Marca Maxmeio

De Olho Aberto

  • 21 de Setembro de 2007

    O aeroporto. Sai ou não sai?

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    A cada dia que passa aumenta a sensação de que o aeroporto de São Gonçalo do Amarante – e consequentemente uma área de livre comércio em nosso Estado – foram para a cucuia. Que coisa? Como é que pode?

    Até agora, qual a atitude concreta e firme do Governo do Estado, mostrando por a mais b que a viabilidade desse aeroporto será a instalação, ao seu lado, de um pólo turístico e exportador? Meu Deus do céu. Tem que ser feito isto o mais rápido possível. Já perdemos muito tempo.

    O que está faltando para alguém reconhecer o óbvio sobre o nosso futuro e dizer como o menino no conto de Andersen: “o rei está nu”. Todos viam o rei, mas ninguém se atrevia a dizer como ele estava. Agora, quem enxerga um palmo na frente do nariz vê que esse aeroporto somente se tornará realidade se for aproveitada economicamente a condição geográfica privilegiada do “Grande Natal”, próxima da Europa e da África.

    Cinqüenta anos após o descobrimento do Brasil, essa condição de Natal era reconhecida pelo rei de Portugal, que doou o nosso território como capitania hereditária a João de Barros e lhe entregou a missão de instalar um forte para resistir às invasões francesas.

    O rei assim fez, porque o RN era o local geograficamente indicado para essa resistência, em razão da sua posição geográfica. Na II Guerra Mundial, o mesmo argumento justificou a instalação da base de Parnamirim como forma de conter o avanço do nazi-fascismo no mundo.

    E agora, em época de globalização, o “Grande Natal” – caso aproveitada a oportunidade do aeroporto de São Gonçalo do Amarante – será um pólo exportador e turístico para toda América Latina e Caribe. Tem todas as condições para isto.

    Venho dizendo há muito tempo, que é “conversa para boi dormir” esta história de PPP, ou até mesmo concessão, se não for atrelada, previamente, à construção do aeroporto de São Gonçalo do Amarante a uma “zona econômica especial”.

    Quem poderia intervir no processo vem fazendo “ouvido de mercador” às minhas advertências. Certamente, com a intenção de humilhar. Na verdade, estão humilhando o Rio Grande do Norte, que deixa de ter uma oportunidade de crescimento pela falta de visão global e empresarial de muitos.

    Durante muito tempo, esse aeroporto foi, exclusivamente, o “sonho” de lobistas, que não se interessavam na área econômica especial ao seu lado. Combatiam-na abertamente. Queriam outras vantagens, em curto prazo. Pouco interessavam os milhares de empregos e oportunidades, que uma área de livre comércio, definida antes da construção, iria oferecer.

    Resisti. Mesmo sem mandato, fiquei de Olho aberto. Falei. Escrevi. Até que o Governo Federal mandou o assunto ser estudado pelo BNDES. E o presidente da instituição, Dr. Luciano Coutinho, disse aquilo que vinha dizendo e repetindo há muito tempo. “O aeroporto de São Gonçalo do Amarante só sairá se tiver, antes do início da sua construção civil, uma justificativa econômica, que justifique a obra”.

    Depois do Presidente do BNDES, a própria Ministra Dilma Rousett, da Casa Civil, fez declaração idêntica. Mesmo assim, pouco se faz em busca dessa justificação econômica, que é o primeiro passo. Sem ela, não adiantará desapropriar, cuidar de construção civil, fazer licitação, nada.

    Outro ponto é o seguinte: não acredito muito nessa história de PPP. Sou mais a concessão pública e mesmo assim não é fácil. Sabe por quê? Pelas vacilações do Governo Federal que, desde 2003, anuncia à Nação a PPP como forma de resolver os problemas de infra-estrutura.

    Chegou a anunciar 23 projetos, inclusive o nosso aeroporto. Sabe o resultado? Dos 23 projetos, oito serão executados com recursos públicos; sete pelo capital privado; seis ainda não têm definição financeira e dois o “gato comeu”, desapareceram nos arquivos oficiais.

    Olho aberto em relação ao aeroporto de São Gonçalo do Amarante. Deus nos deu uma posição geográfica invejável nas Américas. Será que os homens irão anulá-la pela omissão e assim perdemos mais de 50 mil empregos para o nosso povo?
    Coluna semanal
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