação do cruzeiro só contempla pessoas de idade avançada, que não desejam divertimento, nem barulho de qualquer espécie. Não há shows, salvo espetáculos restritos; os bares e salões abrem tarde e fecham cedo; os poucos músicos tocam, no máximo, uma hora, inclusive no happy hour, que se restringe a 40 ou 50 minutos. A programação do navio é pouco criativa.  O tédio envolve todos os passageiros. Não recomendo esta empresa.

    28.  CONCLUSÃO SOBRE O CRUZEIRO: somos mais o estilo do Princess, considerando o nosso conhecimento e experiência em cruzeiros, até hoje. Não tem exageros e oferece o necessário para animar. O Princess perde, apenas, em oferta de restaurantes. O Marina dispõe de oito restaurantes e uma escola de cozinha. Porém, seria o caso de perguntar: por que oferecer tanta comida a um público de velhos, que necessita mais do que nunca “comer pouco”?

    29.  O Marina se tornaria palatável, se um “grupo” viajasse junto e fizesse o seu próprio programa dentro do navio. Isto é possível. E/ou a programação do cruzeiro oferecesse mais opões para os clientes.

    30.  Bom esclarecer, que eu e Abigail aprovamos e gostamos do cruzeiro. Nenhum arrependimento, nem nostalgia. Fizemos os nossos programas, independentes da programação do cruzeiro e nos adaptamos. A venda de um pacote, relativamente barato da Internet, ajudou muito.  O importante é ter conhecido o que conhecemos, com muito conforto e segurança. Não há oferta de outros cruzeiros no roteiro, igual ao que o Marina oferece. E cruzeiro se deve escolher basicamente pelo roteiro a ser feito e a qualidade do navio. Nisto o Marina foi nota dez.

    Ney Lopes de Souza e Abigail

    www.neylopes.com.br

    www.blogdoneylopes.com.br

    nl@neylopes.com.br

    abigailsouza@uol.com.br

    Fones: (84) 3234 5253 – (84) 9982 3414


Notice: Undefined variable: categoria in /home/neylopescom/public_html/noticia.php on line 42

Notice: Trying to get property of non-object in /home/neylopescom/public_html/noticia.php on line 42

Notice: Undefined index: pagina in /home/neylopescom/public_html/noticia.php on line 42

Notice: Undefined variable: totalPaginas in /home/neylopescom/public_html/noticia.php on line 42

Notice: Undefined offset: 1 in /home/neylopescom/public_html/restrito/incs/funcoes.php on line 618